quinta-feira, janeiro 23, 2014

Brasil

Lewandowski diz que cabe a Barbosa mandar prender João Paulo

Carolina Brígido, O Globo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski afirmou nesta quarta-feira que a responsabilidade por mandar prender o ex-deputado João Paulo Cunha (PT), condenado no julgamento do mensalão, é do relator da ação, no caso o ministro Joaquim Barbosa. Ele afirmou que este também é o entendimento da ministra Cármen Lúcia, que também ficou na presidência do STF nas férias de Barbosa. A declaração de Lewandowski foi dada em resposta a Barbosa, que em Paris criticou os dois colegas que assumiram o comando da Corte durante suas férias e não assinaram o mandado de prisão.
— Acompanho o entendimento da ministra Cármen Lúcia de que a competência (de mandar prender) é do relator, nos termos do artigo 341 do regimento interno do STF — disse Lewandowski.
O artigo trata de atos de execução e cumprimento de decisões transitados em julgado e diz que serão "requisitados diretamente ao ministro que funcionou como relator do processo na fase de conhecimento".



Núcleo publicitário não esconde inveja de doações a petistas

O Globo
Enquanto petistas têm o apoio de militantes para conseguir, via internet, doações para ajudar no pagamento das multas do mensalão, o núcleo publicitário, comandado por Marcos Valério (foto abaixo), não goza da mesma popularidade. Valério e companhia lamentam o valor das multas e não escondem uma ponta de inveja dos condenados que conseguiram as doações. Juntos, o operador do mensalão e seus dois ex-sócios devem R$ 10,9 milhões.
— Sorte desse pessoal do PT, que encontra corações e bolsos generosos para pagar as multas. Nunca conversei sobre isso com o Ramon, não. Mas acho que ele não aprovaria isso, sair por aí pedindo dinheiro aos outros. E acho também que não haveria gente interessada em pagar para ele, não. Sorte de quem encontra — disse Hermes Guerrero, advogado de Ramon Hollerbach, ex-sócio de Valério.



Deputados se preparam para travar batalha por emendas

Isabel Braga, O Globo
Antes mesmo da volta do recesso parlamentar, líderes aliados já estão apreensivos e devem começar o ano em nova batalha com o governo por conta do empenho das emendas parlamentares impositivas do Orçamento da União de 2014. Para alguns líderes, o calendário e a sistemática propostos burocratizam o empenho, e o prazo de 10 de fevereiro, para que os parlamentares indiquem todos os municípios e obras que serão contemplados com esses recursos, é curto. Muitos deputados ainda estão fechando acordo com prefeitos e temem, também, criar expectativas de liberação de verbas para os prefeitos, com prováveis frustrações em ano eleitoral.
Líderes devem pressionar para o governo aumentar o prazo, mas, conforme adiantou ontem a coluna Panorama Político, o próprio Palácio do Planalto já alertou os parlamentares sobre o prazo, um indicativo de que não pretende ampliá-lo. O líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), esteve nesta quarta-feira em Brasília e mostrou preocupação com a sistemática e o calendário apresentados pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI) aos técnicos dos partidos, que estarão em portaria a ser publicada esta semana.


Justiça bloqueia bens da família de Zezé Perrella

Veja
A Justiça mineira decretou o bloqueio de bens e a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador Zezé Perrella  (PDT-MG, foto abaixo) e do seu filho, o deputado estadual Gustavo Perrella (Solidariedade). A decisão atendeu ao pedido do Ministério Público de Minas Gerais, que moveu uma ação de improbidade administrativa contra a família Perrella, dona da empresa Limeira Agropecuária e Representações Ltda.
A empresa é acusada de firmar contratos irregulares com o governo do Estado entre os anos 2007 e 2011. A sentença foi assinada pela juíza Rosimere das Graças do Couto, da 3ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte.
No processo, o MP acusa o senador de fechar “contratos, convênios e termos de parceria” sem licitação com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado. A estatal fornecia sementes para a empresa dos Perrella, que revendia produtos como arroz, feijão e milho para a Epamig. Os alimentos eram usados no programa “Minas Sem Fome”, do governo do Estado.



A rotina da homofobia no Brasil

El Pais
A morte do adolescente gay Kaique Augusto Batista dos Santos, encontrado com hematomas na cabeça, sem vários dentes e uma grande ferida na perna, sob um viaduto da Nove de Julho, na região central de São Paulo, acordou mais uma vez o fantasma da homofobia no Brasil.
A polícia registrou o caso como suicídio, mas a família do menino apontou que ele foi torturado e que seria um outro caso com um protagonista negro, pobre e homossexual que não consegue justiça. A Polícia Civil afirma ter 99% de convicção de que o menino se jogou da ponte e a mãe acaba de aceitar a versão policial. Mesmo assim o episódio foi álcool sobre uma ferida aberta.
A morte de Kaique mobilizou centenas de pessoas nas redes sociais que convocaram uma manifestação no Largo do Arouche, referente das noitadas gays e trans em São Paulo, e abriu o debate sobre a homofobia e a transfobia no Brasil.


SuperVia diz que companhia agiu rápido diante da proporção do acidente

Fábio Teixeira, O Globo
O presidente da SuperVia, Carlos José Cunha, afirmou na tarde desta quarta-feira, em entrevista coletiva, que o trem que descarrilou e provocou caos no sistema ferroviário tem mais de 50 anos de uso. Segundo ele, o fato de ser uma composição antiga pode ter contribuído para o acidente.
Cunha também explicou que os suportes da rede aérea que caíram também são usados há mais de 80 anos. Segundo ele, mais de cem destas 500 estruturas já foram substituídas. Além disso, os dormentes da região onde ocorreu o descarrilamento ainda são de madeira. No momento, eles estão sendo trocados por outros de concreto, mais confiáveis.

Acidente ocorreu entre as estações de São Cristóvão e Maracanã Foto: Guilherme leporace / O Globo 


Arena das Dunas é inaugurada com pontapé de Dilma e protesto

O Globo
Um dia depois de o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, dar um ultimato para que os problemas que atrasam as obras na Arena da Baixada, em Curitiba, sejam resolvidos até o dia 18 de fevereiro, ontem, durante a inauguração da Arena Dunas, em Natal, foi a vez de o presidente da CBF, José Maria Marin, revelar que já existe um plano B para o caso de a Arena da Baixada, que sediará quatro jogos, ficar fora da Copa do Mundo, em junho.
Mesmo sem adiantar qual seria este plano, o mais provável é que os quatros jogos (Irã x Nigéria; Honduras x Equador; Austrália x Espanha e Argélia x Rússia) sejam redistribuídos pelas demais cidades-sedes.



Davos põe Brics ‘no divã’: grupo perdeu brilho, mas não morreu

Deborah Berlinck,  O Globo
O Brics — nomeação que abrange Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, países que marcaram o sucesso do mundo emergente — perdeu o brilho no Fórum Econômico Mundial de Davos. Por causa da desaceleração destes países, alguns empresários já duvidam do futuro de seus integrantes. É o fim do Brics? Economistas e um ministro ouvidos pelo GLOBO relativizaram as críticas e avaliaram que cada nação terá de lidar com os próprios desafios. Jeffrey Sachs, da Universidade de Columbia, em Nova York, reagiu assim:
— Com certeza não são mais o que eram, e o entusiasmo é menor. Mas tudo é exagerado aqui. Falam neste ano que o Brics acabou. Mas é claro que não! — afirma, classificando a ideia como “visão de curto prazo” e apostando que Brasil e os parceiros de Brics terão uma década de crescimento acelerado.



Segunda fase do ‘Minha Casa’ tem piora do desempenho na baixa renda

Murilo Rodrigues Alves, Estadão
Programa vitrine do governo do PT, o Minha Casa Minha Vida, em sua segunda fase, vem entregando em ritmo mais lento as moradias destinadas à população de baixa renda, onde se concentra o déficit habitacional do País.
De acordo com dados do Ministério das Cidades, a segunda etapa do programa (2011-2014) conseguiu entregar até o fim do ano passado 75% de todas as moradias contratadas às famílias enquadradas na faixa 2, com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 3,275 mil mensais. Já para as famílias da faixa 1, com renda familiar de até R$ 1,6 mil, foram concluídas até agora apenas 15% de todas as moradias contratadas.


Faltam dólares e euros em casas de câmbio de cinco capitais

Danilo Fariello, O Globo
Faltaram dólares e euros em espécie nas últimas semanas em casas de câmbio de Porto Alegre, Recife, Vitória, Goiânia e Manaus, devido à maior procura por papel-moeda desde o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% para 6,38% em cartões pré-pagos para uso no exterior, anunciado no fim de dezembro. A demanda de turistas pelo cartão — que respondia por 12% do mercado nos três últimos meses — caiu dois terços neste ano, segundo a Associação Brasileira das Corretoras de Câmbio (Abracam). Tulio Ferreira dos Santos Junior, presidente da entidade, disse que essa procura migrou para as moedas em espécie.
Como as casas de câmbio não costumam trabalhar com estoques elevados de dinheiro em espécie, e o governo tem restrições para a circulação de moeda por avião no país, acabou faltando dólar e euro em regiões mais afastadas das grandes metrópoles, disse Santos. Algumas das maiores corretoras, como Confidence e Cotação, reconhecem que tiveram de fazer rearranjos logísticos, levando papel de uma unidade para outra, além de aumentar seus estoques em moeda.


Cristina Kirchner fala em público pela primeira vez após 42 dias

Janaína Figueiredo, O Globo
Depois de 42 dias de silêncio, a presidente argentina, Cristina Kirchner (foto abaixo), reapareceu nesta quarta-feira, num ato na Casa Rosada para anunciar novos programas sociais. Em meio a intensas especulações sobre seu estado de saúde, a chefe de Estado voltou a falar em rede nacional de rádio e TV, terminando com um longo período de afastamento dos holofotes, que começou em 10 de dezembro passado, pouco depois de sua licença médica.
No fim do ano, Cristina esteve pouco mais de duas semanas na província de Santa Cruz e desde que retornou à capital, na segunda semana de janeiro, limitou sua agenda a escassos encontros com alguns dos ministros de seu gabinete. A ausência da presidente alimentou uma série de boatos, até mesmo sobre uma eventual renúncia de Cristina.

0 comentários:

Postar um comentário