Execução de penas do mensalão surpreende Planalto
Tânia Monteiro, EstadãoA retomada da discussão sobre execução das penas dos mensaleiros pelo Supremo Tribunal Federal causou completa surpresa no Palácio do Planalto. Ninguém esperava que a reabertura do julgamento tratando da decisão sobre a prisão dos envolvidos pudesse ocorrer agora. E muito menos que ela pudesse ser colocada em prática de imediato. Houve quem interpretasse a iniciativa como um golpe para os réus.
A presidente Dilma Rousseff, no entanto, manteve a mesma postura de quando o tema estava em discussão no Supremo: não trata deste assunto e nem autoriza nenhum de seus assessores e ministros a falarem sobre ele. Ela quer se manter à distância e manter também seu governo à distância dessa discussão, que justifica ser competência apenas do Judiciário.
Valério vai se entregar se houver ordem de prisão, diz advogado
Cintia Paes, Humberto Trajano e Raquel Freitas, G1O advogado de Marcos Valério, Marcelo Leonardo, afirmou que, se o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela prisão de seu cliente, ele vai se entregar. “Se houver ordem de prisão, ele a cumprirá voluntariamente. Ele se apresenta imediatamente. Não tem nenhum obstáculo”, disse o defensor na noite desta quarta-feira (13).
Marcelo Leonardo avaliou que da forma como a sessão terminou não teve como entender o resultado. “Ficou muito confuso. A conclusão da votação ficou tão difícil de entender que o próprio presidente disse que vai anunciar amanhã”, falou.
Mensalão: defesas criticam forma de julgar dos ministros
Fausto Macedo, EstadãoO criminalista José Luís Oliveira Lima, que defende o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), disse que o Supremo Tribunal Federal (STF)"fechou os olhos para as provas da ação penal 470". "Respeito a decisão do STF, mas mais uma vez discordo do seu fundamento."
Na avaliação de Oliveira Lima, "o direito de defesa foi violado, uma vez que o pedido de prisão foi expressamente solicitado pela Procuradoria Geral da República e a defesa foi impedida de se manifestar".
O criminalista reprovou o que classificou de "fracionamento" do trânsito em julgado. "O STF aceitou o trânsito em julgado fracionado, o que jamais o fez em nenhum outro processo, demonstrando que o julgamento da ação penal 470 foi um ponto fora da curva."
Alves diz que decisão sobre condenados no mensalão será ‘racional’
Cristiane Jungblut, O GloboO presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN, foto abaixo), disse nesta quarta-feira que a Casa vai agir de forma “racional e com base na Constituição” em relação aos mensaleiros. A resposta de Henrique Alves foi dada a uma pergunta sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a condenação dos deputados Valdemar Costa Neto e Pedro Henry.
Henrique Alves, que deixou a Câmara em seguida e embarcou para os Estados Unidos em missão oficial, pareceu surpreso com o andamento da sessão do Supremo.
- Vamos analisar. Não pode ser uma questão emocional. Tem que ser uma questão racional e não emocional, com base na Constituição. Vamos analisar - disse Henrique Alves, andando e deixando a Casa de forma apressada.
Renan critica Alves sobre ‘jogo de empurra’ para o fim do voto secreto
Maria Lima e Cristiane Jungblut, O GloboSem consenso para aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o voto secreto, esquentou nesta quarta-feira o bate-boca entre os presidentes da Câmara e Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL, foto abaixo). Eles discutiram sobre de quem é a responsabilidade pela procrastinação da alteração que é fundamental para garantir a punição dos parlamentares condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mensalão.
Com o risco de a Câmara repetir a votação que garantiu a manutenção do mandato do deputado presidiário Natan Donadon, Henrique Alves disse na terça-feira que está havendo “um jogo de empurra” entre as duas Casas sobre a alteração constitucional que acaba com o voto secreto para cassação de mandatos. Hoje, Renan mostrou irritação e disse que a declaração do correligionário foi “errática” e respondeu que não cometerá, no Senado, os mesmos erros de Henrique na Câmara.
Após 4 anos, Cármen Lúcia libera processo contra Collor para revisor Francisco Leali, O Globo
Depois de passar quatro anos com processo parado em seu gabinete, a ministra Cármen Lúcia liberou no início da noite desta quarta-feira ação penal movida contra o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL, foto abaixo). Hoje, o GLOBO noticiou que há risco de prescrição dos crimes no processo em que o ex-presidente é acusado de corrupção passiva, falsidade ideológica e peculato.
Cármen Lúcia, relatora do processo estava com o caso desde outubro de 2009. A ação penal estava concluída com as alegações finais já apresentadas pelo Ministério Público Federal e pela defesa de Collor. Na sexta-feira passada, como informou O GLOBO, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou à ministra parecer pedindo urgência no julgamento da ação penal. No parecer, Janot diz que o crime de falsidade ideológica já prescreveu. E os demais poderão ter o mesmo destino se a eventual pena for definida como o mínimo previsto no Código Penal.
Máfia dos fiscais: Aurélio Miguel também recebia dinheiro da quadrilha Germano Oliveira e Leonardo Guandeline, O Globo
O promotor Roberto Bodini, do Ministério Público Estadual (MPE), de São Paulo, disse nesta quarta-feira que o vereador Aurélio Miguel (PR, foto abaixo) falava constantemente ao telefone celular com integrantes da quadrilha da máfia dos fiscais acusada de lesar os cofres da prefeitura paulistana em R$ 500 milhões, passando a ser investigado como beneficiário de um dos maiores escândalos da cidade.
De acordo com o depoimento do auditor fiscal Eduardo Horle Barcellos, dado nesta terça-feira aos promotores, o vereador recebia dinheiro de Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como chefe do bando, e por isso será ouvido pelo MPE. O vereador é campeão olímpico de judô.
Corpo de Jango é exumado em São Borja (RS)
Flávio Ilha, O GloboA exumação do corpo do ex-presidente João Goulart foi concluída na tarde desta quarta-feira, no cemitério Jardim da Paz, em São Borja (RS). O processo durou cerca de dez horas. Os 12 peritos chegaram ao cemitério por volta das 6h30m, mas os preparativos para a abertura do túmulo demoraram mais de uma hora. O corpo será levado de helicóptero até Santa Maria, de onde embarca amanhã, às 5h45m, para Brasília. Também nesta quarta, senadores apresentaram projeto para anular sessão que derrubou Jango.
O corpo de Jango deixará o cemitério em meio a honras militares. Dez soldados da Brigada Militar vão fazer uma reverência com espadas durante a passagem do corpo, que será conduzido por outros quatro soldados.
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