segunda-feira, novembro 11, 2013

ELEIÇÃO NO PT Disputa municipal chamou a atenção

A votação para os novos presidentes do PT ocorreu ontem, em todo o País. Em Fortaleza, deve haver 2º turno
Filiados do Partido dos Trabalhadores (PT) do Ceará e de todo o País escolheram, ontem, no Processo de Eleições Diretas (PED), novos presidentes nacional, estaduais e municipais da sigla. No Ceará, cerca de 53 mil petistas estavam aptos a votar, mas o Diretório Estadual estima que apenas 50% desse total votou. Em Fortaleza, apesar de 9,8 mil filiados estarem aptos, foram contabilizados 4.051 votos.

O processo de apuração começou duas horas após o encerramento da votação, em Fortaleza. Não havia hora para terminar a contagem dos votos FOTO: JOSÉ LEOMAR
Até o fechamento desta edição, ainda não havia sido concluído o processo de apuração na Capital e no Estado. A expectativa é de que haveria segundo turno para a eleição do presidente do diretório municipal de Fortaleza, diferentemente da disputa pelo diretório estadual.

A votação começou às 9h e seguiu até as 17h, em 168 municípios cearenses. Na Capital, foram 13 zonas de votação. A apuração dos votos em Fortaleza começou por volta das 19h. No Estado, em razão da quantidade de municípios, o resultado final só deve ser divulgado hoje.

Votação
Durante todo o dia de votação, o nome do candidato Francisco de Assis Diniz já era apontado como favorito para ser eleito novo presidente estadual do partido. "De Assis", como é mais conhecido, é apoiado pelo grupo do deputado federal José Guimarães, que possui maioria dentro do PT. Se confirmada sua vitória, ele substituirá Luizianne Lins.

Apontado como principal concorrente de "De Assis", o vereador Guilherme Sampaio era o nome apoiado por Luizianne. Concorreram ainda à presidência estadual do partido os candidatos Antônio Ibiapino, Eudes Baima e José Maria Castro. Ibiapino e Eudes não tinham apoio de nenhuma liderança conhecida dentro da legenda. Já José Maria recebeu o apoio do deputado federal Artur Bruno, do deputado estadual Professor Pinheiro e do vereador Acrísio Sena, que era candidato à presidente do PT Fortaleza.

Municipal

Além de Acrísio e de Elmano de Freitas, concorreram à sucessão de Raimundo Ângelo (ligado à Luizianne) na presidência do PT da Capital cearense Zezé Moraes e Davi Barros. Este último era apoiado pelo grupo do deputado José Guimarães. A disputa em Fortaleza, onde, até então, a ex-prefeita Luizianne Lins tinha hegemonia, era apontada pela maioria dos petistas como a mais acirrada, daí a perspectiva de um segundo turno.

Caso nenhum candidato alcance a votação suficiente para se tornar vitorioso, o segundo turno para presidente do diretório municipal ocorrerá no próximo dia 24 de novembro. Os novos presidentes do PT vão assumir no dia 10 de dezembro. Inicialmente, a posse estava marcada para fevereiro de 2014, mas foi antecipada em razão das eleições do próximo ano e da necessidade de os novos dirigentes estaduais da legenda conduzirem o processo de negociação com os demais partidos aliados no plano nacional.

Embora a tendência de Luizianne Lins fosse adversária de todas as demais na disputa pelo diretório municipal, no caso do segundo turno, o seu candidato Elmano de Freitas poderá reunir o maior número de apoio, para evitar que a tendência do deputado José Guimarães também possa ser a vencedora na disputa pelo comando municipal

Concorreram à presidência nacional do PT o atual presidente do partido, Rui Falcão, e os candidatos Renato Simões, Valter Pomar, Paulo Teixeira, Markus Sokol e Serge Gourlart. Apoiado pelo ex-presidente Lula e pela presidente Dilma, Falcão era apontado como favorito na disputa. No Ceará, ele era apoiado pelo grupo de Guimarães e por Elmano. Luizianne estava apoiando Paulo Teixeira. Em todo o Brasil, cerca de 8 mil petistas estavam aptos a votar.

Raízes

Em entrevista, Luizianne Lins afirmou que deixa o comando do partido com o sentimento do dever cumprido. A ex-prefeita estava no cargo desde 2010, quando sucedeu o ex-prefeito de Quixadá, Hilário Marques. Ela lembrou que pensou em deixar o partido no início do ano, mas que permaneceu a pedido de Lula e da presidente Dilma.

Luizianne também rebateu as críticas de membros de correntes diferentes da dela de que, durante sua gestão no PT, o partido se afastou das raízes, sobretudo dos movimentos sociais. "O nome disso é conversa fiada. (...) O que estava por trás era não ir para a discussão, que era o conteúdo político desse debate, que é ser ou não ser subserviente aos Ferreira Gomes", disparou. 

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