domingo, julho 07, 2013

Brasil

POLÍTICA

Dona da maior coalizão desde 1988, Dilma vê risco de desmanche

Eduardo Bresciani e Daiene Cardoso, Estadão
Partidos da base de sustentação do governo ameaçam desmanchar a aliança em torno da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. A sinalização ocorre no momento em que a petista quer consultar a população sobre mudanças no sistema político e amarga queda acentuada de popularidade após a série de manifestações pelo País.
Eleita em 2010 por uma chapa de dez partidos, Dilma conseguiu mais adesões e formou a maior base de apoio no Congresso desde a Constituinte. Manteve índices recordes de popularidade, superando até seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva. Até que junho chegou.



POLÍTICA

Base de Alckmin também balança após protestos

Pedro Venceslau e Ricardo Chapola, Estadão
A queda de 14 pontos porcentuais em três semanas no índice de aprovação do governador Geraldo Alckmin (PSDB)tirou os tucanos paulistas da zona de conforto. Acuado pelas manifestações que colocaram em xeque a classe política, o PSDB busca um discurso eleitoral incisivo para a disputa do ano que vem para o Palácio dos Bandeirantes ao mesmo tempo em que tenta evitar fissuras em sua base aliada.
Nesse ponto, o que mais preocupa é a posição do PRB. O partido do ex-deputado Celso Russomanno selou em maio um acordo com os tucanos e prometeu tirar sua maior estrela da disputa pelo governo em 2014. Com isso, ficaria mais difícil a realização de um segundo turno. Depois das manifestações, o PRB começou a repensar a estratégia ao concluir que Russomanno podia, como disse ao Estado um dirigente do partido, “capitalizar a voz das ruas”.



POLÍTICA

Estados multiplicam secretarias para abrigar aliados e elevam gastos

Silvia Amorim, O Globo
O inchaço da máquina pública, evidenciado no governo federal pelo aumento no número de servidores e pelo excesso de ministérios, é prática recorrente também nas administrações estaduais. Levantamento feito pelo GLOBO mostra que alguns governos de estado também mantêm elevado número de secretarias, muitas com funções quase idênticas, para abrigar aliados. Além disso, dados de 22 unidades da Federação revelam que as despesas com pessoal avançam em ritmo mais acelerado do que a arrecadação, reduzindo a cada ano o fôlego para investimentos.
No levantamento do número de secretarias, o Distrito Federal é o recordista — são 36 pastas, só três a menos que as do governo federal (39). Onze secretarias foram criadas na atual gestão do governador Agnelo Queiroz (PT). Em seguida no ranking aparecem Maranhão e Paraná, com 33 e 29 pastas, respectivamente.

Centro Administrativo do Distrito Federal, obra de R$ 800 mi Foto: André Coelho / O Globo


POLÍTICA

Com outro nome, construtora Delta volta ao mercado por São Paulo

Terra
A Delta Construções está impedida de assinar contratos com o poder público, por decisão da Justiça Federal. Numa tentativa de retornar as suas atividades no mercado, a construtora abriu em fevereiro uma nova empresa, a Técnica Construções, para atuar em licitações do governo de São Paulo.
Porém, a legalidade da participação da empreiteira ainda é duvidosa e pode estar comprometida com a decisão judicial relativa à Delta. Um dos engenheiros responsáveis pela nova empresa é Fernando Cavendish (foto abaixo), que ganhou notoriedade durante as investigações sobre o contraventor Carlos Cachoeira. A corregedoria do governo paulista já está investigando o caso.



GERAL

Incêndio destrói parte do Mercado Público de Porto Alegre

Elder Ogliari, Estadão
Um incêndio destruiu pelo menos três dos quatro quadrantes do andar superior do Mercado Público de Porto Alegre na noite deste sábado. As causas ainda são desconhecidas. Imagens de câmeras de segurança mostram que por volta das 20h30min houve uma grande labareda no quadrante oeste e que as chamas se espalharam rapidamente por quase todo o segundo pavimento, destruindo o telhado e instalações de restaurantes, lojas e cafés que funcionavam no local. O andar inferior também foi atingido, mas sofreu danos menores.
Como os 111 estabelecimentos comerciais do prédio, entre os quais restaurantes, açougues, lojas de especiarias, já estavam fechados, os poucos funcionários que ainda permaneciam no local conseguiram sair sem ferimentos. Por volta das 22 horas a Brigada Militar informou que o incêndio não havia deixado vítimas e teria sido controlado, apesar de alguns focos menores ainda estarem ativos e sendo combatidos. Os bombeiros também tiveram de retirar animais de uma loja de produtos agropecuários do andar inferior.


GERAL

Rio: Mulher dá à luz na calçada, em frente a hospital em Copacabana

Miguel Caballero e Marcio Menasce, O Globo
Uma mulher entrou em trabalho de parto dentro do supermercado Pão de Açúcar, na Rua Siqueira Campos, em Copacabana, Zona Sul do Rio, por volta das 16h deste sábado. A gestante foi socorrida por clientes do supermercado e pedestres, que acionaram o Corpo de Bombeiros, e foram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) próxima para pedir ajuda.
Segundo o morador Ricardo Novaes, que passava pelo local, funcionários da UPA, no entanto, informaram que nada poderiam fazer para ajudar e se recusaram prestar atendimento. Além disso, segundo ele, os bombeiros demoraram a chegar ao local.


GERAL

Periferia de SP também sofre com falta de médicos

Maria Timóteo da Costa, O Globo
A cozinheira Janete Tietez (foto abaixo), de 53 anos, logo começa a chorar quando conta a sua história:
— Minha autoestima está no chão — diz ela. — Muitas vezes penso em pegar uma faca e cortar o que está na minha barriga.
Janete se refere à hérnia inguinal surgida em 2009, que a impede de trabalhar, namorar e até ver os amigos. A cozinheira, moradora de um vilarejo chamado Embura, bem para lá de Parelheiros (extremo sul do município de São Paulo), culpa o sistema público de saúde e, principalmente, a falta de médicos por sua doença ter chegado onde chegou.
Moradores da periferia das grandes cidades como Janete são os que mais sofrem. No posto de saúde de Embura, onde ela e os demais moradores precisam ser atendidos inicialmente, não para nenhum profissional.

Foto: O Globo


ECONOMIA

2º semestre começa sem força para reverter fraca atividade econômica

João Sorima Neto e Roberta Scrivano, O Globo
Pela planilha dos economistas, o segundo semestre começou sem força para reverter a fraca atividade econômica observada até o fim de junho. A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) do ano está mais próxima de 2% do que de 3%, como deseja o governo.
Para a inflação, o dado anual também não é animador: os preços devem subir em torno de 6%, bem acima do centro da meta do Banco Central, de 4,5%. E os juros básicos da economia (Taxa Selic), que pela primeira vez na história recente do país estão abaixo dos 10%, estará mais próximo do patamar de dois dígitos.

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