domingo, março 31, 2013

Brasil!


Campos e tucanos fazem aproximação estratégica

Julia Duailibi, Estadão
O projeto presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), passou a ser do interesse de outros três protagonistas políticos, todos eles tucanos. O senador Aécio Neves (MG), o governador Geraldo Alckmin (SP) e o ex-governador José Serra (SP) se beneficiam das articulações do pernambucano para disputar a Presidência da República em 2014.
O PSDB vê como positiva a candidatura de Campos, que conta com o entusiasmo até do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, hoje o principal articulador político da campanha de Aécio à Presidência. A direção do partido avalia que a entrada do governador de Pernambuco na disputa pode ser determinante para forçar o 2.º turno entre Aécio e a candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT).
Segundo pesquisa Ibope, divulgada pelo Estado no fim de semana passado, quando Campos não está na disputa, Dilma se fortalece e tende a receber a maior parte dos votos que antes estavam com o governador.



Boneco com foto de Feliciano é malhado em Brasília

Estadão
Mais um protesto pela permanência do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos ocorreu na tarde de ontem, em Brasília. A manifestação foi promovida pela Federação de Umbanda e Candomblé, diante do Congresso Nacional, onde um boneco com a foto do pastor Feliciano (foto abaixo) foi malhado como se fosse Judas.
Com o corpo recheado de "cédulas" de R$ 10, R$ 20 e R$ 50, o boneco teve um triste fim: depois de apanhar, foi jogado em uma montanha de lixo não reciclado, no gramado do Congresso.

Foto: Aílton de Freitas / O Globo

Marcelo Remígio, O Globo
A falta de acordo entre PT e PMDB para a sucessão do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), em 2014, levou peemedebistas a traçar um plano “B” em socorro à candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão, caso o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) não desista da ideia de disputar o Palácio Guanabara, e a Executiva Nacional petista abrace de vez a ideia.
Cresce no partido a corrente em defesa do lançamento de Cabral ao Senado para reforçar a chapa de Pezão. Apesar do esforço do partido em tornar o vice-governador mais popular, ele ainda enfrenta, apesar de uma melhora identificada por pesquisa recente, o desconhecimento de sua trajetória por boa parte dos eleitores. A presença de Cabral ajudaria a quebrar essa barreira.

 Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) e Lindbergh Farias (PT-RJ)


Governadores controlam máquina de 105 mil cargos sem concurso público

Daniel Bramatti José Roberto de Toledo, Estadão
A primeira pesquisa completa sobre a estrutura burocrática dos Estados, realizada pelo IBGE, revela que os 27 governadores empregavam em 2012, em conjunto, um contingente cerca de 105 mil funcionários que não fizeram concurso para entrar na administração pública. Se todas essas pessoas se reunissem, nenhum dos estádios da Copa de 2014 - nem mesmo o Maracanã - teria capacidade para acomodá-las.
Apenas na chamada administração direta, da qual estão excluídas as vagas comissionadas das empresas estatais, o número de funcionários subordinados aos gabinetes dos governadores ou às secretarias de Estado sem concurso público chega a 74.740, o suficiente para ocupar 98% do maior estádio do Brasil.


POLÍTICA

Comissão da Verdade: ‘Não sabemos o impacto que o relatório terá'

Mariana Timóteo da Costa, O Globo
Única psicanalista à frente da Comissão da Verdade, Maria Rita Kehl (foto abaixo) diz que ‘nem dá para contar’ os relatos que vem ouvindo de vítimas da ditadura militar (1964-1985).
Neste primeiro ano, a Comissão ouviu mais de 40 pessoas. Como única psicanalista do grupo, a senhora poderia falar um pouco do sentimento delas?
Cada um cuida de uma área, a minha é de camponeses e índios, e ouvi bastante gente que foi torturada. Dos criminosos ouvi menos. Por enquanto ouvimos só quem se ofereceu para falar. É diferente dos torturadores, que a gente convoca e tem poder de lei para convocar. Não podemos impedir torturadores de mentir, eles mentem mesmo. Mas são obrigados a vir, senão é crime de desobediência. Os torturados são o contrário, querem vir.

Foto: Michel Filho / O Globo

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