quinta-feira, agosto 25, 2011

PT apoia ida de Paulo Bernardo ao Congresso



Gleisi Hoffmann,  ministra da Casa Civil - Foto: /Gustavo Miranda

Adriana Vasconcelos e Gerson Camarotti, O Globo
Por determinação da presidente Dilma Rousseff, que quer ver esclarecidas as denúncias sobre suposto uso de jatinhos da empreiteira Sanches Tripoloni pelo ministro das Comunicações, o PT anunciou nesta quarta-feira que apoiará a ida de Paulo Bernardo, e qualquer ministro que precise se explicar, ao Senado ou à Câmara.
Após ser bombardeado na Câmara pela oposição sobre a denúncia na terça-feira, Paulo Bernardo deverá voltar a se explicar, desta vez na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado. A audiência foi marcada para a próxima quarta-feira.
O convite a Paulo Bernardo partiu do presidente da CCT, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), e surpreendeu a cúpula peemedebista. Isso porque, no jantar de terça-feira com Dilma no Jaburu , dirigentes do PMDB teriam decidido colocar freio nas convocações de ministros.
A avaliação feita é que esse seria um dos fatores que estariam alimentando a crise política deflagrada pela faxina ética pelo governo, que teve início no Ministério dos Transportes.
A votação do convite a Paulo Bernardo passou despercebida para os petistas presentes na reunião da CCT. De qualquer forma, em reunião da bancada, na véspera, os senadores petistas já haviam acertado que não se oporiam a convites dirigidos a qualquer ministro.
- Existe uma determinação da presidente de que todos os convites da Câmara e do Senado devem ser atendidos pelos ministros. Assim, ele (Paulo Bernardo) virá, pois já havia esse pedido para tratar do Plano Nacional de Banda Larga. Mas, se tiver de tratar de outros assuntos, ele não se furtará (disso) - adiantou o líder do PT, senador Humberto Costa (PE).
O governo quer que Paulo Bernardo rebata todas as acusações que pesam contra ele, desde a crise do Dnit. No núcleo palaciano, a avaliação é que Paulo Bernardo se transformou num alvo, principalmente com o objetivo de atingir a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Segundo um colega de governo, a ministra Gleisi "está abatida" com essa especulação, quando ela precisa se concentrar nas questões de governo.

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