domingo, julho 21, 2013

Brasil

POLÍTICA

Após reunião, PT reafirma defesa de plebiscito e reforma política

Felipe Neri, G1
O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão (foto abaixo), reafirmou neste sábado (20), após reunião do diretório nacional da sigla, que os petistas querem mudanças no sistema político e eleitoral já no ano que vem. Segundo Falcão, os membros do diretório definiram que ao menos o fim do financiamento privado de campanha deve valer em 2014.
“Para nós, as mudanças que deveriam ocorrer podem ser já para 2014. Foi isso que nós sentimos quando a população nas ruas manifestou o seu desagrado em relação ao sistema político atual. Pelo menos o fim do financiamento privado das eleições, que favorece o poder econômico, induz à corrupção, pelo menos esse item entendemos que deveria valer já para 2014”, disse Falcão.


POLÍTICA

Ministro do TCU ‘rejuvenesce’ dois anos para presidir corte

Fábio Fabrini, Estadão
Nomeado há seis anos para o Tribunal de Contas da União (TCU), o ministro Raimundo Carreiro envelheceu, sem truque de beleza ou matemática, só quatro de lá para cá. Depois de assumir o cargo, conseguiu na Justiça mudar sua data de nascimento de setembro de 1946 para setembro de 1948 e, assim, esticar em dois anos a permanência na corte, tida como o "céu" de políticos e servidores públicos em fim de carreira.
O comando do TCU é definido anualmente numa eleição pró-forma, que ratifica acordo de cavalheiros previamente costurado. O presidente exerce mandato de um ano, renovado sempre por mais um. Pela tradição, o escolhido é sempre o ministro mais antigo de casa que ainda não exerceu a função.
O próximo da fila é Aroldo Cedraz, que tomou posse em janeiro de 2007, dois meses antes de Carreiro, e sucederá a Augusto Nardes no período 2015-2016. Em seguida, será a vez de Carreiro, que, com nova certidão de nascimento, tirou a cadeira de José Múcio Monteiro. "Pode ser consequência (assumir a presidência), mas não que o objetivo seja esse", diz Carreiro.

GERAL

Renda e violência em alta nas regiões Norte e Nordeste do país

Antônio Gois e Marcelle Ribeiro, O Globo
Entre 2001 e 2011, período em que estados das regiões Norte e Nordeste registraram aumento na renda per capita acima da média nacional, um efeito indesejado ocorreu: o crescimento das mortes violentas. Para especialistas, a causa dessa aparente contradição é que as mudanças sociais e econômicas não foram acompanhadas por estruturas de segurança pública de melhor qualidade.
O contraste entre o bom momento econômico e a piora nos indicadores de segurança pode ser constatado num cruzamento de indicadores de renda per capita e taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes feito pelo GLOBO nos microdados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE) e nos registros do DataSus.

GERAL

Grupo de advogados voluntários defende manifestantes e PMs

Fernando Pontes, O Globo
Bem diferente do jeans e camiseta, um clássico do figurino dos ativistas que estão pelas ruas do Rio, uma turma de paletó e gravata, ou tailleur, tem marcado presença nos protestos que vêm ocorrendo há mais de um mês. São quase 50 advogados que se revezam como voluntários em manifestações e delegacias para garantir o direito das pessoas de se manifestarem de forma pacífica. O grupo faz parte do coletivo Habeas Corpus (foto abaixo), que tem o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ). Juntos, eles já atuaram na defesa de 350 manifestantes e de policiais vítimas de agressões.
Criado em São Paulo após o primeiro grande protesto, quando a polícia paulista foi acusada de agir de forma agressiva, o coletivo ganhou sua versão carioca pelas mãos dos advogados criminalistas Renato Tonini e Priscila Prisco. Os dois criaram a página do movimento, que hoje tem mais dois mil seguidores.


GERAL

Latino-americanos chegam ao Rio para encontrar com papa Francisco

Terra
A chegada do primeiro papa latino-americano ao Brasil atraiu milhares de jovens ao País, que estiveram presentes neste sábado com suas bandeiras nas ruas do Rio de Janeiro com o desejo de ver, a partir de segunda-feira, um pontífice que consideram estar mais próximo da realidade do continente.
"É uma bênção para nós latinos. Isso nos ajuda a ter mais fé, porque conhece a realidade do continente", disse à Agência Efe Simón Romero, um jovem venezuelano de 19 anos que chegou ao Brasil nesta semana junto com outros peregrinos de sua paróquia.

ECONOMIA

Pirâmide: sonho de dinheiro fácil acaba em prejuízo e ação judicial

João Sorima Neto e Daiene Costa, O Globo
Rentabilidade muito acima da média do mercado, risco baixo e retorno no curto prazo. Quem não se sentiria atraído por uma fórmula como esta, especialmente no atual contexto econômico brasileiro, no qual as aplicações de renda fixa oferecem um ganho de 0,5% ao mês, quase o mesmo que a da poupança, e a Bolsa de Valores acumula tombos consecutivos?
Consultores financeiros ouvidos pelo GLOBO afirmam que essa pode ser uma das razões para o ressurgimento dos esquemas conhecidos como pirâmide financeira, um tipo de golpe que desde o século passado atrai gente de todas as classes sociais no Brasil e no exterior com promessa de ganho elevado e fácil. Especialistas dizem que os golpistas se reinventaram na era eletrônica, quando a internet, via redes sociais ou e-mails, multiplicou o poder de arregimentar vítimas.

MUNDO

Farc dizem que capturaram soldado dos EUA

Estadão
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) disseram neste sábado que capturaram um soldado dos Estados Unidos nas selvas no sul do país. Entretanto, o grupo guerrilheiro afirmou que planeja libertar o militar, em meio ao processo de paz que está sendo negociado há quase um ano com o governo colombiano.
Em comunicado, as Farc disseram que estão mantendo como refém o soldado Kevin Scott Sutay, que segundo informações do seu passaporte teria nascido em Nova York. O grupo afirmou que ele é especialista em desarmar minas, teria lutado no Afeganistão em 2010 e 2011 e deixou a Marinha em março deste ano. O soldado teria entrado na Colômbia em junho, vindo do México, e foi capturado no dia 20 de junho.

MUNDO

Venezuela desiste de reaproximação com os EUA

Estadão
O governo da Venezuela vai desistir dos esforços para se reaproximar dos Estados Unidos, em protesto a comentários feitos esta semana por Samantha Power, nomeada para ser embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU).
O Ministério de Relações Exteriores da Venezuela emitiu um comunicado na noite de sexta-feira afirmando que "rejeita categoricamente" a acusação de Samantha, que disse que o governo venezuelano "reprime a sociedade civil". Segundo a chancelaria venezuelana, as ações que foram iniciadas no mês passado para retomar os laços diplomáticos foram interrompidas.

MUNDO

Mais de 100 cidades dos EUA protestam por jovem negro assassinado

Denise Chrispim Marin, Estadão
Como pressão sobre o Departamento de Justiça, a comunidade negra realizou neste sábado, 20, marchas em mais de 100 cidades dos Estados Unidos para pedir a abertura de um processo na Justiça Federal contra George Zimmerman por crime de ódio racial. O vigia voluntário Zimmerman foi absolvido no dia 13 pela Justiça Flórida da acusação de homicídio culposo do estudante negro Trayon Martin na cidade de Sanford em fereveiro de 2012. Mas, nesse julgamento, não foi avaliada a motivação racial de seu crime.
A marcha em Nova York foi liderada pela mãe de Martin, Sybrina Fulton, e pelo pastor batista Alfred Sharpton, ativista de Direitos Civis e apresentador do programa de televisão PoliticsNation, da MSNBC. Estrelas como Beyonce e Zay Z se uniram ao protesto de Nova York. Em Miami, o pai do estudante assassinado, Tracy Martin, liderou a manifestação em frente ao tribunal federal da cidade. Manifestações ocorreram também em Washington, Atlanta, Los Angeles, Baltimore e outras cidades americanas.

GERAL

O novo atrapalha a teoria, por Rosiska Darcy de Oliveira

Rosiska Darcy de Oliveira
No quebra-quebra da última quarta-feira no Leblon e em Ipanema, arruaceiros infiltrados em uma manifestação pacífica conseguiram envenená-la. Eram poucos, o estrago foi imenso. Os manifestantes são agora acusados por autoridades de serem manipulados, o que esvazia sua autenticidade e desvia o conteúdo das demandas da rua para a querela personalista. Como se as ruas nada fossem senão marionetes coadjuvantes da tragicomédia partidária. Essa acusação injusta desfigura um movimento cuja causa é nobre.
Os jovens têm o desafio e a responsabilidade de, sem ambiguidades, demarcar-se dos vândalos preservando a lição de democracia que vêm dando ao país. Violência não rima com liberdade.
É difícil entender o novo. O novo atrapalha a teoria.
Quem foi jovem em 68, com saudades de si mesmo, busca similitudes entre os manifestantes de hoje e aqueles de quase meio século atrás. Em vão. Não se é jovem duas vezes, a escultura do tempo é impiedosa. Os jovens de hoje nada têm a ver com aqueles, só a indignação.
Na efervescência em que vive o país, com partidos políticos e sindicatos agonizantes tentando um ultrapassado protagonismo, são os jovens, esses desconhecidos, que esboçam o futuro. Enquanto os partidos se aferram à tomada do poder, eles tomam a palavra e dão exemplo de exercício democrático em que o poder se distribui em múltiplas instâncias de participação.
Quem veio às ruas nesse último mês nasceu depois da queda do muro de Berlim e fez-se adulto quando aluíram as torres gêmeas. Não se define como esquerda ou direita. Não atende a convocatórias de fulano ou beltrano. São cidadãos da nação Facebook, um estado virtual sem fronteiras.
A rede é a grande revolução social que viram nascer e crescer, proeza tecnológica de que são contemporâneos onde se geram os valores de que estão imbuídos: partilha, liberdade de expressão e gratuidade. Diferentes no conteúdo, as manifestações, mundo afora, são similares na forma de organização e expressão porque emergem da cibercultura que é a cultura global contemporânea.


GERAL

A invasão dos bárbaros, por Zuenir Ventura

Zuenir Ventura, O Globo
Eram quase 2 horas da madrugada de anteontem e a televisão continuava transmitindo imagens estarrecedoras de fúria e destruição que poderiam ser da Turquia ou da Síria. Mas o barulho ensurdecedor dos helicópteros sobrevoando nossos prédios não deixava dúvida: o clima de guerra civil era aqui, em Ipanema e, principalmente, no Leblon, bairros conhecidos pelo hedonismo e não pelos conflitos. Algo de estranho acontecia.
As manifestações anteriores já davam sinais de que as hordas de vândalos estavam fugindo ao controle. Nesta, foi pior: o controle passou a ser deles, que ditaram o ritmo da violência e da desordem.
Mascarados, travestidos de grupos políticos, eles se infiltraram entre os manifestantes e, como bárbaros, devastaram o que encontraram pela frente: quebraram vitrines, saquearam lojas, invadiram agências bancárias. “Em 50 anos nunca vi coisa igual”, disse um antigo morador da região.
Ao contrário das outras vezes, em que a polícia foi acusada de truculência e excessos, desta vez ela foi omissa. Segundo várias testemunhas, só agiu depois que o tumulto e o caos haviam tomado conta das ruas. E, no entanto, como disse alguém, foi “um passeio pelo Código Penal”, tantos os crimes cometidos: formação de quadrilha, dano ao patrimônio privado, furto, arrombamento, incêndio, explosão. Por que a polícia não agiu?

Felipe Santa Cruz, presidente da OAB/RJ

No dia seguinte, o comandante da PM, coronel Erir Ribeiro, justificou-se, referindo-se a um certo pacto que teria sido firmado com a Anistia Internacional e a OAB para a redução do uso de armas não letais, como gás lacrimogêneo, nos protestos desta semana. Para ele, isso não funcionou.
Porém, o presidente da Ordem, Felipe Santa Cruz, nega o acordo e lança uma grave suspeita — a hipótese de que a polícia teria agido assim, de forma política, “para jogar a opinião pública contra os manifestantes”.
Finalmente, se algo de positivo ficou desta crise na segurança pública foi a decisão do procurador-geral da Justiça, Marfan Vieira, de criar uma comissão especial formada por representantes do Ministério Público e das Polícias Civil e Militar, com o objetivo de identificar os grupos responsáveis pelo vandalismo e puni-los.
Dois deles pelo menos serão investigados: os Black Blocs e os Anonymous. Os primeiros, que se dizem de inspiração anarquista, foram vistos à frente de arruaças em quase todas as manifestações. Por que essas providências só foram tomadas agora, quase em cima da chegada do Papa, só Deus sabe.

Zuenir Ventura é jornalista.


GERAL

Catedrais e terreiros na mesa política, por Vitor Hugo Soares

A panela de pressão nacional ferve intensamente no Rio de Janeiro, nas vésperas do papa Francisco desembarcar em visita histórica à Cidade Maravilhosa. É simbólico e intrigante ver os protestos e tumultos que sacodem nestes dias o bairro do Leblon e as reações que provocam de todo lado e de todo tipo, mesmo as mais esdrúxulas, cínicas e descabidas.
É, no mínimo, desconcertante ver o festejado éden de convivência carioca e objeto de desejo de legiões de brasileiros e estrangeiros, de todas as partes, que passam ou residem entre a Avenida Ataulfo de Paiva e a praia badalada desde os anos 70, transformado em caótica praça de guerra. As imagens chocam e mexem com nervos e emoções das ruas, do poder, da política e da segurança.
Neste contexto, a expectativa da passagem do Papa pelo Rio conflagrado - sensação térmica de quase 40 graus neste estranho inverno brasileiro -, amplia, e muito, a ressonância de sentimentos e reações ambivalentes que há meses circulam e ecoam nas praças, nas redes sociais, na TV e jornais. Rugidos que voltam a incomodar e despertam atenções aqui e lá fora.
A voz das ruas parece celebrar com fé e renovado sopro de esperanças (postas no lugar de outras que se perderam, como na canção de Paulo Cesar Pinheiro e Ivan Lins) a vinda de Francisco.

Foto: L’Osservatore Romano

Na ponta oposta da corrente, o poder encastelado em Brasília e em suas cortes estaduais de todo tipo e matiz, dá sinais explícitos de andar às tontas, assombrado diante do que poderá fazer e dizer o carismático e imprevisível visitante nos dias que passará na cidade do Cristo Redentor.
Tudo pode acontecer. Neste caso, o mais improvável é que não aconteça nada. Com sua colossal estatura religiosa e ética, mas também política e participante (que ninguém se engane), aliados a uma inegável capacidade de mexer com as emoções de seu rebanho (e de outros), o papa Francisco vem participar do Encontro Mundial da Juventude no Rio de Janeiro.
Ou seja, o pontífice pisará em período crucial no território que virou epicentro da crise de poder, de ética e de falta de rumo e diretrizes confiáveis no Brasil. Mas também na América Latina e muitas outras partes do planeta - salvo raríssimas e honrosas exceções. A expectativa, portanto, se multiplica ainda mais.
É ingênuo pensar que o Papa Francisco, o argentino polêmico da Ordem dos Jesuítas, fará em vão sua primeira peregrinação desde que assumiu o trono de Pedro. No Rio, em Brasília ou em Salvador no ambiente destes dias, não é difícil verificar e prever o quanto de esperanças e de preocupações, ao mesmo tempo, provoca a simples perspectiva da chegada do líder de tamanha envergadura.


ESPECIAL

Programa Mais Médicos: o ministro da Saúde responde

O médico aprovado em programa de residência terá sua vaga trancada caso deseje participar do Mais Médicos, como no PROVAB?
Sobre a bolsa: incidirão impostos sobre ela?
Sobre a ajuda de custo: qualquer deslocamento para a região amazônica será contemplado com 30 mil reais? Por exemplo: Pará - Amapá. Eduardo Gaia
Não, Eduardo. Ao homologar sua participação no programa, o médico terá de entregar declaração impressa de seu desligamento da residência médica ou do Provab, emitido pela coordenação dos programas.
Aderindo ao Mais Médicos e concluindo o ciclo de 3 anos de trabalho concluirá uma especialização em atenção básica. Motivo pelo qual ele receberá uma bolsa estudo.
O profissional que aderir ao Programa deverá cumprir uma carga horária semanal de 40 horas. Sobre a bolsa não incidirão impostos. Os deslocamentos serão de acordo com a faixa dos municípios:
I - Faixa 1 - Municípios situados na região da Amazônia Legal, em região de fronteira e áreas indígenas: concessão de ajuda de custo no valor de 3 (três) bolsas ao médico participante;


II - Faixa 2 - Municípios situados na Região Nordeste, na Região Centro-Oeste e na região do Vale do Jequitinhonha-MG: concessão de ajuda de custo no valor de 2 (duas) bolsas ao médico participante; e
III - Faixa 3 - Capitais, regiões metropolitanas, Distrito Federal e Municípios não contemplados nos itens I e II deste parágrafo: concessão de ajuda de custo no valor de 1 (uma) bolsa ao médico participante.

Alexandre Padilha, ministro da Saúde.

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