terça-feira, setembro 20, 2011

Em Nova York, Dilma defende flexibilização de patentes para remédios



Dilma Rousseff participa de reunião na sede da ONU - Foto /: Presidência da República

Cristiane Jungblut, O Globo
A presidente Dilma Rousseff defendeu [ontem] a possibilidade de o governo brasileiro flexibilizar patentes de alguns medicamentos contra doenças crônicas não-transmissíveis, como hipertensão, câncer, diabetes e doenças respiratórias.
A defesa da quebra de patentes foi feita durante Reunião de Alto Nível sobre Doenças Crônicas Não-Transmissíveis, realizada em Nova York.
- O Brasil respeita os seus compromissos em matéria de propriedade intelectual, mas estamos convencidos de que as flexibilidades aprovadas em Doha são indispensáveis para políticas que garantam o direito à Saúde - disse Dilma.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que também está em Nova York, disse que o governo não está defendendo a quebra generalizada de patentes, mas apenas quando necessário para o tratamento das doenças crônicas não-transmissíveis.
Ele afirmou ainda que está ultrapassada a visão de que a flexibilidade se aplica apenas para as patentes de medicamentos contra a Aids.

POLÍTICA

Empresas pagam US$ 1 milhão para jantar com Dilma

Companhias com negócios no Brasil e nos EUA se unem para financiar centro de estudos e homenagem a presidente
Cota de US$ 100 mil garante lugar na mesa de Dilma, que atraiu mais doações do que Lula em evento de 2009 
Luciana Coelho, Folha de S. Paulo
Empresas brasileiras e estrangeiras interessadas em ampliar seus negócios no Brasil e nos EUA patrocinam um jantar em que a presidente Dilma Rousseff será homenageada hoje em Nova York, na véspera de discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU.
Companhias dos setores de energia e construção civil, entre outros, pagaram mais de US$ 1 milhão pelo evento, promovido pelo Woodrow Wilson Center, centro de estudos de Washington.
A arrecadação total, que será divulgada hoje, será revertida para o Brazil Institute, vinculado ao Wilson Center, que busca ampliar o debate sobre o Brasil nos EUA.
O uso de jantares com figuras influentes para atrair convidados interessados em interagir com o homenageado e levantar fundos para uma determinada organização ou causa é recorrente nos EUA.
Participantes individuais pagaram US$ 1.500 para ir ao jantar, que deve reunir 400 pessoas no Pierre Hotel.
As duas empresas anfitriãs, porém, não revelaram quanto desembolsaram. São a americana Amyris, que produz biocombustíveis e atua hoje sobretudo no Estado de São Paulo, e a brasileira Coteminas, do setor têxtil.

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