quarta-feira, outubro 19, 2011

Para manter DRU, Ideli apressa a liberação de verbas

Fabio Pozzebom/ABr

Às voltas com ameaças à aprovação da proposta que prorroga a DRU, a ministra Ideli Salvatti comprometeu-se a apressar a liberação de verbas a deputados.
O compromisso da coordenadora política de Dilma Rousseff foi assumido em encontro com líderes governistas, no início da noite desta terça (18).
Ideli faltara a uma reunião-almoço realizada mais cedo, na casa do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN).
A ausência da ministra abespinhou os líderes do consórcio governista. “Ela está brincando com fogo”, disse um deles ao repórter.
Referia-se ao risco que o Planalto corre na votação da Câmara em função do atraso na liberação de emendas injetadas no Orçamento pelos deputados.
Ao farejar os sinais de fumaça, Ideli chamou os líderes para conversar. Lero vai, lero vem ficou entendido que, sem as emendas, o projeto da DRU corre riscos.
A DRU é uma ferramenta fiscal que facilita a vida do governo. Permite à área econômica aplicar como bem entender 20% de toda a arrecadação tributária.
Previsto na Constituição, o mecanismo expira em dezembro de 2012. Dilma Rousseff propôs que seja prorrogado até o final de 2015. Algo que considera vital.
Na conversa com Ideli, os líderes listaram os ministérios que represam as emendas. Citaram-se: Saúde, Integração Nacional, Cidades e Turismo.
Projetos já em fase de aprovação na Caixa Econômica Federal também demoram a sair. Atribuiu-se a delonga à greve dos bancários, que durou 22 dias.
Ideli prometeu aos líderes mapear a encrenca. Comprometeu-se, de resto, a telefonar para os ministros. Pedirá que apressem o empenho das emendas.
A emissão da nota de empenho é o penúltimo estágio antes da liberação das verbas. Funciona como um compromisso do governo de honrar os pagamentos.
Segundo Ideli, os resultados de suas incursões aparecerão até a próxima segunda-feira (24). A proposta da DRU vai ao plenário no dia seguinte.
Quer dizer: para salvar um mecanismos que diz ser essencial para manter a higidez fiscal, o governo abrirá os cofres.

0 comentários:

Postar um comentário