sexta-feira, julho 12, 2013

APROXIMAÇÃO Após vaias, Dilma afaga prefeitos

Presidente vai se reunir de 3 a 4 vezes ao ano com representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM)
Brasília. Após as vaias recebidas durante a Marcha dos Prefeitos em Brasília, a presidente Dilma Rousseff chamou para uma reunião no Palácio do Planalto, ontem, prefeitos representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e prometeu aproximação.

O presidente da Confederação dos Municípios Brasileiros, Paulo Ziulkoski, afirmou que os encontros com a presidente é para buscar soluções FOTO: AG. BRASIL1

O encontro ocorreu um dia após Dilma Rousseff ter sido vaiada ao final do discurso na Marcha dos Prefeitos, que levou a Brasília mais de 4 mil líderes municipais.

A reunião durou cerca de uma hora e meia e teve participação da ministra responsável pela articulação política do Planalto, Ideli Salvatti. A presidente prometeu se reunir de três a quatro vezes ao ano com representantes da confederação, segundo disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

"As reuniões serão mais amiudadas. A presidente nos convidou para que ao menos três a quatro vezes por ano a gente possa ter a presença dela nessas reuniões no sentido de encaminhar solução", disse Ziulkoski.

Arrecadar mais

O presidente da CNM disse que os prefeitos precisam melhorar a gestão dos municípios, arrecadar com mais capacidade e aplicar os recursos com mais eficiência em suas cidades.

Durante a reunião, que ele classificou como "tranquila e profícua", os prefeitos esclareceram questões que "não chegam à presidente. Não pela assessoria, mas pela realidade da vivência", enfatizou Ziulkoski.

"Daqui em diante, nós vamos ter efetivamente um trabalho mais coordenado para solucionar questões que a sociedade pede. Se a federação dialogar melhor com a Presidência da República e com os municípios, várias situações que estão pendentes vão evoluir", afirmou Ziulkoski.

Durante a Marcha dos Prefeitos, realizada quarta, Ziulkoski saiu em defesa da presidente após as vaias e os gritos de parte da plateia, que pedia uma posição dela a respeito do reajuste do Fundo de Participação dos Municípios, o FPM.

Calma
Após a saída de presidente, ele pediu calma aos presentes e esclareceu que o R$ 3 bilhões anunciados por ela para custeio da saúde e da educação equivalem a um incremento de 1% do repasse feito via FPM. Na reunião de ontem, Ziulkoski disse que Dilma está "sabendo superar" o episódio, embora tenha negado que o assunto havia sido tratado durante o encontro.

"Estamos vendo que há disposição efetiva do governo em dialogar mais, embora tenha havido ontem algumas questões traumáticas, mas a presidente, pela sua sabedoria, está sabendo superar e nós também", disse Paulo Ziulkoski.

Compromisso

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que a reunião serviu para reafirmar o compromisso da presidente em estreitar a relação entre governo federal e governo municipais.

"As necessidades da população brasileira são na maioria atendidas através dos municípios, das prefeituras. Queremos dar continuidade, estreitando essa relação entre governo federal e governos municipais, manter uma relação e uma negociação permanente, até porque é impossível resolver tudo ao mesmo tempo", concluiu a ministra das Relações Institucionais. 

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