sábado, setembro 17, 2011

Brasil !


Lula e aliados concordam sobre financiamento público de campanha


Lula e Haddad, ontem, diante de vaias de estudantes - Foto:/ André Coelho

Daiene Cardoso, Agência Estado
Em encontro patrocinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT, PDT, PSB e PCdoB chegaram a alguns consensos sobre a proposta de reforma política em tramitação na Câmara dos Deputados.
Entre os pontos que serão defendidos pelas bancadas no Congresso estão o voto proporcional em 2014 e o financiamento público de campanha. "Houve muitos consensos entre nós, o principal deles é o financiamento público exclusivo de campanha, que é a melhor maneira de combater a corrupção", disse o deputado estadual Rui Falcão (SP), presidente nacional do PT.
As propostas defendidas [ontem], 16, farão parte do relatório do deputado federal Henrique Fontana (RS).
As lideranças dos partidos se reuniram para discutir o tema pela segunda vez num hotel da zona sul de São Paulo. Sob o comando do ex-presidente, os líderes também concordaram em defender a redução do mandato de senador para 4 anos (a partir de 2018) e a idade mínima de 35 para 30 anos (redução esta que também se estenderia para o deputado, que poderia assumir o mandato aos 18 e não 21 anos).

Gastão pede indicação de nomes à CGU

 
Novo ministro do Turismo, Gastão Vieira - Foto: /André Coelho

Gerson Camarotti e Maria Lima, O Globo
Visto com desconfiança por ser conterrâneo do antecessor também maranhense Pedro Novais (PMDB-MA), e igualmente apadrinhado pelo senador José Sarney, o novo ministro do Turismo, Gastão Vieira, quer não só melhorar a imagem da pasta. Pretende também se proteger no cargo com a nomeação de técnicos acima de qualquer suspeita para os cargos tradicionalmente políticos, como a secretaria executiva, o segundo cargo na hierarquia do ministério.
Gastão já pediu ajuda a Jorge Hage, ministro-chefe da Controladoria Geral da União, para que indique técnicos do órgão de fiscalização do governo para mudar o perfil do Turismo. Mesmo perdendo o poder de barganha, o PMDB aceitou o perfil técnico defendido pelo novo ministro.
"Ministro tem carta branca", diz Eliseu Padilha.
O ministro avisou aos colegas de partido que escolherá os principais cargos em sintonia com o Planalto. E só nomeará o próximo secretário-executivo com o aval direto da presidente Dilma Rousseff. Essa foi a solução encontrada por caciques do PMDB, como o vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado, José Sarney, para evitar novos problemas que desgastem a imagem do partido.

Presidente tira 4 ministras de comitiva à ONU

Folha de S. Paulo
O Planalto desconvidou ontem quatro ministras de integrar a comitiva da presidente Dilma Rousseff à Nova York, onde ela participa da abertura da Assembleia Geral da ONU.
As ministras Maria do Rosário (Direitos Humanos), Luiza Bairros (Igualdade Racial), Iriny Lopes (Mulheres) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente) foram contatadas ontem.
A Folha apurou que a alegação para o desconvite foi a presença de muitos ministros na comitiva. O ministro Gilberto Carvalho falou com as ministras.

STJ anula investigação da PF contra a família Sarney

Corte avaliou que grampos que originaram as quebras de sigilo foram ilegais
Decisão da 6ª turma foi unânime; Ministério Público ainda pode recorrer da decisão ao próprio STJ e ao STF
Andreza Matais e Filipe Coutinho, Folha de S. Paulo
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou todas as provas obtidas pela operação da Polícia Federal que investigou os negócios do empresário Fernando Sarney e outros familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
A decisão da 6ª Turma do STJ foi unânime e devolve as investigações à estaca zero. Escutas telefônicas, extratos bancários e documentos fiscais obtidos pela PF não poderão ser usados para processar ninguém, de acordo com a decisão.
Os ministros do STJ entenderam que os grampos que originaram as quebras de sigilo foram ilegais.
O STJ também anulou neste ano provas obtidas pela PF ao investigar os negócios da construtora Camargo Corrêa e do banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity.
Batizada inicialmente de Boi Barrica, nome de um grupo de folclore maranhense ligado à família Sarney, e depois rebatizada como Faktor, a operação da PF foi deflagrada em 2007 devido à movimentação atípica de R$ 2 milhões na conta de Fernando Sarney e da mulher dele, Teresa. O empresário é filho do presidente do Senado.
Durante a investigação, a PF encontrou indícios de tráfico de influência em órgãos do governo federal, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Fernando Sarney sempre negou todas as acusações feitas pela PF.
Entre 2009 e 2010, a Folha publicou trechos de diálogos gravados pela PF na operação. As conversas mostravam que Fernando Sarney tinha influência sobre a agenda do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

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