segunda-feira, outubro 25, 2010

À PF, Erenice afirma que desconhecia atividades do filho, diz advogado


Ex-ministra depôs por cerca de quatro horas na PF nesta segunda.
Segundo advogado, polícia não tem indício que justifique indiciamento dela.

Ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, deixa a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, após prestar depoimento.Ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, deixa a
Superintendência da Polícia Federal, em Brasília,
após depoimento  (Foto: Celso Júnior/AE)
O advogado de Erenice Guerra, Mário  Oliveira Filho, disse que no depoimento que ela deu nesta segunda-feira (25) à Polícia Federal, a ex-ministra da Casa Civil afirmou que não sabia das atividades do filho Israel Guerra. Erenice negou envolvimento no suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil.

Segundo o advogado, durante as quatro horas de depoimento, a ex-ministra abriu mão do direito de permanecer em silêncio e respondeu a todas as perguntas, inclusive as feitas sobre o filho dela Israel Guerra.
De acordo com ele, no depoimento Erenice disse que desconhecia as atividades da Capital (empresa usada por Israel para supostamente intermediar negócios de empresas com o governo) e que, durante um almoço de família, Israel teria dito a ela que estava pensando em abrir uma empresa para prestar consultoria a outras empresas.
Ela disse que jamais deu autorização alguma para que qualquer contato ou negócio ou reunião fosse feita em nome dela ou a pedido dela"
Mário de Oliveira Filho, advogado da ex-ministra Erenice Guerra
Segundo o advogado, Erenice disse que Israel pretendia ter como sócio Vinicius Castro, ex-assessor da ex-ministra, primeiro a deixar a Casa Civil após as notícias sobre o suposto tráfico de influência na Casa Civil.
Durante o almoço de família, a ex-ministra teria dito ao filho que, caso Vinicius entrasse como sócio na empresa, o então assessor da ministra teria que se demitir do cargo que ocupava na Casa Civil.
Depois disso, a ex-ministra disse que não teve mais informações sobre abertura ou atividade da empresa. "Se ela soubesse antes, com certeza teria demitido [Vinicius Castro] sumariamente", disse o advogado Mário Oliveira Filho. “Ela disse que jamais deu autorização alguma para que qualquer contato ou negócio ou reunião fosse feita em nome dela ou a pedido dela", afirmou.
O advogado disse ainda que a polícia não tem nenhum indício que justifique o indiciamento dela. "O depoimento foi longo e acho que é suficiente o que ela respondeu, mas vamos ver. Algumas provas ainda serão colhidas."

 

1 comentários:

  1. assim como lula desconhecia todo os escandalos do seu gonverno.

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