sexta-feira, abril 12, 2013

Mudança de sede do Dnocs é motivo de polêmica entre políticos e técnicos

Parlamentares, como o deputado Eudes Xavier, têm se mobilizado contra as mudanças pretendidas para o Dnocs. As reuniões destacam o momento decisivo de mobilização pela valorização e permanência em Fortaleza FOTO: NATINHO RODRIGUES
Fortaleza. A possível mudança da sede do Departamento Nacional de Obra Contra as Secas (Dnocs) de Fortaleza para Brasília está longe de se chegar a um consenso. O assunto, que fará parte da pauta da reunião que acontece hoje, no auditório do Banco do Nordeste, no bairro Passaré, tem movimento de parlamentares contrários, como os deputados federais Eudes Xavier e Chico Lopes, mas também tem posições indiferentes como dos engenheiros Cássio Borges e Hypérides Macedo.

Embora a pauta do seminário seja bem mais extensa, e com um caráter técnico com vista à reestruturação do órgão, algumas opiniões poderão pesar na decisão, que deverá ser discutida, especialmente, pela bancada de parlamentares no Congresso Nacional. A mudança de sede, assim como a transformação de autarquia para uma empresa pública já foram anunciadas pelo Ministério da Integração Regional, em reunião com deputados federais e diretores do Dnocs.

Permanência
Na reunião, que acontece a partir das 9 horas, o deputado Chico Lopes reforçará a campanha "Fica, Dnocs", pela permanência da sede do órgão em Fortaleza.

O parlamentar explica a iniciativa, no sentido de que é preciso uma ampla mobilização da sociedade, para garantir que não venha a prevalecer a proposta de mudança da sede administrativa do Dnocs, de Fortaleza para Brasília. "Fizemos esse alerta em pronunciamento na segunda-feira, quando apresentamos a campanha ´Fica, Dnocs´, contra a ideia de mudança da sede para Brasília", disse por meio de sua assessoria. Na quarta-feira passada, a bancada federal cearense fechou posição contra a mudança e a ideia é estender a campanha para os governadores dos estados nordestinos.

Para Chico Lopes, ainda por meio de nota divulgada pela assessoria, a prioridade deve ser a reestruturação do Dnocs, com mais recursos para obras, valorização dos atuais servidores e concurso para novos funcionários.

Indiferente
Para Hypérides Macedo, a mudança é irrelevante. Ele advoga que há sim espaço para se obter um órgão com ação em todo o País, já que, cada vez mais, crescem as demandas por açudagem, inclusive em estados do Sul, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

"O Dnocs, sobrevivente do equívoco da sua extinção, vem há mais de uma década vegetando heroicamente, sendo assediado por todo tipo de processo de descrédito num ambiente quase impossível de trabalho. Entre extinguir e não fazer nada pelo órgão em todo esse tempo, a diferença é muito pouca", afirma.

Para o engenheiro, que foi secretário de Recursos Hídricos por duas vezes, não se deveria refutar a ampliação do raio de atividade do órgão, como também se pensar na recuperação das ligações internacionais, como as mantidas com os Estados Unidos e a França. "O Dnocs tem sido melhor tratado pela Universidade Stanford do que pelo governo brasileiro", disse.

Mais informações:Departamento Nacional de obras Contra as Secas (Dnocs)
Duque de Caxias, 1.700 Centro - Fortaleza
Telefone(85) 3223.2552

Marcus PeixotoRepórter 

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