quinta-feira, julho 22, 2010

PARA CALS, FALTA PLANAJAMENTO



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Na inauguração do comitê, em Fortaleza, os tucanos não se dirigiram ao governador, mas à gestão estadual
O candidato do PSDB ao Governo do Estado, Marcos Cals, criticou, ontem, a falta de planejamento da atual gestão estadual. Não só ele, mas seu candidato a vice, Pedro Fiuza, e o senador Tasso Jereissati centraram fogo contra os "prédios bonitos", mas sem planejamento para atender a população.

As declarações dos candidatos foram no ato de inauguração no Comitê Central da campanha tucana, na orla marítima de Fortaleza, na noite de ontem. Dezenas de lideranças e candidatos a deputado estadual e federal pela chapa DEM-PSDB prestigiaram o evento.

Depois de criticarem a atuação da Polícia Rodoviária Estadual e a "arrogância" da atual gestão, os tucanos disseram que os prédios que a atual gestão está construindo como hospitais e delegacias são "bonitos", não atingem o objetivo principal que é atender a população.

"A administração pública não pode ser só de prédios bonitos. Não é possível que falte um auxiliar de enfermagem e o governo não tenha planejamento para resolver o problema", disse Marcos Cals ao citar o caso da reforma do Hospital Geral de Fortaleza. Segundo ele, um dos novos setores passou um tempo sem servir a população por falta de um técnico de enfermagem.

Pedro Fiuza também destacou que as andanças que tem feito no Interior do Estado tem demonstrado que o Governo do Estado está com muitas obras em andamento, mas o atendimento à população nos equipamentos deixam a desejar.

Marcos Cals citou o caso da perda do estaleiro para Fortaleza, afirmando que a própria prefeita Luizianne, que é aliada do governador Cid Gomes, disse que o Governo do Estado não havia feito estudo para a instalação do equipamento. "Não podemos fazer administração pública com achismo", disse.

A despeito das obras que vêm sendo tocadas pela gestão Cid, Marcos Cals reafirmou que as últimas grandes obras no Estado foram feitas ainda na gestão Tasso Jereissati.

Ameaças

Em seu discurso, o senador Tasso Jereissati fez mais críticas ao governo e afirmou que empresários que estão aderindo à candidatura de Marcos Cals e dele estão sendo ameaçados.

Tasso afirmou que velhas práticas políticas como o loteamento de cargos retornaram ao Governo do Estado nesta gestão e afirmou: "a grande credencial para entrar neste Governo é a carteirinha de político".

Tasso afirmou ainda que não há novos projetos no Ceará e disse que a gestão estadual está "na mediocridade".

Quando já ia encerrando seu discurso, Tasso foi lembrado de que faltava falar do candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Mas, falou menos do tucano e mais do presidente Lula (PT).

O tucano disse ter ficado claro que um dos objetivos do presidente da República era "destruir a sua candidatura, e as dos senadores tucanos Artur Virgílio, no Amazonas, e José Agripino, no Rio Grande do Norte. Tasso ainda acusou o presidente de debochar da Justiça eleitoral e de usar a popularidade para fazer populismo. "Ser popular e usar isso para acabar com a democracia é tirania", afirmou, comparando Lula a Hugo Chaves, presidente da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia.

O senador cearense disse que o governo petista está transformando o Brasil em uma "república sindical" e que inchou a máquina pública com militantes do PT. Voltou a bater na ausência de grandes obras federais no Ceará no período de gestão do presidente Lula e ironizou um dos programas mais badalados do atual governo: "eu sou doido para saber o que é o PAC. Andar em cima do PAC, ficar debaixo do PAC. Para saber mesmo o que esse PAC que não traz nada para o Ceará", enfatizou.

Respondendo a perguntas dos repórteres sobre a ausência da foto de Serra no comitê, Tasso explicou que há lugar reservado ao postulante à Presidência no comitê e culpou a pressa pela ausência da imagem.

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