sexta-feira, novembro 19, 2010

Ex-diretor do Panamericano enviou US$ 2 mi aos EUA

Tarja do tema PanAmericano

Dinheiro foi transferido entre empresas de Rafael Palladino, segundo jornal

Apontado como um dos responsáveis pela fraude bilionária no Panamericano, o ex-diretor superintendente do banco, Rafael Palladino, está envolvido em mais uma polêmica. Ele teria enviado 2 milhões de dólares aos Estados Unidos apenas quatro meses antes do Banco Central detectar as inconsistências contábeis no balanço da instituição financeira, de acordo com a edição desta sexta-feira do jornal O Globo.

O montante foi transferido no dia 14 de maio por meio de uma das empresas de Palladino, a Max América Negócios Imobiliários, que o banqueiro mantém em parceria com a mulher, Ruth Ruivo Palladino. A transferência foi registrada na Junta Comercial de São Paulo e o dinheiro seguiu para a Max America of Florida LLC, outra empresa do casal, com sede em Miami. Em setembro de 2009, um mês após a criação da Max America nos Estados Unidos, a empresa recebeu um aporte de 300.000 dólares de uma homônima no Brasil.

Ainda de acordo com o jornal, Palladino é dono de uma série de empresas particulares, como a Max América Participações, a Max Control Eventos e a Max Control Assessoria e Investimento. Embora com capital social baixo, as duas últimas empresas declararam aporte de 2,1 milhões de reais na Max América Participações.

Casado com a irmã da mulher do apresentador e empresário Silvio Santos, controlador do Panamericano, Palladino já trabalhou com atividades bem diversificadas, para dizer o mínimo. Estudou Educação Física, foi professor, personal trainer, administrador de academias e dono de uma rede de postos de gasolina. Em 1990, foi convidado por Silvio Santos para se tornar assessor da área de imóveis do grupo. Em vinte anos de trabalho para o homem do baú, atingiu o maior cargo diretivo de seu grupo.

Entenda o caso - Na semana passada, o Grupo Silvio Santos fechou um acordo com o Banco Central para ter acesso a um empréstimo de 2,5 bilhões de reais para “salvar” o Panamericano, após serem constatadas inconsistências contábeis no balanço da instituição. Em troca, o Grupo Silvio Santos ofereceu como garantia os bens do patrimônio empresarial – que incluem o STB e o Baú da Felicidade. A fraude sofrida pelo banco foi detectada há pouco mais de cinco semanas por técnicos do BC.

O problema foi percebido durante a análise das operações de crédito vendidas pela financeira do Grupo Silvio Santos aos grandes bancos de varejo. Na análise feita pelo BC, foi constatado que essas instituições haviam adquirido operações do Panamericano em número menor que o declarado pela financeira do empresário Silvio Santos. É como se o comprador declarasse a aquisição de 10 carteiras, mas o vendedor registrava a venda de 50 operações. Ao reconhecer a falha, Silvio Santos tomou a frente das negociações para recuperar a saúde financeira da instituição financeira.

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