sexta-feira, outubro 21, 2011

Brasil


Presidente ordena auditoria informal no ministério

Natuza Nery, Folha de S. Paulo
A presidente Dilma Rousseff vai acompanhar pelos próximos dias a situação do ministro do Esporte, Orlando Silva, para então definir seu futuro.
A Folha apurou que, por determinação do Planalto, a Controladoria-Geral da União vai fazer uma varredura nas ações e contratos da pasta que foram alvo de denúncias para embasar a decisão do Planalto.
A presidente reuniu por mais de duas horas sua equipe no Palácio do Alvorada ontem à noite assim que chegou da África.
Os ministros presentes fizeram um diagnóstico pessimista do noticiário. Mesmo assim, o governo quer identificar ele próprio a situação no ministério e checar se há esquemas de corrupção na pasta.

PCdoB resiste a entregar o Ministério do Esporte

Gerson CamarottiRoberto MaltchikMaria Lima e Luiza Damé, O Globo
O PCdoB resiste a entregar o Ministério do Esporte e partiu nesta quinta-feira para uma ofensiva, em várias frentes, em defesa do ministro Orlando Silva. Levou ao Palácio do Planalto a disposição do partido de não entregar o cargo, deixando a decisão da eventual demissão exclusivamente nas mãos da presidente Dilma Rousseff.
Também reforçou a ação partidária em defesa de Orlando, com discursos no Congresso, e mudou o programa partidário exibido à noite no rádio e na TV , para expor a defesa do ministro.
Dilma chegou à noite da viagem de quatro dias à África e, em seguida, reuniu-se no Palácio da Alvorada com quatro ministros para discutir a crise política gerada pelas denúncias de irregularidades que envolvem o ministro do Esporte. A reunião terminou pouco antes da meia-noite e os ministros saíram sem falar com a imprensa.

Rio: MPF apura suspeitas de irregularidades do programa Segundo Tempo

Cássio Bruno, O Globo
O Ministério Público Federal (MPF) abriu dois inquéritos para investigar possíveis irregularidades no programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, no Rio. Um deles é o repasse, entre 2006 e 2008, de R$ 915 mil à Escola Comunitária Suely Marques, em Belford Roxo.
À época, o coordenador era filiado ao PCdoB e ligado ao ex-deputado federal Edmilson Valentim. Nas vistorias realizadas nos núcleos vinculados à escola, onde o programa - constituído de oficinas esportivas para crianças e adolescentes - também era realizado, o Ministério Público Federal constatou uma série de problemas: locais com estruturas inadequadas, atraso de até dez meses para o início das atividades esportivas e alterações no controle de frequência dos alunos.

Na gestão de Agnelo, ministério repassou R$ 62 milhões a Brasília

Thiago Herdy e Fábio Fabrini, O Globo
O Ministério do Esporte irrigou os cofres do governo e de entidades de Brasília, base política do ex-ministro e atual governador do DF, Agnelo Queiroz, favorecendo apadrinhados do PCdoB e de partidos aliados, suspeitos de desviar verbas.
Na gestão de Agnelo, a capital federal foi a segunda cidade do país mais beneficiada com convênios, atrás apenas do Rio, cujo volume de repasses foi alto por conta da preparação do Pan-Americano 2007. Os cofres continuaram abertos nos anos seguintes, sob o comando de Orlando Silva.
Nas duas gestões, é como se Brasília tivesse se transformado na segunda capital do esporte do Brasil, bem à frente de São Paulo, maior cidade do país. Com Agnelo na direção da pasta e ainda no PCdoB - ele se transferiu para o PT em 2008 -, instituições do DF receberam R$ 62,9 milhões de janeiro de 2003 a março de 2006, menos apenas que as do Rio (R$ 80,6 milhões). São Paulo teve 16,2 milhões.
Com Orlando, o favorecimento a instituições candangas continuou: R$ 106,4 milhões foram transferidos; o Rio recebeu R$ 558,4 milhões. A capital paulista surge em terceiro (R$ 69,2 milhões) e Fortaleza, em quarto (R$ 64,7 milhões).
Os dados foram levantados pelo GLOBO, com base nos 13.604 convênios firmados desde 2003 pela ministério. Desde então, 17,7% do valor conveniado no DF foi para o governo local (R$ 30 milhões). O restante (R$ 139,3 milhões) foi distribuído entre 124 entidades e ONGs do DF.

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