terça-feira, maio 31, 2011

Ciro Gomes diz que Lula tira capital político de Dilma


Para ex-deputado, país não pode depender de uma única pessoa

Ex-deputado federal Ciro Gomes
Ex-deputado federal Ciro Gomes (Reuters)
O ex-deputado federal Ciro Gomes disse nesta segunda-feira, em Fortaleza, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "cometeu um erro" ao ir a Brasília conversar com a presidente Dilma Rousseff. "Se quer ajudar, passa um telefonema", afirmou Ciro. E acrescentou: "O Brasil não pode ficar refém de uma só pessoa, ficar na dependência do Lula, do Ciro, da Dilma", comentou. A atitude de Lula, na avaliação de Ciro, tirou capital político de Dilma.

Ciro também comentou as denúncias de enriquecimento ilícito envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Ele disse que vê o caso "com tristeza" e que está aguardando explicações por parte do ministro de quem, fez questão de frisar, "gosta muito". "Sou formado em direito e eu o presumo inocente. Dito isto, é muito constrangedor o que está acontecendo", afirmou. "Estou assim como toda a nação, aguardando explicações. Não é razoável que não haja explicação", completou.

O ex-deputado também criticou o que chamou de dicotomia PT/PSDB. Afirmou que o bipartidarismo que estão, segundo ele, impondo aos brasileiros, está causando um imenso mal ao País, em todas as suas instâncias. Para Ciro, na área política, o Brasil está desacelerando completamente. "A bipolaridade partidária é uma ideia que condena o Brasil a uma paralisia que não é possível", criticou.

Sem mandato político, Ciro afirmou que tem adorado ficar calado. Mas ele disse que quando aceita romper o silêncio, ao ser chamado para ministrar palestras como a que proferiu hoje no plenário da Assembleia Legislativa do Ceará, não o faz para agradar aos ouvidos "de quem quer que seja".

Ciro também falou sobre meio ambiente. Sobre o novo Código Florestal, ele disse que "é tudo um grande erro". Definiu Brasília como "um aquário fora do planeta" e disse que a atual coalizão partidária é "alienada" e "alienante". Citou como exemplos o aborto e a questão da homoafetividade. "O Congresso não delibera sobre esses assuntos. E quando delibera, o faz sob estereótipos", condenou.
(Com Agência Estado

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