sexta-feira, julho 29, 2011

Prefeito afastado de Nova Russas nega acusações e se diz perseguido

Por: Luciano Augusto
Durante audiência que durou aproximadamente três horas, e teve a frente a juiza Adriana da Cruz Dantas, da 19ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, o prefeito afastado de Nova Russas, Marcos Alberto Martins Torres, negou todo o esquema de contratação irregular de empresas para realizar obras no município.
De acordo com Marcos Alberto, os contratos firmados estavam em situação regular. Alegou ainda estar sendo vítima de perseguição de inimigos políticos e pessoais, entre eles, o próprio Raimundo Moraes Filho, proprietário das empresas Falcon Construtora, Daruma Construções e Prátika Incorporações, que teria confirmado as fraudes em depoimento. "Tudo isso é fruto da raiva que ele sente por mim, por ter sido excluido de uma licitação em 2009.
Segundo o Ministério Público, as empresas foram contratadas para realizar obras no Município de Nova Russas, mas os trabalhos não chegaram a ser feitos. Ainda conforme o MP, o dinheiro era desviado para Raimundo Morais, que ficava com 5% de comissão, e para o prefeito e outros envolvidos.
De acordo com o Ministério Público, o gestor movimentou em 2008 a quantia de R$ 430 mil em sua conta bancária. Depois que assumiu a prefeitura, em janeiro de 2009, o valor ultrapassou R$ 2 milhões e, em 2010, foi de R$ 1 milhão.
O gestor explicou que o dinheiro era proveniente de trabalhos prestados pela empresa M.A. Engenharia, da qual foi sócio, para outras prefeituras do interior. Ele, no entanto, não soube explicar os depósitos feitos nas contas de familiares e funcionários.
Marcos Alberto finalizou dizendo que irá provar a falsidade das denúncias e que está à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos.
Ele tem o prazo de cinco dias para apresentar defesa por escrito à desembargadora Francisca Adelineide Viana, relatora do processo. Depois disso é que a instrução criminal terá início e serão ouvidos os demais denunciados.
O prefeito afastado teve prisão decretada em maio deste ano, encontrando-se atualmente recolhido à Delegacia de Capturas, no Centro de Fortaleza.
*Com informações do TJCE.

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