quarta-feira, dezembro 31, 2014

Planalto anuncia últimos 14 ministros do segundo mandato de Dilma

Maioria dos 14 é formada por ministros que já estão no governo.

Nomeação dos 39 integrantes da nova equipe será nesta quinta.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília

Embaixador do Brasil em Washington, o diplomata Mauro Vieira foi indicado para o comando do Ministério das Relações Exteriores (Foto: Divulgação / Center For Strategic & International Studies)O embaixador do Brasil nos EUA, Mauro Vieira, novo
ministro das Relações Exteriores (Foto: Divulgação /
Center For Strategic & International Studies)
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência anunciou nesta quarta-feira (31), véspera da posse de Dilma Rousseff, os últimos 14 ministros do segundo mandato da presidente reeleita (leia nota oficial ao final desta reportagem). Todos os 39 ministros serão empossados nesta quinta-feira (31).
Dos 14 anunciados nesta quarta, a maioria (13) é formada por ministros que já integram a atual equipe.
A única novidade é o diplomata Mauro Vieira, embaixador do Brasil nos Estados Unidos, que ocupará o Ministério das Relações Exteriores. Para o lugar de Vieira, na embaixada em Washington, vai o atual ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.
Veja a lista divulgada nesta quarta:
Advocacia-Geral da União: Luís Inácio Adams
Assuntos Estratégicos: Marcelo Neri
Casa Civil: Aloizio Mercadante
Comunicação Social: Thomas Traumann
Desenvolvimento Social: Tereza Campello
Direitos Humanos: Ideli Salvatti
Gabinete de Segurança Institucional: José Elito Siqueira
Justiça: José Eduardo Cardozo
Meio Ambiente: Izabella Teixeira
Micro e Pequena Empresa: Guilherme Afif Domingos
Políticas para Mulheres: Eleonora Menicucci
Relações Exteriores: Mauro Vieira
Saúde: Arthur Chioro
Trabalho: Manoel Dias
14 últimos ministros anunciados para o segundo mandato de Dilma VALE ESSE (Foto: Editoria de Arte/G1)Acima (a partir da esq.): Luis Adams, Marcelo Néri, Aloizio Mercadante Thomas Traumann, Tereza Campello, Ideli Salvatti, José Elito Siqueira; abaixo: José Eduardo Cardozo, Izabella Teixeira, Affif Domingos, Eleonora Menicucci, Mauro Vieira, Arthur Chioro e Manoel Dias (Editoria de Arte/G1)
Reeleita em 26 de outubro, Dilma anunciou de forma fatiada os titulares dos 39 ministérios. Dificuldades nas negociações com partidos aliados a obrigaram a retardar as definições.
A presidente começou a formar a nova equipe ministerial no fim de novembro com o anúncio dos novos integrantes da área econômica: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central). Em 1º de dezembro, ela confirmou aindicação do senador Armando Monteiro (PTB-PE), candidato derrotado ao governo de Pernambuco, para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Após a definição da equipe econômica, começou a disputa entre legendas aliadas para ocupar as pastas com maior prestígio e, principalmente, com orçamentos mais volumosos.
Principal sócio de Dilma no governo federal, o PMDB pressionou a presidente para aumentar sua fatia no primeiro escalão. No primeiro mandato de Dilma, o partido administrou cinco pastas (Agricultura, Aviação Civil, Previdência, Turismo e Minas e Energia), mas os peemedebistas consideravam esses ministérios de pouca expressão.
Na semana passada, após tratar pessoalmente com os dirigentes das siglas aliadas, a petista anunciou, por meio de nota oficial, os titulares de 13 pastas, incluindo nesse lote as cotas de PMDB, PSD, PROS, PRB e PC do B.
Após as negociações, o PMDB acabou aumentando a cota de cinco para seis ministérios. O partido deixará a gestão da Previdência, passará a controlar os ministérios de Pesca e Portos e se manterá em Agricultura, Minas e Energia, Aviação Civil e Turismo. O PT, com 16 ministros filiados ao partido na atual equipe, passará a ter 13 no segundo mandato.
Como compensação pelo apoio que deu à petista na corrida presidencial, o PSD ganhou o Ministério das Cidades, pasta de orçamento bilionário, cujo titular será o ex-prefeito de São Paulo e presidente do partido Gilberto Kassab.
Recém-criado, o PROS emplacou o governador do Ceará, Cid Gomes, na gestão do Ministério da Educação, assumindo uma área até então controlada pelo PT. 
Na mesma leva, o PRB, partido que aumentou sua bancada federal na última eleição, obteve o controle do Ministério do Esporte, pasta cobiçada por conta da organização da Olimpíada de 2016 no Rio. Aliado histórico dos petistas, o PC do B foi deslocado para o Ministério de Ciência e Tecnologia.
Na última segunda (29), o Planalto confirmou osnomes de outros sete novos ministros.Antonio Carlos Rodrigues, vereador do PR em São Paulo e suplente da senadora Marta Suplicy, foi anunciado como novo titular do Ministério dos Transportes. Gilberto Occhi, indicado pelo PP, foi deslocado das Cidades para a Integração Nacional.
Um dos coordenadores da última campanha presidencial, o petista gaúcho Miguel Rossetto trocou o Desenvolvimento Agrário pela Secretaria-Geral da Presidência. O ex-ministro Patrus Ananias (PT-MG) foi confirmado para o comando do Desenvolvimento Agrário, substituindo Rossetto.
O deputado Pepe Vargas, que durante o primeiro mandato esteve à frente do Ministério do Desenvolvimento Agrário, foi transferido para a Secretaria de Relações Institucionais, pasta responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional. Com isso, o antigo titular da pasta, Ricardo Berzoini (SP), migrou para o Ministério das Comunicações. Por fim, Dilma ainda promoveu o secretário-executivo da Previdência Social, Carlos Gabas, para o posto de titular da pasta.
Nesta segunda-feira (30), o Planalto divulgou mais um integrante do primeiro escalão. O ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o sociólogo Juca Ferreira foi anunciado para o comando do Ministério da Cultura, pasta que ele administrou entre 2008 e 2010.
Nota oficial
Leia a nota oficial divulgada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência com o anúncio dos últimos 14 integrantes do ministério no segundo mandato de Dilma:
NOTA OFICIAL
A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje mais um nome para seu ministério. O Embaixador Mauro Luiz Iecker Vieira assumirá o Ministério de Relações Exteriores.
A presidenta agradeceu a dedicação do Embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, que assumirá a embaixada brasileira nos EUA .
A presidente agradeceu também a dedicação dos seguintes ministros e os convidou para continuarem exercendo os seguintes ministérios:

1.  Aloizio Mercadante Oliva – Casa Civil
2.  Arthur Chioro – Saúde
3.  Eleonora Menicucci de Oliveira – Políticas para as Mulheres
4.  Guilherme Afif Domingos – Micro e Pequena Empresa
5.  Ideli Salvatti – Direitos Humanos
6.  Isabella Teixeira – Meio Ambiente
7.  José Eduardo Cardozo – Justiça
8.  José Elito Carvalho Siqueira – Segurança Institucional
9.  Luis Inácio Adams – Advocacia Geral da União
10.  Manoel Dias – Trabalho e Emprego
11.  Marcelo Côrtes Neri – Assuntos Estratégicos
12. Tereza Campello – Desenvolvimento Social e Combate à Fome
13. Thomas Traummann – Comunicação Social

A posse dos novos ministros será realizada no dia 1º de janeiro.
Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social
Presidência da Repúblic
a

Não é que a vaca tossiu?

Movimento 'Nem Que a Vaca Tussa'

Movimento 'Nem Que a Vaca Tussa'  (MudaMais/Reprodução)
Durante o vale-tudo para tentar conter o então "furacão Marina Silva", em proa de subida nas pesquisas eleitorais de setembro, a presidente-candidata Dilma Rousseff sugeriu que a adversária pretendia acabar com direitos trabalhistas em vigor e disparou uma frase cunhada pela sua equipe de marketing para chacoalhar a militância petista nas redes sociais: "Nem que a vaca tussa", esbravejou. A expressão foi usada à exaustão pela campanha, numa ofensiva pela desconstrução da imagem de Marina – cuja candidatura minguou vertiginosamente na sequência. Na reta final do primeiro turno, uma vaquinha malhada chegou a ser mote de sindicalistas alinhados à então presidente-candidata para uma “mobilização nacional” em defesa dos trabalhadores. Nesta segunda-feira, Dilma deu sequência à linha de fazer tudo ao contrário pós-urnas e determinou que seus ministros anunciassem o endurecimento de regras para a concessão de benefícios como o seguro-desemprego e a pensão por morte. O pacote impopular do governo, oficializado a três dias do início do novo mandato, é uma tentativa de começar a colocar a economia nos eixos. Marina Silva reagiu hoje e afirmou em sua conta no Twitter que a economia em frangalhos mostra que “a realidade desmantelou o marketing eleitoral de Dilma”. (Laryssa Borges, de Brasília)

Em meio a seca, cidades no sertão cearense têm chuva de granizo

Chuva de 'pedras de gelo' surpreendeu moradores de Ipueiras e Acopiara.

Fenômeno pode ocorrer em regiões quentes em meio a seca, diz Funceme.

Do G1 CE

Chuva de granizo surpreende moradores do interior do Ceará (Foto: Milena Freitas/Arquivo pessoal)Chuva de granizo surpreende moradores do interior do Ceará (Foto: Milena Freitas/Arquivo pessoal)
Em meio a uma das maiores secas registradas no Ceará nos últimos 50 anos, as cidades de Ipueiras e Acopiara, no interior do Estado, registrou na tarde desta terça-feira (30) chuva de granizo. O fenômeno raro na região surpreendeu moradores. Rodrigo Miguel registrou a chuva em fotos. "O que a gente imaginava é que essas chuvas aconteciam em regiões frias, não no Sertão em tempos de seca", diz.
A chuva de granizo, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), pode ocorrer mesmo em regiões semiáridas e já foi registrada anteriormente no Ceará. O fenômeno ocorre quando a chuva se desenvolve de forma muito vertical, acompanhada de ventania. Com a formação de nuvens em grandes altitudes, onde a temperatura é muito baixa, as gotículas são congeladas e caem forma de gelo.

Além de
 Acopiara e Ipueiras, choveu em mais 10 cidades do Ceará nesta terça-feira, segundo a Funceme. As precipitações mais fortes ocorreram em Pentecoste e em Ipueiras, de 18 milímetros.
A Funceme explica que a houve formação de nuvens de chuva desde a madrugada desta terça, o que ocasiou chuva em algumas cidades do Ceará. As nuvens se formam em virtude de um vórtice ciclônica de altos níveis no Nordeste brasileiro. Segundo a Funceme, deve chover na maior parte das regiões do estado também nesta quarta-feira
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Dilma anuncia Juca Ferreira como novo ministro da Cultura


A presidenta Dilma Rousseff divulgou  o nome de mais um ministro para o segundo mandato. O sociólogo Juca Ferreira, atual secretário municipal de Cultura de São Paulo, vai assumir o Ministério da Cultura no lugar de Ana Cristina da Cunha Wanzeler. Ela é ministra interina desde novembro, quando Marta Suplicy entregou a carta de demissão a Dilma.


Por meio de nota oficial publicada pela Secretaria de Imprensa, a presidenta agradeceu a dedicação de Ana Cristina à frente da pasta. A posse dos ministros está marcada para quinta-feira (1º). Dos 39 cargos com status de ministro no atual governo, faltam ser anunciados 14 pela presidenta.


O anúncio do novo ministério está sendo feito em blocos pela presidenta. No fim de novembro, foram indicados os nomes para a equipe econômica. Joaquim Levy, que foi diretor-superintendente do Bradesco, foi nomeado para o Ministério da Fazenda, e Nelson Barbosa, que integrou a equipe econômica nos dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, irá para o Planejamento. Alexandre Tombini foi mantido na presidência do Banco Central. Dias depois, Armando Monteiro foi indicado para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.


Na semana passada, Dilma anunciou 13 ministros, entre eles membros de partidos aliados do governo, como PMDB,  PSD, PROS, o PCdoB, o PRB. Foram divulgados os nomes de Gilberto Kassab (PSD) para o Ministério das Cidades, Cid Gomes (PROS) para a Educação e Aldo Rebelo (PCdoB) para a Ciência, Tecnologia e Inovação. Além disso, foram indicados os peemedebistas Eduardo Braga (Minas e Energia) e Kátia Abreu (Agricultura), e o petista Jaques Wagner (Defesa).


Nessa segunda-feira (29), mais sete nomes foram divulgados, entre os quais alguns remanejamentos: Ricardo Berzoini vai assumir a pasta das Comunicações. Ele será substituído por Pepe Vargas na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência. Miguel Rossetto, que chefiava o Desenvolvimento Agrário, vai para a Secretaria-Geral da Presidência, no lugar de Gilberto Carvalho. Antonio Carlos Rodrigues, ex-senador pelo PR, irá para o Ministério dos Transportes.


Veja a lista completa dos nomes de ministros já anunciados:


Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Kátia Abreu


Banco Central - Alexandre Tombini


Cidades - Gilberto Kassab


Ciência, Tecnologia e Inovação - Aldo Rebelo


Comunicações - Ricardo Berzoini


Controladoria-Geral da União - Valdir Simão


Cultura - Juca Ferreira


Defesa - Jaques Wagner


Desenvolvimento Agrário - Patrus Ananias


Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Armando Monteiro


Educação - Cid Gomes


Esporte - George Hilton


Fazenda - Joaquim Levy


Integração Nacional - Gilberto Occhi


Minas e Energia - Eduardo Braga


Planejamento, Orçamento e Gestão - Nelson Barbosa


Previdência Social - Carlos Gabas


Secretaria de Aviação Civil - Eliseu Padilha


Secretaria de Pesca e Aquicultura - Helder Barbalho


Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - Nilma Lino Gomes


Secretaria de Portos - Edinho Araújo


Secretaria de Relações Institucionais - Pepe Vargas


Secretaria-Geral da Presidência - Miguel Rossetto


Transportes - Antonio Carlos Rodrigues


Turismo - Vinicius Lages


 Fonte: Agência Brasil.

Cid Gomes diz que anunciará novo piso para professores

Convidado para ocupar o Ministério da Educação no novo mandato da presidente Dilma Rousseff, o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), já tem uma lista de prioridades que deverá por em prática nas primeiras semanas de janeiro. Gomes esteve ontem em Brasília, onde se reuniu com o atual ministro da pasta, Henrique Paim, e parte da equipe do governo federal.

"Conversei com o Paim sobre algumas questões postas no calendário do Ministério. Na primeira semana depois da posse, será divulgado o reajuste do piso dos professores. Na segunda, o resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), na terceira e quarta, abertura do Sisu (Sistema de Seleção Unificada)", afirmou o ainda governador do Ceará.

De saída do governo estadual e de mudança para Brasília, Cid Gomes destaca como principal meta como ministro da Educação o debate sobre uma revisão da grade curricular do Ensino Médio. "Não será um currículo para todo o Brasil, mas vai procurar respeitar as questões regionais", ressaltou.

A ideia, entretanto, já vem sendo trabalhada pelo ministro Henrique Paim, um dos defensores da flexibilidade do currículo de modo que o estudante não precise repetir o ano toda vez que for reprovado por uma ou duas disciplinas. No cerne das discussões dentro do governo, está a tentativa de se evitar a evasão escolar.

O futuro ministro da Educação, que toma posse no dia 1º de janeiro, também defendeu a redução do período de alfabetização. "Acredito que a alfabetização pode ser feita até os 7 anos e não 8, como é hoje". No encontro que teve com a presidente Dilma no início do mês, quando foi convidado para o Ministério, a petista reforçou o pedido de atenção à ampliação da oferta de vagas em tempo integral.

Na campanha eleitoral deste ano, a então candidata à reeleição prometeu que a rede de educação em tempo integral irá atingir 20% das vagas na rede pública até 2018. Sobre outra promessa de Dilma, a criação de creches, Cid Gomes considerou que ela deverá ser cumprida até 2017. "Já foram contratadas 6.180 creches. Acho que dá para concluí-las nos dois primeiros anos", afirmou.

Ao falar sobre a divisão dos ministérios entre os partidos, Cid Gomes considerou que não foi convidado pelo fato de ser um dos principais expoentes do Pros, mas pelo perfil de gestor. "Na medida que aceitei convite para assumir um ministério técnico, vou me abster de fazer comentários políticos. Mas fui convidado pela presidente, que tem lá suas preferências. Não foi por causa do Pros, que é muito pequeno. Não fui escolhido por uma questão partidária", disse.

Cid Gomes também comentou sobre o futuro do irmão, Ciro Gomes, que chegou a ocupar o cargo de secretário de Saúde no governo do Ceará. "Ciro é a nossa maior liderança. Espero que ele assuma o papel de líder do partido. A informação que temos é de que vai trabalhar no setor privado. Mas queremos que ele aceite liderar o partido".

* Com informações do Estadão

Mínimo tem reajuste de 8,8% e vai a R$ 788

O governo publicou ontem o reajuste do salário mínimo para o próximo ano, antes estimado em R$ 790

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Com o novo reajuste, o salário mínimo pago corresponde a um valor diário de R$ 26,27 e de R$ 3,58 por hora de trabalho
FOTO: TUNO VIEIRA
Brasília. O novo salário mínimo será de R$ 788 em 2015, segundo decreto da presidente Dilma Rousseff publicado ontem (30), no Diário Oficial da União. O valor, que representa reajuste de 8,8%, é menor do que o apresentado pelo Congresso Nacional na elaboração do Orçamento de 2015. Deputados e senadores trabalhavam com um mínimo de R$ 790.
Essa diferença de R$ 2 proporcionará uma economia de R$ 752,8 milhões ao Tesouro Nacional em comparação com o estimado pelo Legislativo, segundo cálculos do consultor da Câmara dos Deputados Leonardo Rolim.
O valor fixado por Dilma é, inclusive, ligeiramente inferior ao previsto pelo próprio governo em agosto deste ano, quando a proposta do Orçamento de 2015 foi enviada ao Congresso. Na ocasião, o valor havia sido fixado em R$ 788,06.
Com o reajuste, o mínimo pago corresponde a um valor diário de R$ 26,27 e de R$ 3,58 por hora de trabalho. O aumento beneficiará 48 milhões de pessoas que têm renda vinculada ao piso nacional, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O novo piso salarial de 2015, porém, ainda é provisório, lembrou Rolim, ex-secretário do Ministério da Previdência Social. Isso porque o valor é reajustado conforme o crescimento da economia de dois anos atrás, acrescido da variação da inflação deste ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse indicador ainda não está apurado. Por isso, o governo usou uma estimativa de 6,45% para o cálculo do mínimo. Mas, se esta se revelar inferior ao resultado, o novo salário será recalculado.
Proposta
Ainda de acordo com Leonardo Rolim, não se pode entender que Dilma Rousseff tenha enfrentado o poder Legislativo ao estabelecer um valor abaixo daquele esperado pelos parlamentares. "Ela apenas cumpriu a lei", disse, referindo-se à correção conforme a inflação e o crescimento da economia.
Rolim disse, ainda, que, mesmo trabalhando com um mínimo mais robusto, os cálculos do Congresso para as despesas atreladas ao piso salarial ainda estavam subestimados. Especialistas apontam que o governo, ao construir sua proposta de Orçamento para 2015, puxou para baixo a estimativa de diversos gastos e exagerou na expectativa de arrecadação, para conseguir fechar as contas.
O cálculo do salário mínimo é baseado na Lei 12.382, aprovada em 2011, que formaliza um acordo feito pelo ex-presidente Lula com centrais sindicais. Ela determina que o aumento do salário mínimo deve incorporar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes somado com a variação do INPC, que mede a inflação para famílias de baixa renda, nos doze meses anteriores ao reajuste.
Valor arredondado
Há 20 dias, o relator do Orçamento de 2015, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que o valor do salário mínimo previsto para vigorar no ano que vem seria arredondado para R$ 790.
O estabelecido na proposta orçamentária encaminhada pelo Executivo era de R$ 788,06. Segundo o senador, esse incremento, teria um impacto de cerca de R$ 1,2 bilhão. "Se houver alguma mudança na questão da inflação ou do crescimento, o salário mínimo é o resultado dessa equação. Se houver um número surpresa, o salário (mínimo) poderá ser ajustado até o fim da votação (do Orçamento)", afirmou.
Reajuste
Há 12 anos, em 2002, o salário mínimo foi estabelecido em R$ 200. Em 2003, o reajuste aplicado foi de 20%, para uma inflação acumulada de 18,54%, o que correspondeu a um aumento real de 1,23%. Com o valor de R$ 788,00, a vigorar a partir de janeiro, o piso acumula reajuste nominal de 294%, desde 2002.
Poder de compra
Segundo o Dieese, o aumento de R$ 64 em relação ao valor de R$ 724 pagos até dezembro de 2014 permitirá que o trabalhador que recebe salário mínimo compre, em média, 2kg de arroz, 1kg de carne, 2kg de açúcar, dois litros de leite, dentre outros itens da cesta básica.
Protagonista
Valor a mais não aliviará 'sufoco' no orçamento
O distribuidor de alimentos Juscelino Colaço, 26 anos, mantém-se com um salário mínimo mensalmente. Com a renda, sustenta também a esposa. Sempre que vai aos supermercados, depara-se com altas nos preços de praticamente todos os produtos que consome. Por isso, prevê que o aumento não servirá pala aliviar o sufoco no orçamento. "Esse aumento é insuficiente, pois os produtos estão custando um absurdo. Acaba sendo uma coisa pela outra, pois o salário sobre e os produtos sobem de preço também".
Juscelino Colaço
Distribuidor de alimentos
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terça-feira, dezembro 30, 2014

PRIMEIRO ESCALÃO Dilma define mais sete ministros

A presidente fez um aceno à ala mais à esquerda do PT, que vinha discordando das indicações
Brasília. A presidente Dilma Rousseff começou a definir ontem o espaço do Partido dos Trabalhadores (PT) no governo ao oficializar a escolha de sete novos ministros para seu segundo mandato, cinco deles petistas.
Agora, do total de 39 ministros, o Planalto já anunciou os nomes de 24 - faltam outros 15, a serem divulgados até a próxima quinta (1º), quando Dilma tomará posse para o segundo mandato.
Ao nomear Ricardo Berzoini para o Ministério das Comunicações, Miguel Rossetto na Secretaria-Geral e Patrus Ananias (MG) para o Desenvolvimento Agrário, a presidente fez um aceno à ala mais à esquerda do partido, que vinha manifestando fortes discordâncias com a formação do primeiro escalão.
As escolhas anunciadas ontem também refletem o afastamento de aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de posições chave no Palácio do Planalto, com a saída de Gilberto Carvalho da Secretaria-Geral e de Ricardo Berzoini das Relações Institucionais. Os dois são ligados a Lula.
Seus substitutos, Miguel Rossetto e Pepe Vargas, ambos do PT gaúcho, fazem parte da ala "dilmista" do partido, juntamente com Aloizio Mercadante, titular da Casa Civil.
A intenção de Dilma é ter pessoas de sua confiança ocupando os postos principais no Palácio do Planalto. Rossetto e Vargas são de uma corrente ideológica menos expressiva no Partido dos Trabalhadores, a Democracia Socialista, que não se alinha com a cúpula da legenda e os aliados do ex-presidente Lula.
Com o anúncio dos novos ministros, Dilma indica que o espaço do PT no segundo mandato será reduzido - hoje o partido ocupa 16 pastas. A principal queixa do partido é a perda do Ministério da Educação para Cid Gomes (PROS-CE).
Para compensar, o partido tentou retomar o Ministério do Trabalho, mas esbarrou na resistência do PDT, que continuará comandando a Pasta.
Dilma também nomeou ontem Carlos Gabas (SP) na Previdência, mesmo dia em que anunciou a decisão do governo federal de endurecer as regras para a concessão de benefícios como pensão por morte e seguro-desemprego. A Previdência era comandada pelo PMDB.
Convocados
No pacote de anúncios está o deslocamento de Berzoini das Relações Institucionais para a pasta das Comunicações. Dilma também oficializou os ministros Gilberto Occhi (PP-MG) para Integração Nacional e Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) para os Transportes. No primeiro mandato de Dilma, o PP comandava Cidades, que ficará com o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD).
Rodrigues foi presidente da Câmara dos Vereadores em São Paulo e é suplente de Marta Suplicy (PT-SP) no Senado. O PR já comandava a Pasta.
Agradecimento
A todos os nomes que deixam o governo e aos que vão assumir, Dilma agradeceu a "dedicação": Francisco Teixeira (Integração), Garibaldi Alves (Previdência Social), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), Paulo Bernardo (Comunicações), Paulo Sérgio Passos (Transportes), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais).
Na última terça-feira (23), Dilma anunciou 13 nomes como o do petista Jacques Wagner no Ministério da Defesa, além de integrantes do PMDB e de legendas aliadas como PCdoB. Comporão o governo no segundo mandato de Dilma, Aldo Rebelo (Ciência Tecnologia e Inovação), Cid Gomes (Educação), Eduardo Braga (Minas e Energia), Gilberto Kassab (Cidades) e Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Os futuros ministros da Fazenda, Joaquim Levy, do Planejamento, Nelson Barbosa, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, foram anunciados no final de novembro e vão substituir os ministros Guido Mantega, Miriam Belchior e Mauro Borges respectivamente. Alexandre Tombini permanecerá na presidência do Banco Central.
Hoje, a presidente deve confirmar os ministros que serão mantidos no governo. Entre eles, os petistas Arthur Chioro (Saúde), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Mercadante.
A presidente ainda não definiu o novo ministro da Cultura. Os cotados para o posto são o ex-ministro e coordenador do programa de Cultura da campanha, Juca Ferreira, e o escritor Fernando Morais.
Os titulares das Relações Exteriores, Secretaria de Comunicação Social e Secretaria de Assuntos Estratégicos deverão ser mantidos nos cargos por enquanto. A presidente Dilma ainda não encontrou substitutos para os atuais ministros.
A presidente Dilma também vai manter Manoel Dias d o PDT no Trabalho após uma tentativa frustrada de substituir o partido pelo PT e deslocá-lo para o Ministério da Previdência.
"Pedi um tempo para consultar os membros da direção. Ninguém defendeu a transferência para a Previdência", disse o presidente do PDT, Carlos Lupi.
ministros

COTAS PARTIDÁRIAS Camilo anuncia secretários estaduais

Camilo Santana deixou para a última hora o anúncio do secretariado e traz poucas inovações nas nomeações
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O governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou o seu secretariado, ontem à tarde, ao lado da vice-governadora Izolda Cela. Sediado no Palácio da Abolição, o evento foi breve e não contou com a presença dos novos secretários
FOTO: BRUNO GOMES
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Dedé Teixeira, que será secretário da Pesca, comemorou o aumento da bancada petista na AL
FOTO: JOSE LEOMAR
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O presidente estadual do PSD, Almicyr Pinto, diz que Camilo Santana atendeu às demandas da sigla
FOTO: TUNO VIEIRA
Faltando dois dias para ser empossado governador do Estado, o petista Camilo Santana anunciou, ontem, no Palácio da Abolição, a equipe de secretários da próxima gestão estadual. A lista contempla aliados derrotados nas eleições deste ano, deputados estaduais e representantes de partidos da base aliada. O governador eleito também manteve secretários do Governo Cid Gomes, remanejando alguns deles para outras áreas da gestão.
Com a saída de parlamentares da Assembleia Legislativa para o primeiro escalão do Executivo, quatro suplentes conseguirão assumir vaga no Legislativo cearense, numa clara tentativa do governador em agradar o maior número possível de aliados. No dia 5 de janeiro, Camilo Santana fará a primeira reunião com o seu secretariado.
Considerada uma das áreas mais críticas do Governo, a Segurança pública será comandada pelo delegado da Polícia Federal Delci Teixeira, que já foi superintendente em outros quatro estados e assessor de disciplina do Ministério da Justiça. Segundo o governador eleito admitiu, o novo secretário da Segurança é da cota do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da presidente Dilma Rousseff, com os quais Camilo diz ter se reunido para discutir a indicação. Hoje o titular da pasta é o também delegado federal Servilho Paiva.
"A escolha foi pelo perfil, experiências, recomendações e pela nova visão que a gente quer dar à Segurança pública no Estado do Ceará", justificou Camilo Santana, reforçando que criará um comitê para implementar um programa estadual de Segurança pública que integre as demais áreas do Governo. O grupo deve receber consultoria do Comitê Nacional de Estudos sobre a Violência, informou o petista.
Saúde
Área central do Governo, a Secretaria da Saúde será coordenada pelo médico Carlile Lavor, que ocupou o mesmo cargo em 1987, durante o Governo Tasso Jereissati (PSDB). O atual secretário é o ex-ministro Ciro Gomes, irmão do governador Cid Gomes. Já a Educação do Estado não deve passar por mudanças significativas, pois o então secretário adjunto Maurício Holanda, que substituiu neste ano a ex-secretária da Educação Izolda Cela (vice-governadora eleita), continuará à frente da Pasta.
Outra secretaria que continua na mesma linha da gestão Cid Gomes é a do Trabalho e Desenvolvimento Social, da cota do PDT. O atual secretário Josbertini Clementino permanecerá no cargo. Já a Secretaria da Justiça será coordenada em 2015 pelo advogado Hélio Leitão.
A escolha de quatro deputados estaduais eleitos para ocupar cargos no Governo Estadual também animou os suplentes da Assembleia Legislativa. David Durand será o próximo secretário do Esporte, Mirian Sobreira comandará a Secretaria Especial de Políticas sobre Drogas, Osmar Baquit será o titular da Secretaria da Pesca, Aquicultura e Agricultura Irrigada, enquanto Ivo Gomes assume como secretário das Cidades, pasta que já foi ocupada por Camilo e tem substancial peso político.

Suplentes
Com a incorporação dos deputados nas secretarias estaduais, o governador eleito do Ceará abre espaço na Assembleia Legislativa para os suplentes Leonardo Pinheiro (PSD), Professor Teodoro (PSD), Fernando Hugo (SD) e Rachel Marques (PT). Já o vereador de Fortaleza Guilherme Sampaio (PT) será o secretário da Cultura. Ele foi um dos coordenadores do comitê setorial de Camilo Santana durante a campanha eleitoral e já se articulava internamente para garantir o comando da pasta.
Dentre os aliados derrotados no pleito deste ano contemplados na próxima gestão, Mauro Filho (PROS), que disputou a vaga de senador, continuará à frente da Secretaria da Fazenda, onde atuou por quase oito anos. Já o senador Inácio Arruda (PCdoB)), que ficará sem mandato no próximo ano, foi escolhido para a Secretaria da Ciência e Tecnologia. Deputado federal que não tentou a reeleição, o Padre José Linhares (PP) ficou com o Conselho de Educação.
Correligionário de Camilo Santana e sem conseguir se reeleger, Dedé Teixeira coordenará a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), cujo titular era o também petista Nelson Martins, que agora vai para a Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE). Outro quadro do PT derrotado nas eleições que terá vez na próxima gestão estadual é o deputado Artur Bruno, próximo secretário do Meio Ambiente.
A ex-presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC) Nicolle Barbosa foi contemplada com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, hoje com status de conselho. A empresária rompeu com o diretório estadual do seu partido, o PSB, após ser preterida como candidata a governadora, e passou a fazer campanha para Camilo Santana. O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, assume a Secretaria de Recursos Hídricos.
Em entrevista coletiva à imprensa no Palácio da Abolição, Camilo Santana adiantou mudanças que vai implementar nas pastas, entre as quais a extinção da Secretaria de Grandes Eventos Esportivos e a elevação de algumas coordenadorias ao status de secretaria. Salientou que vai enviar um projeto à Assembleia Legislativa, nos cem primeiros dias de Governo, estabelecendo uma reforma administrativa.
Aliados no Governo
Camilo reconhece que procurou acomodar no Governo aliados que não obtiveram êxito nas eleições estaduais, mas pondera que seguiu outras exigências. "Sem dúvida, mas não só o fato de algum candidato ter sido derrotado, mas o perfil, a competência e disposição de cada um. É importante a disposição que cada um terá", apontou.
O governador eleito do Ceará afirmou que demorou a divulgar os nomes dos novos secretários porque aguardava a nomeação dos ministros da presidente Dilma Rousseff e por respeito aos atuais secretários estaduais. Ainda está indefinido o nome de quem comandará a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Estado, órgão considerado importante na estrutura da secretaria.
O chefe de gabinete do governador será o atual secretário da Juventude de Fortaleza, Élcio Batista, que trabalhou na elaboração do plano de governo de Camilo. Danilo Serpa, que ocupou o cargo na gestão Cid Gomes, foi remanejado para a Secretaria de Relações Institucionais, que hoje ainda tem caráter de coordenadoria. O chefe da Casa Civil será o advogado e arquiteto Alexandre Lacerda Landim. Quem ocupa atualmente esse cargo é Arialdo Pinho, que agora será o secretário do Turismo.
O secretário do Planejamento será o engenheiro e professor da UFC Hugo Figueiredo. A pasta de Infraestrutura, uma das que mais movimentam recursos no Estado, será comandada pelo engenheiro André Facó, diretor da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece). O procurador geral do Estado será o professor de Direito da UFC Juvêncio Vasconcelos. A Casa Militar ficará com o Coronel Célio Studart.
Perfil político agrada aos partidos
O perfil político dos secretários anunciados, ontem, no Palácio da Abolição, pelo governador eleito Camilo Santana agradou dirigentes e membros dos partidos políticos contemplados com a nomeação para algumas das Pastas. Na avaliação de cada representante, o futuro gestor conseguiu mesclar a competência necessária para assumir cada área com as demandas do cenário político ao garantir que candidatos derrotados no processo eleitoral deste ano fossem nomeados e que vagas na Assembleia Legislativa fossem abertas para a chegada de suplentes.
Das quatro secretarias destinadas a lideranças do PT, por exemplo, três serão ocupadas por candidatos derrotados na eleição deste ano para os cargos de deputado estadual. Camilo Santana também permitiu que diferentes tendências internas da legenda fossem beneficiadas. Um dos contemplados, Dedé Teixeira, faz parte do grupo intitulado Campo Democrático, liderado pelo deputado federal José Guimarães. Já Artur Bruno representa a corrente Reencantando, enquanto Guilherme Sampaio lidera o coletivo interno chamado Casa Vermelha.
O deputado Dedé Teixeira avaliou que Camilo Santana conseguiu beneficiar não só o PT como todos os outros partidos que o ajudaram a eleger. O petista ressaltou, no entanto, que cada nome contemplado tem capacidade para gerir cada Pasta. "Eu acho que o Camilo teve toda uma preocupação em contemplar cada partido. Mas além do PT ter sido contemplado bem, foram bons nomes. Camilo escolheu nomes que podem enfrentar bem cada um dos desafios existentes nessas secretarias", destacou o próximo secretário do Desenvolvimento Agrário.
Dedé Teixeira lembrou ainda que a nomeação de quatro deputados estaduais eleitos, além da escolha do nome dele para assumir uma Pasta também vai permitir o aumento da bancada petista na Assembleia para três deputados estaduais e ele afirmou que serão grandes as chances ao longo desses quatro anos de o grupo se ampliar ainda mais. "Nós vamos ficar com três ou até quatro deputados estaduais", pontuou o parlamentar.
O petista se referiu à deputada Rachel Marques, que ficou como quinta suplente, mas assumirá o cargo com a saída dos eleitos para o Executivo e ressaltou que o sexto suplente é outro petista, Manoel Santana. "Não foi contemplado nesse primeiro momento, mas será o primeiro a assumir no caso de qualquer outro afastamento", destacou.
O presidente do PCdoB, Luiz Carlos Paes, também assegurou que a legenda ficou satisfeita com a indicação do senador Inácio Arruda para a Secretaria de Ciência e Tecnologia em Educação e negou que a nomeação tenha sido uma forma de compensar o desgaste gerado no início do processo eleitoral.
Antes da definição de quem seriam os nomes da coligação majoritária, o PCdoB lutou para indicar Inácio Arruda para alguma das vagas, mas o partido acabou sendo preterido por expoentes do PROS e do PT.
Passado
Paes garantiu, porém, que o desgaste ficou no passado e a nomeação de Inácio Arruda apenas seguiu a lógica da posição que o partido assumiu durante os dois mandatos do governador Cid Gomes ao assumir Pastas importantes . "Não foi uma compensação. No governo Cid, nós ficamos a frente da saúde. O partido teve uma contribuição importante no processo de construção de todo essa rede de saúde. Depois tivemos a frente da Secretaria de Esportes" citou.
Além da influência política, Luiz Carlos Paes destacou que a nomeação de Inácio Arruda também foi justificada pela afinidade dele com o setor de ciência e tecnologia. "Acho que o Inácio é uma pessoa que se identifica muito pela luta do desenvolvimento e a Sec. É muito ligado a essa luta. Então, o partido está muito satisfeito", acrescentou o dirigente do partido.
Já o presidente estadual do PSD, Almicyr Pinto, frisou que a formação do secretariado atendeu aos dois pedidos feito pela legenda ao governador eleito. "Queríamos uma secretaria com capilaridades e pedimos que ele tentasse adequar algumas situações em relação à Assembleia Legislativa", revelou.
Com o novo secretariado, os dois suplentes do PSD, Leonardo Pinheiro e Professor Teodoro, retornarão à Assembleia Legislativa. "Ele teve que atender muita gente poderosa e eu acho que, de certa forma, ele conseguiu", analisou o dirigente
O presidente estadual do PDT, André Figueiredo, até o início da noite, ainda não tinha tomado conhecimento da lista, mas afirmou que o desejo maior era permanecer com a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), assim como ocorreu. "Nós tivemos uma conversa há quase um mês e apresentamos nomes, incluindo o do Josbertini", mencionou.
Saiba mais
Mudanças
Camilo Santana já anunciou que fará, nos três primeiros meses de gestão, uma reforma administrativa. Entre as mudanças, a Secretaria da Pesca incorpora a Pesca, Aquicultura e Agricultura Irrigada. Ele diz que vai extinguir a Secretaria Especial de Grandes Eventos Esportivos
Coordenadorias
O próximo governador ainda vai elevar algumas coordenadorias ao status de secretaria, como a de Relações Institucionais e a de Política sobre Drogas. O Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico também vai virar secretaria
Mandatos
No secretariado de Camilo, fica clara a tentativa de contemplar aliados que ficariam sem mandato em 2015
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