terça-feira, outubro 25, 2011

Brasil!


Obra de centro esportivo, parada em 2007, recebeu R$ 1,37 mi da União

Convênio entre o Ministério do Esporte e a Prefeitura de Campos do Jordão foi assinado em 2006 pelo ministro Orlando Silva
Gerson Monteiro, Estado de S. Paulo
Projetado para fornecer infraestrutura ao esporte brasileiro em modalidades olímpicas e paraolímpicas, o Centro de Treinamento de Esportes de Alto Rendimento de Campos do Jordão, a 175 km de São Paulo, está longe de ficar pronto para servir de apoio na preparação de atletas para os jogos de 2016. Apenas três pessoas trabalham na obra que deveria ter sido entregue no fim de 2007, de acordo com nota do próprio Ministério do Esporte divulgada em 2006, e já recebeu o R$ 1,37 milhão previsto.

Dilma admite que ministro Orlando Silva não resistiria a nova denúncia

Gerson CamarottiCristiane JungblutMaria Lima e Natália Lucas, O Globo
Numa conversa reservada nesta segunda-feira, em Manaus, a presidente Dilma Rousseff demonstrou preocupação com a situação política do ministro do Esporte, Orlando Silva.
Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros interlocutores, ela admitiu, segundo relato de presentes, que o surgimento de novas denúncias poderia inviabilizar a permanência do ministro no governo.
- Ele não resistiria a mais uma denúncia nova - constatou Dilma, segundo relato de interlocutores que estavam em Manaus.
Em outro momento, foi o próprio Lula quem demonstrou preocupação com a quantidade de denúncias envolvendo o Ministério do Esporte e assessores de Orlando. Mas ressaltou que era preciso ter cautela com a veracidade das denúncias.
- Lula está preocupado com o volume de acusações envolvendo Orlando. Mas ele alertou: "Tem que saber até onde tudo isso é verdade" - revelou ao GLOBO um integrante da comitiva presidencial.
Nos bastidores, o ex-presidente Lula tem sido um dos maiores defensores da permanência de Orlando Silva no governo Dilma, mesmo depois das denúncias.
Para surpresa de vários integrantes da comitiva, Lula viajou no avião presidencial com Dilma de Brasília para Manaus e conversaram reservadamente. Ele se deslocou de São Paulo para Brasília para acompanhar a presidente.

Ministro ajudou ONG sob suspeita em novo contrato

Ato assinado por Orlando beneficiou entidade de policial que hoje o acusa
Ministério reduziu exigência mesmo após identificar desvio em convênio; Orlando diz que seguiu área técnica
Filipe Coutinho e Fernando Mello, Folha de S. Paulo
O ministro do Esporte, Orlando Silva, autorizou de próprio punho uma medida que beneficiou uma organização não governamental do policial militar que hoje o acusa de comandar um esquema de desvio de dinheiro público.
Em julho de 2006, Orlando assinou um despacho que reduziu o valor que a ONG de João Dias Ferreira precisava gastar como contrapartida para receber verbas do governo, permitindo que o policial continuasse participando de um programa do ministério.
A medida foi autorizada mesmo depois de auditorias internas terem apontado os primeiros indícios de fraude nos negócios do policial com o ministério, num período em que ele ainda mantinha relação amistosa com o governo.

Governo teme que crise ameace votações

Para evitar traições na base, Dilma quer acelerar pagamento de emendas parlamentares
Cristiane Jungblut e Adriana Vasconcelos, O Globo
A presidente Dilma Rousseff pôs seu time político em campo desde ontem para evitar que a crise no Ministério do Esporte e a insatisfação da base aliada com o atraso no pagamento das emendas parlamentares ao Orçamento ameace a votação da DRU (Desvinculação das Receitas da União), amanhã no plenário da Câmara.
Líderes governistas temem que o governo Dilma sofra sua primeira grande derrota no Congresso, com votos dos aliados. A oposição, por sua vez, aposta em novas convocações de envolvidos no escândalo do Esporte e no depoimento de João Dias Ferreira, o delator do esquema.
A despeito do esforço do Palácio do Planalto e da base aliada para desqualificar as acusações de João Dias — os governistas pretendem esvaziar a sessão de amanhã em que ele será ouvido numa comissão da Câmara —, a pressão pela demissão do ministro Orlando Silva ganhou ontem apoio de um parlamentar petista: o deputado Francisco Praciano (AM), presidente da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção.
O Planalto corre contra o tempo porque tem dois meses para aprovar, na Câmara e no Senado, a prorrogação da DRU até dezembro de 2015. Assim, poderá mexer livremente em 20% do Orçamento.
Ontem, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, conversou com secretários-executivos dos ministérios que detêm a maioria das emendas para acelerar o seu pagamento, uma vez que há a decisão política de liberá-las. Depois, ela convocou líderes aliados no Congresso para traçar novas estratégias.

Governo tenta votar lei contra lavagem de dinheiro

Projeto obriga consultor, empresário de jogador e artista a informar movimentação financeira aos órgãos de controle
Texto está em debate na Câmara desde 2003; ordem para viabilizar a votação foi dada pela equipe da presidente
Maria Clara Cabral e Andréia Sadi, Folha de S. Paulo
O governo quer votar ainda hoje na Câmara projeto que facilita a investigação e o combate à lavagem de dinheiro. Assessores do Planalto acertaram ontem os últimos detalhes do projeto de lei que trata do assunto.
A Folha apurou que, para viabilizar a aprovação da proposta, o governo cedeu e deve tirar a possibilidade de o Ministério Público e a polícia terem acesso, sem autorização judicial, a dados mantidos pela Justiça Eleitoral e pelas empresas telefônicas, entre outros, de investigados.
Deputados da base aliada dizem que o trecho dá "muita autonomia a Ministério Público e polícia" e por isso inviabilizaram a votação do projeto nas últimas semanas.
"O delegado vai poder vasculhar a vida de qualquer um aqui, isso não é certo", disse o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO).

Verbas oficiais irrigam ONGs ligadas ao PCdoB

Uma das instituições recebeu R$ 12 milhões em convênios com quatro diferentes pastas entre 2006 e 2010
O Globo
Não é apenas no Ministério do Esporte que ONGs ligadas ao PCdoB se alimentam de recursos federais. Elas aparecem como beneficiárias de verbas dos ministérios da Cultura, Saúde e Cidades.
Uma delas é o Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ), que recebeu R$ 2,1 milhões desde 2004 e funciona no mesmo endereço da União da Juventude Socialista, ligada ao partido, na rua Treze de Maio, em São Paulo.
O Centro só se tornou influente depois que Gustavo Petta, cunhado do ministro do Esporte, Orlando Silva, foi seu dirigente.

PF vai indiciar ex-ministro Wagner Rossi sob a acusação de peculato

Peemedebista não é localizado; assessor afirma que não ouvido
Folha de S. Paulo
A Polícia Federal pediu o indiciamento do ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, de seu ex-chefe de gabinete Milton Ortolan e do lobista Júlio Fróes após investigar suspeitas de corrupção na pasta. As acusações levaram à queda de Rossi em agosto.
A PF pretende intimar o ex-ministro, Ortolan e Fróes na próxima semana para que prestem depoimento. No despacho da PF são imputados a Rossi (PMDB) os crimes de peculato, formação de quadrilha e fraude em licitações.
Em agosto, a Folha revelou que o nome da Fundação Getúlio Vargas foi usado indevidamente para fraudar licitação da Agricultura que levou à vitória da Fundasp (Fundação São Paulo). O contrato era de R$ 9,1 milhões.
A PF confirmou que um documento da FGV usado na licitação era "falso".

0 comentários:

Postar um comentário