terça-feira, agosto 30, 2011

Cid impõe condições para apoiar candidato


Clique para Ampliar
Governador Cid Gomes diz que cada partido pode lançar o seu candidato para passar pelo crivo dos aliados 
RODRIGO CARVALHO

Direção do PSB define, nesta semana, situação de diretórios do partido em vários municípios do Interior cearense
"O que estiver ao meu alcance para preservar a aliança que existe desde 2006 eu farei". Repetiu o governador Cid Gomes (PSB) ao ser questionado sobre a eleição de 2012 na Capital cearense. Apesar de estar disposto a manter a união entre os partidos que o ajudaram na reeleição, Cid Gomes deixa claro não ter obrigação de apoiar candidato de nenhuma legenda à Prefeitura de Fortaleza.

O governador argumenta que a eleição do próximo ano é bem diferente do último pleito municipal ocorrido em 2008. Na época, os partidos se uniram para garantir a reeleição da prefeita Luizianne Lins (PT), segundo ele, algo natural. Agora, não existe mais reeleição e cada partido pode lançar seus nomes, entendendo que esses candidatos terão que passar pelo crivo dos partidos que fazem parte do arco de alianças.

Até agora PT, PMDB e PC do B já avisaram que pretendem ter candidato em Fortaleza. Luizianne Lins deixou claro que pretende deixar seu sucessor, e entre os petistas, a informação passada é de que o Partido dos Trabalhadores não abrirá mão de lançar um nome para a Prefeitura da Capital. Parte do PSB do governador, também quer ter um candidato a prefeito.

"Dependendo do nome que o PT lançar nós manteremos a aliança. Não estamos obrigados a apoiar. Eu desejo manter a aliança, mas vai depender do nome que for lançado pelo PT", reiterou, deixando claro não ter preferência por nenhum candidato, embora nos bastidores a informação é que o nome preferido do governador para a disputa em Fortaleza seja o secretário das Cidades, deputado Camilo Santana (PT).

Credibilidade
Cid Gomes alega que o PT tem o direito de escolher o nome que quiser, mas para receber apoio do seu partido o indicado terá que "inspirar" no fortalezense, credibilidade, confiança e ação, além de ter um projeto de governo. "E que tenha o beneplácito dos demais partidos. Cada um vai analisar. Ninguém esta obrigado a apoiar o candidato do outro partido", observou.

Conforme o governador, agora o PSB está organizando os diretórios da legenda. Segundo ele, cerca de 60 municípios cearenses não possuem diretórios do partido, o esforço, atenta, é constituir o PSB nessas cidades. Ainda nesta semana, informou, haverá uma reunião para tratar, exclusivamente, da formação dos diretórios municipais, trabalho feito pelo ex-ministro Ciro Gomes, por recomendação próprio governador.

Sobre as divergências dentro do PSB de Fortaleza, inclusive com a ameaça de extinção da atual executiva do partido, pela maioria do diretório municipal, Cid Gomes amenizou, pontuando que todos os partidos têm correntes que pensam de maneiras diferentes, avaliando ser algo natural, pois faz parte da democracia. "O fato de ser de um partido não quer dizer que todo mundo pense do mesmo jeito. No diretório de Fortaleza há claramente dois grupos que hegemonizam o partido disputando espaço. Isso é coisa da democracia", avaliou.

O governador disse não vê motivos para receber críticas por parte de Sérgio Novais e da deputada Eliane Novais (PSB), afirmando sempre ter tido atenção para com os dois. Cid Gomes assegurou que da sua parte não haverá revanche.

Segurança
Cid Gomes também foi provocado a falar sobre a mensagem do Governo, aprovada semana passada na Assembleia Legislativa, que criou uma área de segurança permanente para o Palácio da Abolição e para a residência oficial do governador. O projeto foi bastante criticado pela oposição que entendeu como uma postura ditatorial do Governo.

Para Cid Gomes, a intenção da mensagem está sendo deturpada. A ideia, explica, não é fazer a segurança dele, Cid Gomes, mas do Governo, como instituição. "Você classificar uma área como área de segurança não é dizer que ali as pessoas estarão impedidas de andar, mas é definir que ela será passível de ter uma política diferenciada de vigilância", esclareceu.

Professores
O governador ainda comentou sobre a greve dos professores da rede estadual de ensino. "A meu juízo, uma opinião minha, quem entra na atividade pública tem que entrar por amor e não por dinheiro ", ponderando que isso não impede do profissional da atividade pública ter um salário justo. "Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor que não a vida pública", enfatizou o governador.

0 comentários:

Postar um comentário