quinta-feira, outubro 20, 2011

Caso Orlando Silva


Suspeitas são muito graves, diz procurador-geral

Folha de S. Paulo
Com o argumento de que "a gravidade dos fatos é tamanha", o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que deverá pedir nesta semana abertura de inquérito contra Orlando Silva (Esporte) e que poderá unir investigações caso encontre relações diretas com as suspeitas que atingem o governador Agnelo Queiroz (PT-DF).
O inquérito contra os dois seria único, no STF (Supremo Tribunal Federal).
"O certo é que a gravidade dos fatos é tamanha que se impõe, até para que se possam apurar devidamente esses fatos, a instauração do inquérito", disse Gurgel.

Planalto avisa ao PCdoB que partido deve entregar logo o Esporte

Gerson Camarotti e Maria Lima, O Globo
Sem conseguir conter a crise política que envolve o ministro do Esporte, Orlando Silva, e seu partido, o Palácio do Planalto já emitiu sinais de que seria melhor o PCdoB entregar logo o cargo e conduzir o processo de saída do ministro. Segundo interlocutores da presidente Dilma Rousseff, quanto mais demorar essa solução, mais o PCdoB e o governo ficarão fragilizados.
Dilma chega nesta quinta-feira à noite da viagem à África e pode se encontrar ainda nesta quinta-feira com Orlando e com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo. Dirigentes do partido já admitiam reservadamente que podem ficar sem o Ministério do Esporte, tamanho o desgaste político.

PM diz que entregará gravação à PF que será 'um nocaute'

Demétrio Weber, O Globo
Após quase oito horas de depoimento à Polícia Federal, o soldado da Polícia Militar João Dias Ferreira disse no início da madrugada desta quinta-feira que entregará à PF, na próxima segunda-feira, o áudio de uma conversa que comprovará o esquema de corrupção no Ministério do Esporte denunciado por ele à revista Veja, na semana passada. Segundo Ferreira, que reafirmou as acusações contra o ministro Orlando Silva, essa gravação será um "nocaute".
Ferreira afirmou que não fez nem fará acordo de delação premiada. E disse que pediu proteção à PF. Ferreira disse que compareceu espontaneamente à PF e que retomará o depoimento na segunda. Nesta quinta-feira ele irá à Procuradoria-Geral da República.
- Não tem acordo de delação. Nem agora, nem nunca - declarou.
Ferreira disse não ter apresentado à PF nenhuma gravação nesta quarta-feira, mas apenas transcrições de conversas envolvendo a cúpula do Ministério do Esporte, acerca de desvios no programa Segundo Tempo, além de documentos que comprovariam fraudes.
Ele não esclareceu se o ministro Orlando aparece ou é mencionado nas transcrições. Ferreira disse ainda que o áudio que entregará na segunda-feira está em São Paulo, motivo pelo qual não pode ser levado nesta quarta-feira à PF. O soldado não explicou por que a gravação está em São Paulo.

Esportes: CGU terá dificuldade para reaver R$ 12,5 milhões

A Controladoria Geral da União (CGU) terá dificuldades para reaver os R$ 12,5 milhões repassados à Universidade do Professor do Paraná e à ONG Instituto Rumo Certo, no Rio. As duas entidades estão com as suas atividades paralisadas. Ambas lideram uma lista de instituições beneficiadas em convênios com o programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, dos quais a CGU cobra a devolução do dinheiro. Ao todo, a CGU quer de volta pelo menos R$ 49,19 milhões de 26 ONGs suspeitas de irregularidades no projeto .

Campinas foi irrigada por recursos do Ministério do Esporte

O Globo
Campinas foi a cidade paulista que mais recebeu recursos do Programa de Implantação e Modernização de Infraestrutura para Esporte Recreativo e de Lazer, do Ministério do Esporte, este ano.
Foram liberados R$ 3,731 milhões para o ginásio poliesportivo do município, cujo projeto de reforma foi previsto num convênio de R$ 7 milhões, assinado em 2009. A contrapartida do município é de R$ 1,5 milhão. O segundo maior valor foi para a cidade vizinha de Americana, que recebeu R$ 2,497 milhões.
Responsável pelo projeto, o secretário municipal de Esporte de Campinas, Gustavo Petta, é cunhado do ministro Orlando Silva e integrante da direção do PCdoB no município. Campinas foi também escolhida pelo ministério para sediar um Centro Esportivo de Alto Rendimento (Cear). A decisão rendeu mais de R$ 15 milhões para a cidade.

Esportes renova convênio que nunca saiu do papel

Reportagem do 'Estado' voltou a Novo Gama (GO), onde há 8 meses constatou existência de entidade de fachada que assinou contrato
Leandro Colon, O Estado de S. Paulo
O Ministério do Esporte prorrogou até agosto de 2012 um convênio de R$ 911 mil do programa Segundo Tempo com uma entidade de fachada que, apesar de ter assinado o contrato em dezembro de 2009, jamais executou o projeto no entorno do Distrito Federal. O convênio fantasma, usado como propaganda eleitoral do PC do B em 2010, foi revelado pelo Estado em fevereiro deste ano. O ministério ignorou as suspeitas de fraude.
A renovação foi publicada há menos de dois meses, no dia 25 de agosto passado, pelo secretário executivo do ministério, Waldemar Souza, e pelo secretário nacional de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro, dois homens de confiança do ministro Orlando Silva.
O contrato é com o Instituto de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente (Idec), uma entidade registrada na casa de seu dono, Ranieri Gonçalves, em Novo Gama, cidade goiana da região do DF que tem eleitores que votam na capital federal. Na época da publicação da reportagem do Estado, Orlando Silva anunciou abertura de sindicância e prometeu “apurar e punir”.
A reportagem voltou nesta quarta-feira, 19, ao local e não constatou nenhuma mudança: por lá, o Segundo Tempo ainda é só promessa. No fim da noite de ontem, o Ministério do Esporte informou que decidiu rescindir o contrato e que pedirá a restituição dos R$ 393 mil já liberados.
O cancelamento do convênio, porém, não foi oficializado no Diário Oficial da União (D.O.U), apesar de a assessoria da pasta afirmar que essa decisão foi tomada na semana passada. O dono da ONG, porém, disse à reportagem que o convênio está em vigor.

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