domingo, outubro 27, 2013

Brasil

POLÍTICA

Dá ou desce, por Ilimar Franco

Ilimar Franco, O Globo
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), está levando uma dura do PT. Os petistas estão dispostos a apoiar o PMDB para o governo de Alagoas desde que ele seja o candidato. Mas foi advertido de que, se a tarefa ficar com o deputado Renan Filho, o PT não tem como não compartilhar o palanque da presidente Dilma com o do candidato do PP ao governo, senador Benedito de Lira.

Foto: Fabio Pozzebom / ABr



POLÍTICA

O desespero do clã Sarney, por Claudio Dantas Sequeira

Claudio Dantas Sequeira, ISTOÉ
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, e seu pai: denúncias para atingir os adversários
Em quase meio século de domínio no Maranhão, o clã Sarney nunca correu tanto risco de perder o poder. Os sinais de esgotamento começaram a surgir nos protestos que tomaram as ruas de São Luís em junho e ganharam mais substância nas últimas pesquisas de intenção de voto para 2014.
Em todas elas, os candidatos apoiados por José Sarney, inclusive sua filha Roseana, atual governadora, patinam em índices de popularidade incomuns para quem ditou os rumos políticos do Estado por tanto tempo.

Roseana Sarney, governadora do Maranhão

A maior ameaça à hegemonia dos Sarney chama-se Flávio Dino, que lidera as pesquisas para o governo do Estado com quase 60% de apoio, índice que o credencia a liquidar a eleição no primeiro turno. Exatamente por isso, o ex-deputado federal do PCdoB, ex-juiz e atual presidente da Embratur tornou-se alvo de uma campanha implacável de difamação que expõe o desespero de quem não está acostumado a ser oposição.
Um dos principais escudeiros da família Sarney na batalha contra Dino é o deputado federal Chiquinho Escórcio (PMDB/MA), que tem feito uma devassa nas contas da Embratur em busca de problemas que comprometam o presidente do órgão.
Escórcio acaba de protocolar requerimento ao Ministério do Turismo questionando a Embratur sobre a decisão de abrir 13 escritórios de representação no Exterior. Ele também denunciou Dino à Comissão de Ética Pública da Presidência, acusando-o de usar o cargo para fazer campanha antecipada no Estado. “Dino trabalha em Brasília de segunda a quarta e viaja na quinta para o Maranhão.
Quem você acha que está pagando isso?”, questiona Escórcio. Com a experiência de quem já travou nas urnas uma disputa com os Sarney em 2010, Dino diz que não cometeria tal deslize. “Todas as viagens não oficiais são pagas pelo PCdoB ou por mim”, garante. O presidente da Embratur diz que fica no órgão até o meio-dia de sexta-feira e só faz campanha depois das 18 horas.


POLÍTICA

O mundo encantado da Doutora Dilma, por Elio Gaspari

Elio Gaspari, O Globo
No Brasil encantado em que vive o Planalto, as obras do trem-bala estariam adiantadas, e ele rodaria em 2016, para a Olimpíada. Felizmente, continua no papel. Depois do Enem deste fim de semana haveria outro (ou já houvera). Infelizmente, foi só promessa da doutora Dilma e do ministro Fernando Haddad.
Seu substituto, o comissário Mercadante disse que prefere gastar construindo creches. Por falar em creche, durante a campanha eleitoral, a doutora prometeu mais seis mil (quatro por dia). Em abril, ela disse o seguinte: “Queremos mais, muito mais. (...) Vamos chegar a 8.685 creches.”
A repórter Maria Lima fez a conta e mostrou que seria necessário entregar 31 novas unidades a cada dia até julho do ano que vem (13 por dia até o fim do governo). A doutora zangou-se: “Minha meta é seis mil creches. Quem foi que aumentou para oito mil?” Ela.
Sua conta era a seguinte: em abril, havia 612 creches prontas, 2.568 em obras e 2.117 contratadas. Somando, chegava-se a 5.397. Se obras em andamento e contratadas são obras concluídas, 2010 foi um grande ano. Terminaram-se as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e as águas do rio São Francisco foram transpostas. Promessas.
Para ficar na conta da meta de campanha, admitindo-se que a doutora já entregou três mil creches, até o fim do seu mandato precisa entregar pelo menos oito por dia.
O mundo encantado do Planalto desencadeia uma compulsão mistificadora. Se o governo terminar só quatro mil creches, atire a primeira pedra quem acha esse programa um fracasso. Será um grande resultado que partiu de uma promessa exagerada.
Trocando o mundo real (a obra entregue) pelo virtual (a promessa, ou o contrato), o comissariado intoxica-se numa euforia que desemboca na irritação. A última bruxaria do encantamento partiu da doutora Magda Chambrard, diretora da Agência Nacional do Petróleo.
Ela anunciou que, nos próximos 30 anos, o Campo de Libra renderá R$ 1 trilhão. Em maio passado a mesma doutora disse que “gostaria de ter mais Eikes” no setor petrolífero. Uma semana depois, começou o inferno astral de Eike Batista e de quem acreditou nele.
O encantamento desenvolve nos governantes uma síndrome de sítio, como se o mundo estivesse contra eles. De onde Maria Lima tirou a referencia às oito mil creches? De uma fala da doutora.


POLÍTICA

Dilma: depredações em SP ‘são barbáries antidemocráticas’

O Globo
A presidente Dilma Rousseff classificou como "barbáries antidemocráticas" os atos de agressão e depredação ocorridos na noite desta sexta-feira em São Paulo, durante manifestação pelo passe livre no transporte público da cidade. Via Twitter, a presidente, que criticou diretamente os black blocs, prestou solidariedade ao coronel da Polícia Militar de São Paulo Reynaldo Simões Rossi "agredido covardemente ontem por um grupo de black blocs em SP".
"Agredir e depredar não fazem parte da liberdade de manifestação. Pelo contrário. São barbáries antidemocráticas. A violência cassa o direito de quem quer se manifestar livremente. Violência deve ser coibida", escreveu Dilma na rede social; A presidente cobrou das forças de segurança "a obrigação de assegurar que as manifestações ocorram de forma livre e pacífica".



POLÍTICA

Presidenciáveis fazem de tudo para ser seguidos nas redes sociais

Madalena Romeo e Luiza Damé, O Globo
Peças-chave do xadrez eleitoral de 2014, a presidente Dilma Rousseff e o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, reforçaram a presença nas redes sociais no último mês. Com estardalhaço, a presidente voltou ao Twitter no fim de setembro conversando em 140 caracteres com seu alter ego na internet Dilma Bolada. A conta @dilmabr, parada desde o fim das eleições de 2010, pulou de 1,904 milhão de seguidores para 1,999 milhão em um mês. Logo depois, Campos também começou a tuitar pelo @eduardocampos40 e a incentivar no Facebook a mobilização dos internautas para debater e divulgar propostas do PSB.
A ausência de Dilma das redes sociais durante quase três anos foi avaliada no Planalto como uma falha de comunicação, que ficou evidente durante as manifestações de junho. Hoje o Twitter tem sido usado pela Presidência como um canal para dar respostas imediatas e oficiais a demandas e críticas da população, fugindo à formalidade de uma nota oficial ou de um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão. Até o fim deste mês, será criado o perfil do Planalto no Facebook, com foco na presidente — ela tem uma página criada pelo PT, com o nome “Dilma Rousseff”.


POLÍTICA

Chacina de Quintino, uma história reescrita 41 anos depois

Juliana Castro, O Globo
Era 29 de março de 1972 quando quatro militantes da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), a mesma organização a que pertenceu a presidente Dilma Rousseff, estavam reunidos na casa de número 72 da Avenida Suburbana 8.985, em Quintino, na Zona Norte do Rio. Segundo a versão oficial que consta no registro da Delegacia de Ordem Política e Social (Dops), agentes da área de Segurança Nacional foram recebidos à bala ao penetrar no aparelho subversivo e, em legítima defesa, revidaram.
De acordo com o documento, jaziam nos fundos da casa os corpos de duas mulheres e um homem. Quarenta e um anos depois, a versão dos militares para a Chacina de Quintino, como ficou conhecido o episódio, cai por terra.

 Maria Lígia, Antônio Marcos e Maria Regina são as vítimas da chacina


GERAL

Acusado de participar de agressão a coronel em protesto é preso

Cleide Carvalho, O Globo
Oito pessoas estão presas e indiciadas por atos de violência praticados durante manifestação realizada na noite de sexta-feira em São Paulo. O comerciário Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 22 anos, foi indiciado por tentativa de homicídio e associação criminosa, acusado de participar das agressões ao coronel da Polícia Militar Reynaldo Simões Rossi, que teve a clavícula quebrada e sofreu escoriações no rosto e na cabeça ao ser agredido por encapuzados.
Outros sete jovens, com idades entre 18 e 23 anos, foram indiciados por dano ao patrimônio público, formação de quadrilha e arremesso de explosivos ou explosão. Todos estão no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro, e deverão ser transferidos ao Centro de Detenção Provisória do Belém.
Entre os presos durante depredações estão três adolescentes, que não podem ser indiciados por serem menores de 18 anos. Eles estão sob custódia da Vara da Infância e Juventude, por ato infracional e dano qualificado, e devem ser encaminhados à Fundação Casa.


GERAL

Cidades apresentam irregularidades no transporte de estudantes

O Globo
Durante todo o ano letivo, uma caminhonete pau de arara (foto abaixo) circula entre as cidades de Amontada, no Ceará, e Icaraí. Em média, 30 estudantes se apertam no transporte escolar com assentos frouxos e uma lona furada que serve como teto. Ano passado, um grave acidente matou dois alunos e feriu outros três. Ainda assim, a caminhonete vermelha não saiu de circulação.
Em todo o país, segundo levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU) feito, aleatoriamente, em 84 municípios que usam verba do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), podem ser encontradas irregularidades no transporte escolar. A análise mostrou que mais da metade das cidades — 54,9% — apresentam problemas, a despeito das especificações contidas no Código de Trânsito Brasileiro, como superlotação, ausência de cinto de segurança, extintores de incêndio vencidos, pneus carecas e até ônibus que rodam há mais de 30 anos.
 
Foto: Janayde Gonçalves / O Globo

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