domingo, julho 24, 2011

Amy Winehouse, o fim



Jamari França, O Globo
Pois é, mais uma triste adição ao “clube” dos músicos mortos aos 27 anos. Amy Winehouse (1983 - 2011) não conseguiu viver consigo mesma, não conseguiu se safar de sua trip autodestrutiva, o reconhecimento de sua arte não foi suficiente para fazê-la superar os traumas ou o que quer que seja que era mais forte do que ela e sempre a levava de volta para o álcool e as drogas após sucessivas tentativas de reabilitação.
Dá para reconhecer nela o mesmo perfil que levou à morte, aos 27 anos, grandes mitos como Robert Johnson, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Jim Morrison, Brian Jones e Kurt Cobain. Talentos que não tiveram a chance de desenvolver uma carreira longa, mas deixaram sua marca na história do rock.
A bola para Amy já estava cantada há muito tempo. Ela brincava perigosamente com os limites que separam a vida da morte, mergulhando inteira em todo tipo de drogas que podiam matá-la.
Esses desvarios a levaram a jogar fora uma carreira que tinha tudo para ser brilhante. Era uma artista branca de quem se pode dizer que tinha a alma negra, exatamente como Janis Joplin.
Ela se alimentava da soul music, do rhythm’n’blues, do blues para transmitir sentimentos normalmente identificados com cantoras negras da velha escola. Uma jovem impregnada da negritude do imenso legado musical vindo da antiga raça escravizada que foi o principal esteio da música popular ocidental do século passado aos nossos dias.

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