quinta-feira, junho 24, 2010

DOSSIÊ: NO BRASIL VIROU MODA


ELEIÇÕES 2010

Dossiê: Receita abre sindicância para apurar suposto vazamento de dados de Eduardo Jorge

BRASÍLIA - A Receita Federal informou nesta quinta-feira que instaurou uma sindicância para apurar as denúncias de que o sigilo fiscal do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, foi supostamente quebrado e vazado para pessoas ligadas à campanha de Dilma Rousseff para a produção de um dossiê. ( Entenda o caso do dossiê )
"Se comprovado acesso imotivado, o responsável estará sujeito a penalidade de advertência ou suspensão de até 90 dias. Se comprovada a quebra do sigilo, o responsável estará sujeito a demissão e o caso será encaminhado ao Ministério Público (MP) para adoção das medidas necessárias na esfera criminal", destacou a Receita Federal por meio de nota.
A Receita informou ainda que sua política de segurança de informações está em conformidade com as normas nacionais e internacionais, e destacou que o acesso ao seu sistema é restrito a pessoas autorizadas.
"Todo acesso é monitorado e controlado, sendo possível identificar o usuário, data, hora, sistemas acessados, rotinas executadas e máquina utilizada", acrescentou a nota.
A Receita também foi responsabilizada pela oposição pela divulgação de dados referentes a processos movidos contra a Natura. O candidato à vice-presidência pelo PV, Guilherme Leal, é copresidente licenciado do Conselho de Administração da companhia.
Eduardo Jorge diz que MP não teve acesso a qualquer dado sigiloso
Eduardo Jorge, por sua vez, voltou a descartar nesta quinta-feira a versão apresentada pelo PT de que seu sigilo fiscal teria sido vazado pelo MP. Segundo ele, os dados do suposto dossiê não poderiam ter saído da investigação iniciada pela Procuradoria da República do Distrito Federal e que apura a suspeita de envolvimento do tucano com lavagem de dinheiro.
Eduardo Jorge diz que tem em seu poder todos os documentos que a PGR teve acesso durante a investigação e, entre eles, não estariam os dados de seu imposto do renda apresentado à Receita Federal no dia 17 de abril de 2009.
O tucano já disse estar convencido de que o vazamento partiu do banco de dados da Receita Federal para a campanha de Dilma.
- Se tivesse sido o Ministério Público, o governo mostraria a requisição dos dados, assim como o ofício de encaminhamento e o registro do sistema mostrando que o acesso ocorreu apenas numa data específica - argumentou, na quarta-feira.
No mesmo dia, Polícia Federal anunciou que vai abrir inquérito para apurar o vazamento de dados do tucano. A ordem para a abertura de inquérito foi da Corregedoria-Geral da PF, a partir da análise de pedidos do PT e do PSDB.
CCJ aprova novo convite a secretário da Receita
Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) aprovou na quarta-feira mais um convite para que o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, esclareça as denúncias de vazamento de dados fiscais do vice-presidente executivo do PSDB.

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