terça-feira, julho 09, 2013

Ibope: brasileiros veem os partidos como muito corruptos

O percentual de brasileiros que vêem corrupção nos partidos é o maior entre todos os países da América Latina

Por: Redação Web
Uma pesquisa do Ibope, divulgada, nesta segunda-feira, pela Transparência Internacional, mostra que 81% dos brasileiros consideram os partidos políticos como corruptos ou muito corruptos. E, para 70% dos entrevistados, a corrupção no serviço público é muita séria.
Os números do levantamento concluído em março traduzem uma insatisfação que ficou explícita três meses depois, com a série de manifestações que se alastraram pelas cidades brasileiras.
Se comparados à percepção de moradores de outras áreas do globo, fica claro que os brasileiros estão mesmo descontentes.
Os dados nacionais sobre percepção de corrupção – obtidos após entrevistas com 2.002 pessoas – mostram também que, depois dos partidos, o Congresso é a segunda instituição mais desacreditada.
Cerca de 72% da população o classificam como “corrupto ou muito corrupto”. Na média mundial – foram 114 mil entrevistas –, o índice é de 57%. A pesquisa ainda perguntou se os entrevistados consideravam eficientes as medidas dos governos contra a corrupção: 56% dos brasileiros disseram que não; 54% da média mundial também.
PARTICIPAÇÃO POPULAR
Um dado da pesquisa chama atenção em termos de crença da população em meios para mudança no campo ético. Os dados mostram que, no Brasil, 81% dos entrevistados disseram que podem fazer a diferença no combate à corrupção. Na médias dos países envolvidos na pesquisa, o índice é de 65%.
Cerca de 70% dos entrevistados no Brasil acreditam que a corrupção no setor público é “muito séria”, contra uma média mundial de apenas 50%. Em torno de 77% dos brasileiros admitem que ter “contatos” na máquina publica é “importante” para garantir um atendimento. A percepção em relação ao setor privado se inverte. 
Outra constatação da Transparência Internacional é que, no Brasil, a proporção de pessoas disposta a denunciar a corrupção é mais baixa que a média mundial: 68% diante de 80%.
Cerca de 44% dos entrevistados disseram que não denunciam por medo, enquanto outros 42% alertam que suas ações não teriam qualquer resultado.
Com informações: Jornal O Estado de São Paulo.

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