Tenho acompanhado com certa preocupação a greve dos professores
em Crateús.
Criticar trabalhadores lutando por melhores condições de
trabalho, principalmente num país onde praticamente todas as conquistas
trabalhistas se deram na forma de movimentos sindicais, através basicamente de
greves; é algo delicado.
Há, porem, no meio de todo esse movimento, algo que precisa ser
melhor avaliado, melhor medido; no caso a sociedade, notadamente os estudantes públicos,
que se subentende de menor poder aquisitivo, e que no momento são realmente os
grandes prejudicados com toda essa situação.
Não posso dizer aqui que os professores não devam lutar pelos
seus direitos, contudo a forma ou a maneira que se está “batalhando”, não tenho
duvidas, precisa ser melhor julgado.
Afrontos claros ao estado de direito, ao judiciário... Situação
essa que nos leva a entender que a aproximação das próximas eleições
municipais, também, claramente, tem sido um norte enxergado e visado com esse
movimento.
Há que custo? Essa é uma pergunta interessante. Que se exploda a
sociedade, os estudantes, os pais dos estudantes...!
Cabe aos lideres desse movimento e, principalmente, o poder judiciário
de Crateús, estabelecer limites.
Faz-se, portanto necessário manter o movimento dentro dos seus
preceitos unicamente trabalhistas e não politiqueiro como já se vem percebendo.
Boicotar na base da anarquia, um governo legitimo, eleito através do voto
direto, é algo delicado e muito perigoso, tanto institucionalmente, como ate
fisicamente, situação já registrada com agressões físicas.
Não as greves, mas a “maneira” com se faz greve no Brasil já
está passando da hora de ser regulamentada.
Á nível de registro, é importante dizer que greve de professor,
hoje é um movimento nacional. Junto com Crateús há um sem-fim de municípios
enfrentando o mesmo problema.
Torcemos e esperamos que o problema seja resolvido da melhor
maneira possível.
Depois eu volto.
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