Autoridades brasileiras preparam ofensiva para trazer Pizzolato
Martha Beck, Júnia Gama e André de Souza, O GloboAs autoridades brasileiras começam a decidir nesta segunda-feira a estratégia para tentar trazer de volta ao país o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato (foto abaixo), condenado a 12 anos e sete meses de prisão no processo do mensalão. Ele deixou o país clandestinamente, há cerca de 45 dias, e se refugiou na Itália. O primeiro passo será passar um pente-fino nos tratados internacionais de extradição.
Segundo técnicos do Ministério da Justiça, o tratado entre Brasil e Itália permite que um país negue um pedido de extradição, caso o alvo seja uma pessoa com cidadania local, que é justamente o caso de Pizzolato.
Mensaleiros foram algemados e proibidos de conversar em voo da PF
O GloboDe acordo com reportagem do “Fantástico”, da TV Globo, ao serem transferidos para Brasília os nove condenados no mensalão viajaram algemados no avião da Polícia Federal. Eles foram proibidos por agentes que os escoltavam de conversar uns com os outros. O uso das algemas chegou a ser contestado pelos advogados dos presos. Mas a Polícia Federal (PF) alegou que se trata de uma regra de segurança.
No mandado de prisão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, determinou que os presos fossem tratados “com absoluta urbanidade” e tivessem garantidos seus direitos constitucionais.
Advogado pede ao STF que Genoino cumpra pena em regime domiciliar
G1O advogado do deputado licenciado José Genoino, Luiz Fernando Pacheco, informou que entrou no início da tarde deste domingo (17) com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a pena do ex-presidente do PT seja cumprida em regime domiciliar.
Genoino foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto no processo do mensalão. Sua defesa alega, porém, que ele tem problemas de saúde - o deputado sofre de problemas cardíacos, teve uma crise de pressão alta durante a transferência para Brasília, na tarde de sábado (16) e, na madrugada deste domingo, chegou a ser atendido por um médico particular no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.
Militantes da juventude do PT fazem vigília na Papuda
Júnia Gama, O GloboDois militantes da Juventude do PT decidiram, neste domingo, fazer uma vigília em apoio aos integrantes do partido que estão presos no complexo penitenciário da Papuda. João Paulo Oliveira, de 36 anos, e Pedro Henrichs, de 28 anos, chegaram à Papuda no fim da tarde deste domingo e colocaram duas cadeiras da entrada do local, onde prometem passar toda da madrugada.
Os militantes sabem que não poderão ter qualquer contato com o ex-ministro José Dirceu, com o ex-presidente do PT, José Genoino, ou com o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, mas disseram que a ideia da vigília é transmitir energia positiva aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão.
— Não dá para vê-los, mas tentamos transmitir algum tipo de energia positiva para eles saberem que não estão sozinhos. Não vão pagar multas e penas sozinhos. São presos políticos e não políticos presos — disse Henrichs, que organizou, no início do ano, um jantar numa galeteria de Brasília para angariar fundos para o pagamento de multas impostas ao mensaleiros. O evento foi um fracasso, mas Henrichs não divulga quanto foi arrecadado.
Dilma ignora prisão de mensaleiros e discorre sobre cultura no Twitter
Catarina Alencastro, O GloboA presidente Dilma Rousseff usou seu perfil no twitter, neste domingo, para manifestar sua admiração pelo escritor Simões Lopes Neto. No microblog, ela conta que assistiu a um documentário exibido ontem na TV a cabo sobre o escritor gaúcho. Os comentários da presidente se restringem ao mundo artístico.
Ela se absteve de falar sobre a situação dos colegas de partido que estão presos desde a noite de sexta-feira. Ontem os petistas José Dirceu e José Genoino, ambos condenados pelo esquema do mensalão, foram transferidos de São Paulo, onde se entregaram à Polícia, para o Complexo Penitenciário da Papuda, na capital federal.
UPPs completam cinco anos mergulhadas em crise
Cecília Ritto, VejaNo vazio de ideias e ações para a segurança pública no Brasil, a criação de unidades da Polícia MIlitar em favelas, iniciada em 2008 no Rio de Janeiro, teve o efeito de uma generosa chuva em terra seca.
Inaugurada numa encosta do bairro de Botafogo, no pequeno Morro Santa Marta, a primeira UPP – Unidade de Polícia Pacificadora – representou uma guinada na percepção que se tinha da PM, das medidas possíveis contra o tráfico e, claro, dos pais da ideia, cujo DNA é disputado pelo governador Sérgio Cabral e por seu secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
A força daquela iniciativa foi tamanha que, em 2010, as imagens de policiais, das viaturas e dos contêineres brancos e azuis dominaram a propaganda do governador na TV, conduzindo o PMDB a uma acachapante reeleição em primeiro turno, com 66% dos votos.
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