quarta-feira, julho 24, 2013

Movimento rejeita proposta de Cid e resistirá contra transposição pelo leito do rio Poty

A coordenação do movimento contrário à transposição da água do açude Flor do Campo, em Novo Oriente, para o açude Carnaubal, em Crateús, pelo leito do rio Poty reuniu-se na tarde desta quarta-feira (24) para discutir a proposta do governador Cid Gomes de executar a transferência hídrica pelo leito do rio no prazo de 10 dias. Em reunião ocorrida na tarde de ontem (23), em Fortaleza, o governador teria assegurado a construção da adutora interligando os reservatórios de Crateús e Novo Oriente, mas que não abria mão da transposição pelo canal a céu aberto.

Açude Flor do Campo, Novo Oriente-CE.
A reunião da coordenação ocorreu na Casa Paroquial de Novo Oriente e contou com a participação de entidades crateuenses, novorientenses e quiterianopolenses. O promotor de Justiça José Arteiro Soares Goiano também participou das discussões, como integrante da Comissão Diocesana de Justiça e Paz de Crateús. Os padres João Batista e Alexandre representaram a Igreja Católica. A deliberação unânime dos presentes foi pela rejeição da proposta do governador e manutenção da vigília nas imediações do açude Flor do Campo, que ocorre desde o dia 21 de junho. As entidades também trabalham na perspectiva da ampliação do movimento.

A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos-Cogerh, órgão do governo do estado, defende que a única alternativa viável para evitar o colapso no abastecimento hídrico de Crateús é a transposição da água do Flor do Campo pelo leito seco do rio Poty. Cerca de sete milhões de metros cúbicos do líquido seriam liberados. Entidades lideradas pela Igreja Católica, contudo, acreditam que a operação resultará em significativo desperdício de um recurso já muito escasso e propõe a transferência hídrica somente através de adutora, além da execução de medidas emergenciais paliativas até a conclusão da obra.

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