domingo, novembro 27, 2011

Brasil!


Rivalidade na área sindical acirra disputa por ministério

Andréia Sadi e Vera Magalhães, Folha de S.Paulo
A rivalidade das duas maiores centrais sindicais do país acirrou a disputa que PT e PDT travam pelo Ministério do Trabalho desde que o ministro Carlos Lupi entrou na lista dos que devem ficar sem emprego na reforma ministerial prevista para janeiro.
O PT perdeu o ministério em 2007 para que o então presidente Lula acomodasse o PDT no governo. Hoje os petistas se queixam do modo como a sigla de Lupi controla recursos e cargos da pasta.
Ligada ao PT, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) acusa a Força Sindical de usar aliados no PDT e no ministério para ampliar sua influência sobre os sindicatos.
O principal foco de interesse dos partidos é a Secretaria de Relações do Trabalho, responsável pelo registro de novos sindicatos e hoje comandada por Zilmara de Alencar.
Quanto maior o número de entidades filiadas, maior a fatia das centrais na divisão do imposto sindical. Em 2010, a CUT recebeu R$ 32 milhões e a Força teve R$ 29 milhões.

Nova denúncia faz oposição cobrar saída imediata de Lupi

Andreza Matais e Felipe Seligman, Folha.com
Líderes da oposição cobraram no sábado da presidente Dilma Rousseff a demissão do ministro Carlos Lupi (Trabalho) após a revelação de que ele foi durante cerca de seis anos funcionário fantasma da Câmara dos Deputados.
A avaliação é que o fato atinge diretamente o ministro ao envolvê-lo numa atitude questionável eticamente.
A Folha revelou na sua edição de sábado que o ministro foi funcionário da Câmara de 2000 a 2006, lotado na liderança do PDT como assessor técnico.
Nesse período ele foi vice e presidente nacional do partido e, segundo relatos de deputados, ex-deputados e assessores exerciam funções exclusivamente partidárias.

Operador do mensalão, Valério ainda está na ativa

Foto: Divulgação / O Globo

Thiago Herdy, O Globo
O escândalo do mensalão e as dezenas de processos em que figura como réu na Justiça não foram suficientes para tirar de cena Marcos Valério Fernandes de Souza (foto acima), o lobista acusado de operar o maior esquema de ocultação e desvio de recursos por políticos brasileiros.
Às vésperas da definição da data do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Valério está mais atuante do que nunca e despacha em escritório localizado no sexto andar do número 925 da Rua Sergipe, em Belo Horizonte. É a sede da T&M Consultoria Ltda, antiga Tolentino & Melo Assessoria Empresarial, que teve oficialmente Valério como sócio até 2005, ano em que o escândalo da base petista veio à tona.
No papel, Valério deixou a sociedade com Rogério Tolentino e José Roberto de Melo, mas, na prática, ele continua atuante na empresa de consultoria e ainda a cita, em ações na Justiça, como seu endereço comercial.

Sob mal-estar, PT e PMDB selam aliança no Rio

O Globo
Em vez de celebrar a aliança anunciada previamente entre PT e PMDB para as eleições municipais de 2012, a reunião do diretório do PT do Rio realizada na sexta-feira foi marcada por um mal-estar causado pelo discurso do deputado federal Alessandro Molon, candidato pelo PT nas últimas eleições à prefeitura do Rio.
Ele se declarou publicamente contra o apoio à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB). O vereador e líder do governo na Câmara, Adilson Pires (PT), será candidato a vice.
Ao ser convidado para compor a mesa para o anúncio da aliança, Molon, que defendeu candidatura própria, recusou: — Discordo completamente dessa aliança. O PT está cometendo um erro gravíssimo, e não há legitimidade nessa deliberação. Vou debater nas instâncias do partido até o fim.

Número de juízes ameaçados sobe 50%, segundo CNJ

Bruno Góes, O Globo
O número de juízes ameaçados no país subiu 50% de 12 de agosto deste ano até hoje. Um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou que a quantidade de magistrados na mira de criminosos saltou de cem para 150 em apenas três meses.
Os dados são baseados nas informações prestadas pelos tribunais locais à corregedoria do CNJ.Logo após a morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada na porta de casa em 12 de agosto, houve aumento nas denúncias. Em apenas 13 dias depois do crime, 34 magistrados foram acrescentados à lista, somando 134 casos. De lá para cá, mais 16 foram incorporados à estatística.
O perigo para alguns magistrados não passa somente pela ameaça. O juiz federal da 3 Vara Criminal do Rio de Janeiro, Lafredo Lisboa, descobriu que foram oferecidos R$ 500 mil para quem o matasse, e que havia um plano para sua execução. 

Contrato suspeito não tem problema moral, diz Kassab

Foto: André Coelho / O Globo

O Globo
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD) (foto acima), afirmou na sexta-feira que a decisão da Justiça de bloquear os seus bens, por causa de irregularidades no contrato do programa de inspeção veicular na cidade, não se deve a "um problema moral, e sim técnico".
— É pública a divergência entre Ministério Público e prefeitura em relação a esse programa. E isso não é segredo para ninguém. Não é uma denúncia no campo moral, não se falou em desvio (de dinheiro), e sim em divergência no campo administrativo. O MP diz que esse contrato com a Controlar (empresa contratada para realizar a inspeção na frota da cidade) não é adequado nem correto, e a prefeitura acredita que é — disse Kassab ao voltar na sexta-feira de Paris.

Ex-presidente do PT José Eduardo Dutra é operado no Rio


Folha.com
O ex-presidente do PT José Eduardo Dutra (foto acima), dirigente nacional do partido, foi internado na última quinta-feira no hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde passou por cirurgia para a retirada de um melanoma. As informações são do site do PT.
Ele recebeu alta do hospital na sexta-feira e, segundo boletim divulgado pelo médico Marcos Moraes, publicado no site do partido, passa bem. De acordo com o boletim, o tratamento será definido após a análise patológica do tumor.

Petrobras registra mais vazamentos do que a Chevron

Navio realizando transborbo de óleo. Foto: Domingos Peixoto / O Globo

Bruno Rosa e Ramona Ordoñez, O Globo
Os vazamentos de petróleo no Brasil são mais comuns do que se pensa. Só a Petrobras, a maior empresa do setor, encerrou o ano passado poluindo mais e recebendo um grande volume de autos de infração dos órgãos de fiscalização.
Em 2010, a estatal registrou 57 vazamentos, contra 56 ocorrências em 2009. O volume de petróleo e derivados derramado cresceu cerca de 163%, pulando de 1.597 mil barris, em 2009, para 4.201 mil barris espalhados na natureza no ano passado, quase o dobro dos 2.400 barris que teriam vazado do poço da Chevron no campo de Frade (Bacia de Campos), onde a Petrobras tem 30%.
O óleo vazado pela Petrobras em 2010 foi o maior em pelo menos quatro anos, segundo levantamento do GLOBO com base em seus relatórios de sustentabilidade. O número ficou acima do Limite Máximo Admissível, índice anual usado pela estatal, de 3.895 mil barris.
Especialistas dizem que as empresas não estão investindo o suficiente em sistemas de segurança e ressaltam que os desafios são maiores com o pré-sal.

Órgãos federais deixam de arrecadar R$ 23 bi em multas

Eliane Oliveira, Mônica Tavares e Geralda Doca, O Globo
Não importa em quanto a petrolífera americana Chevron será multada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pelo Ibama — que já lavraram autos de R$ 150 milhões contra a companhia — por ter causado vazamento de óleo no litoral fluminense.
A possibilidade de o governo receber todo o dinheiro é remota e menos ainda de o consumidor brasileiro ser de alguma forma ressarcido ou beneficiado.
Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) revelam, em números, a ineficiência crônica da maioria absoluta dos 17 órgãos federais com poderes reguladores ou fiscalizadores, incluídos ANP e Ibama. 

Somente no período de 2008 a 2010, foram aplicados por eles R$ 24,030 bilhões em multas. O total arrecadado, no entanto, ficou em R$ 1,1 bilhão, ou 4,7%. O restante está sendo questionado na morosa Justiça brasileira.

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