sábado, junho 15, 2013

Brasil!

POLÍTICA

Ideli: Há motivos para protestos contra alta de passagens

Ideli Salvatti condena depredação e violência nos atos no Rio e São Paulo e diz que pode ter havido excesso da polícia
Catarina Alencastro, O Globo
A ministra Ideli Salvatti, de Relações Institucionais, disse nesta sexta-feira que os manifestantes que protestam em São Paulo e no Rio contra o aumento das passagens de ônibus estão certos. Em entrevista a jornalistas, a ministra disse, no entanto, que depredação e violência são inadmissíveis, e que pode ter havido excesso da polícia.
— (O transporte coletivo) é caro, é insuficiente, tem pessoas que levam três, quatro horas para ir e voltar e cumprir suas tarefas. O transporte coletivo precisa ser equacionado. É um problema que afeta milhões de pessoas. É ineficiente, não é adequado à necessidade da população — ponderou Ideli, para depois completar:
— Eu diria que tem um motivo para trazer manifestações com relação ao transporte coletivo. Nós temos um problema, e não há nenhum problema com manifestação. Nosso problema é com violência, depredação. E também pode ter tido excesso na repressão.

POLÍTICA

Ato em Niterói contra aumento de passagens de ônibus tem confronto

Evento acontecia de forma pacífica; conflito ocorreu ao fim da passeata, quando grande parte do grupo de mais de 2 mil pessoas já havia se retirado. Segundo um dos coordenadores do movimento, objetivo era fazer com que o prefeito revogasse o decreto publicado na semana passada aumentando as tarifas de R$ 2,75 para R$ 2,95
O Globo
A manifestação contra o aumento de passagem de ônibus em Niterói, que acontecia de forma pacífica, terminou em confronto no Centro da cidade, localizada na Região Metropolitana do Rio. Bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, além gás de pimenta, foram atirados em direção aos estudantes. Pelos menos duas pessoas foram socorridas, intoxicadas, depois de a Polícia Militar enfrentar manifestantes. Uma pessoa foi detida.
A estudante de Direito Thamires Ribeiro, de 21 anos, grávida de três meses, foi levada para o Hospital das Clínicas, no Centro, depois de ser atingida por spray de pimenta. O confronto aconteceu ao fim da passeata, quando grande parte do grupo de mais de 2 mil pessoas já havia se retirado.

Foto: O Globo

A confusão começou depois que estudantes teriam tentando impedir que os ônibus deixassem um terminal rodoviário no Centro, próximo à Estação das Barcas. Por volta das 22h, cerca de 40 manifestantes que foram alvo de spray de pimenta ainda estavam reunidos em frente ao terminal. A polícia também estava no local para efeitos de prevenção.
Na dispersão do tumulto, os manifestantes saíram correndo e espalharam montes de lixo que estavam em trecho da calçada da Rua Marechal Deodoro. Ao longo da rua, havia inclusive cacos de vidro.
No início da noite, já havia sido registrado um princípio de tumulto. Um policial do Batalhão de Choque teria soltado uma bomba de efeito moral no meio da multidão, que estava concentrada em frente à Câmara dos Vereadores da cidade. Logo depois da explosão, um manifestante tentou tirar satisfação com um policial, identificado como capitão, mas foi ignorado pelo militar. Ninguém ficou ferido.

ECONOMIA

Dilma critica ‘terrorismo’ quanto à alta da inflação

Presidente assegura que índice está sob controle e que país não vive momento de dificuldade, mas de ‘quase pleno emprego’
O Globo
No evento de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, na Rocinha, a presidente Dilma Rousseff chamou de terrorismo o alarde sobre o alto patamar da inflação, que continua resistente, como já admitiu o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.
— Quero dizer que a inflação jamais vai voltar e está sob controle. Por isso, peço a vocês que não deem ouvidos a esses que jogam sempre no quanto pior melhor. Todo mundo tem que ter a humildade de aguentar as críticas, mas terrorismo, não.
A presidente negou que o país enfrente “dificuldades” e defendeu que o país hoje tem “a menor taxa de desemprego do mundo”:
— Vocês têm visto na imprensa muita gente falando que o Brasil passa por um momento de dificuldade. O Brasil é um dos países mais sólidos do mundo, que, em meio à crise econômica mundial das mais graves talvez desde 1929, é o país que tem a menor taxa de desemprego do mundo. Antes, tínhamos taxa alta de desemprego, geralmente entre 14% a 16%, mas isso mudou.
Dilma comparou a situação do mercado de trabalho no país, de “quase pleno emprego”, segundo ela, à vivida na Europa em crise e rebateu as críticas vindas de países do velho continente:
- Vivemos num sistema de quase pleno emprego, em torno de 5,6%. Na Europa, entre a população jovem chega a 50%. Em Portugal, de onde acabei de vir, um em cada quatro portugueses estão desempregados. E eles vêm dizer que o Brasil é um país em situação difícil. Interessa a eles criar essa ideia. O Brasil é extremamente sólido, nós temos a melhor relação entre dívida líquida e PIB. Não gastamos mais do que possuímos, nós somos sérios em relação à política fiscal desse país — afirmou a presidente.

ECONOMIA

Dívida pública da Espanha sobe e chega a 88,2% do PIB no trimestre

Em três meses, foi atingido mais da metade do aumento previsto para 2013
O Globo
A dívida pública da Espanha voltou a subir no primeiro trimestre de 2013, para 88,2% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos), quatro pontos percentuais acima dos dados do fim de 2012, e continua em ritmo recorde de escalada.
Em apenas três meses, foi atingido mais da metade do aumento previsto para todo o ano de 2013, que é de 7,2 pontos percentuais do PIB, uma vez que o governo estima que fechará o ano com uma dívida equivalente a 91,4%.

Manifestação em Madri contra corte de verbas para estudos científicos. Foto: AFP

Em valor, o passivo de todas as administrações foi mais de € 922 milhões entre janeiro e março, de acordo com dados divulgados nesta manhã pelo Banco de Espanha. A dívida pública já marca no início deste ano um novo recorde.
A dívida espanhola também já ultrapassa a média europeia. Embora o resultado já fosse esperado, derruba o mito da era de superávit e crescimento exponencial por que passou a economia espanhola, destacou o jornal “El País”.

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