segunda-feira, janeiro 27, 2014

Brasil

O que o PT fala do PT, por Ricardo Noblat

É a primeira vez que um dirigente do PT, ocupando cargo no governo, compartilha com o distinto público suas críticas ao partido e também ao governo.
A arrogância tem sido a marca forte do PT desde que chegou com Lula ao poder federal em 2002.
O escândalo do mensalão abalou, sim, a blindagem do partido. A proximidade de eleições gerais e as incertezas da economia aconselham que ele banque o humilde.
Na última sexta-feira, em Porto Alegre, durante palestra no Fórum Social Temático, o secretário-geral da presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, disse que o modelo responsável por levar o PT ao poder exibe sinais preocupantes de desgaste.

Gilberto Carvalho, secretário-geral da presidência da República. Foto: Richard Casas

É necessário, segundo ele, debater as características de um novo projeto de governo capaz de ir além de temas “como inclusão social e distribuição de renda”.
Nada muito diferente do que pensam nomes de peso do PSDB, o partido que governou o país nos oito anos que antecederam à ascensão do PT.
No primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, desembrulhou-se o Plano Real, a inflação de mais de 80% ao mês do governo Sarney acabou manietada e a renda distribuída como em ralas ocasiões.
A inclusão social começou verdadeiramente ali. Ou ali deu um salto.
“Neste momento, nos damos conta que as conquistas importantes que tivemos estão dadas. Foram importantes, mas absolutamente insuficientes. Tivemos um processo de inclusão social inegável e devemos nos orgulhar disso. Mas temos que reconhecer que foi absolutamente insuficiente”, desabafou Gilberto para uma plateia de esquerda, a maior parte dela do PT, que não gostou nem um pouco do que ouviu.
“A corrida veloz para o consumo não foi acompanhada de um grande debate em torno de outros valores”, observou a propósito das manifestações de rua de junho último. “Satisfeita a demanda, a exigência passou a ser por serviços de qualidade”.
O governo foi pego de surpresa. Seu sentimento, “de certa dor e incompreensão. (...) Fizemos tanto por essa gente e ela agora se levanta contra nós”? A oposição concorda.
Gilberto é devoto de Lula desde que se aproximou dele nos anos 80. Lula, então, era um líder sindical. Fundaria o PT em seguida.
Em 2002, Gilberto foi seu chefe de gabinete na campanha para presidente. Uma vez no governo na condição de assessor direto e conselheiro, suportou seus palavrões e maus modos. Continua suportando. Viu Lula deixar companheiros pelo meio do caminho. Sobreviveu.
O que faz ou diz nunca está em desacordo com o que Lula pensa e não diz. Porque não é conveniente que diga.
Como outros dirigentes do PT, torce em silêncio pela volta de Lula, este ano ou em 2018. E para que tal ocorra, serve à Dilma sem traí-la.
Ela subiria nas tamancas se fosse diferente. Dilma tem fama de dizer palavrões e de destratar com frequência quem trabalha com ela. Merecida fama.
Ao criticar o PT e o governo, Gilberto antecipa parte do discurso da oposição na campanha deste ano com a esperança de esvaziá-lo.
Discursos parecidos favorece um governo bem avaliado por mais de 40% da população.
Se a oposição pouco ou nada tiver para oferecer de olho no futuro, a eleição será liquidada no primeiro turno. Que vá para o segundo turno como as eleições de 2002, 2006 e 2010. O governo vencerá.
Mais de 60% dos brasileiros querem mudanças, apontou o Datafolha.
Fica a pergunta que vale milhões de dólares: Mudanças com Dilma e o PT ou sem eles? Com Lula ou sem ele?


Rapaz é baleado por PMs em protesto; Dilma convoca reunião

Estadão
Em um dos protestos mais violentos desde junho, a Polícia Militar baleou neste sábado um manifestante, que foi internado em estado crítico.
A tensão gerada pela onda de manifestações pelo Brasil, com atos de depredação e forte repressão por parte da polícia, fez a presidente Dilma Rousseff (PT) tomar, neste domingo, a decisão de se reunir com sua equipe para traçar estratégia para evitar que as ações cresçam e atinjam o ápice durante a Copa do Mundo.




Parreira critica organização da Copa do Mundo: 'Foi um descaso total'

O Globo
Em entrevista ao programa CBN Esportes, o coordenador técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, (foto abaixo) fez duras críticas à organização do Barsil para a Copa do Mundo de 2014. Parreira disse que houve descaso total com o evento esportivo. Ele lembrou dos aeroportos que só serão licitados em março, às vésperas da Copa do Mundo.
- A gente queria tudo para a Copa, mas para a Copa foi um descaso total. Vejo que os aeroportos vão ser licitados a partir de março, três meses antes. É uma brincadeira, fomos indicados há sete anos e só agora vão licitar os aeroportos? - disse Parreira.
Além disso, Parreira citou obras que deveriam ser um legado após o mundial de futebol e que só ficarão prontas a partir de 2016, lamentando o fato de que muitas obras projetadas para a competição sairão do papel anos depois de o país ter sediado o Mundial.





Eleição vai ao segundo turno, já admite PT

João Domingos, Estadão
O cenário econômico ruim e a expectativa do retorno dos protestos populares durante a Copa do Mundo fazem com que o governo federal, o PT e partidos aliados deem como certo que a eleição presidencial deste ano só será decidida no 2.º turno.
Somam-se a esses fatores o desgaste da máquina do governo, além do surgimento de novas candidaturas nunca antes testadas pelo eleitor em nível federal, como as do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e a do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).


Boate Kiss: 242 mortos, um ano, nenhum condenado

Veja
Em algumas horas, os escombros e os relatos dos sobreviventes da boate Kiss conduziam a uma constatação inevitável: a morte de uma centena de jovens durante a madrugada – e as que, lamentavelmente, viriam em seguida – não foi uma fatalidade.
Erros em sequência, negligência e omissão do poder público convergiram para que uma casa noturna de grande movimento operasse por tanto tempo com superlotação, sem área de escape, com materiais inadequados e uma atividade de alto risco, como é o uso de fogos de artifício em ambientes fechados.
Os sinais de que a catástrofe foi construída pela mão do homem se confirmaram, e ganharam tons dramáticos, quando foi comprovada a causa da morte de grande parte das vítimas, o envenenamento por gás cianídrico – o cianeto, o mesmo usado nas câmaras de gás nazistas.



Ação da polícia questiona seu preparo para futuras manifestações

El Pais
O primeiro protesto do ano contra a Copa do Mundo em São Paulo acabou com um manifestante de 22 anos em estado crítico por dois ferimentos de bala, um na clavícula e outro nos testículos. A polícia atirou em Fabrício Mendonça Chaves no bairro Higienópolis, região central de São Paulo, longe já do foco mais conflitivo do protesto. Os agentes, conforme a versão da Secretaria de Segurança Pública, atiraram em Chaves quando, depois de fugir dos policiais duas vezes, tentou agredir um deles com um estilete.
O caso reaviva a questão de como a polícia, com um histórico amplo e cotidiano de violência, reage para lidar com grandes concentrações de pessoas. Uma questão importante diante da proximidade da Copa do Mundo, que receberá quase quatro milhões de turistas a partir de junho e que promete se tornar cenário de mais protestos multitudinários.


Com alta de juros, fundo imobiliário frustra investidor

O Globo
Os fundos imobiliários, que atraíram milhares de investidores nos últimos dois anos como uma opção de rendimento mais generoso diante de um cenário de juro baixo e Bolsa em queda no Brasil, tomaram um tombo no ano passado. O índice da BM&FBovespa que acompanha o desempenho dessas aplicações, chamado de Ifix, teve uma desvalorização de 12% em 2013.
O segmento subiu, em média, 27% ao ano entre 2005 e 2012. Para 2014, o risco de um desempenho ruim dos fundos imobiliários está novamente no radar, alertam os especialistas. Mesmo assim, eles avaliam que, para quem está pensando em investimento a longo prazo, esses fundos ainda são uma boa alternativa para os que gostam de aplicar em produtos com lastro em ativos reais, como imóveis.


Os jovens da classe C são os maiores consumidores do país

El Pais
Diante dos rolezinhos que invadiram a praia dos shoppings nas últimas semanas, a Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) solicitou oficialmente uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff para discutir a proibição as convocações. Isso ocorreu na mesma semana em que o Instituto Data Popular divulgou uma pesquisa apontando que esses mesmos jovens do rolê são também os que têm o maior potencial de consumo entre todas as classe sociais.
Sozinhos, os jovens da classe média concentram um poder de consumo de 129 bilhões de reais, enquanto os jovens das classes A e B somam 80 bilhões, e os da classe D, 19,9 bilhões. Segundo Renato Meirelles, presidente do Data Popular, impedir os jovens dos rolezinhos de entrarem nos shoppings - como muitos estabelecimentos estão tentando fazer - é não enxergar o potencial de consumo que esse público pode gerar. "É uma miopia das oportunidades de negócios", disse Meirelles.


Dilma se encontra com Cristina Kirchner em Havana

Vera Rosa, Estadão
A presidente Dilma Rousseff conversou neste domingo, 27, por pouco mais de uma hora, em Havana, com sua colega Cristina Kirchner, da Argentina. O encontro ocorreu a pedido de Cristina, que na sexta-feira, 24, liberou medidas de controle de câmbio, impostas nos últimos dois anos, para frear a fuga de pesos.
Segundo o Estado apurou, Dilma disse na reunião que as medidas não têm impacto direto no Brasil. A partir desta segunda-feira, 27, os argentinos poderão comprar dólares, e outras moedas estrangeiras, pelo câmbio oficial.




O Peru e o Chile aguardam sentença que decidirá águas territoriais

El Pais
Peru e Chile aguardam para esta segunda-feira uma sentença histórica que definirá a soberania das suas águas no oceano Pacífico, a ser emitida pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) das Nações Unidas, organismo que há quase 70 anos se dedica a resolver disputas territoriais.
O processo, iniciado em 2008 por Lima contra Santiago, pede aos juízes que definam como fronteira uma linha equidistante traçada a partir da costa. Pretende assim dividir por igual a porção de mar correspondente a cada país, incorporando para o lado peruano uma zona pesqueira de 38.000 quilômetros quadrados hoje controlada pela nação vizinha.


Manifestação contra Hollande termina com 150 detidos

Agência Brasil
Pelo menos 150 pessoas foram detidas e 19 policiais ficaram feridos neste domingo (26), durante confrontos na capital francesa, no final de um protesto em que os manifestantes exigiam a demissão do presidente françois Hollande. Segundo a polícia francesa, 17 mil pessoas participavam da manifestação, mas os organizadores, um coletivo denominado Dia de Cólera, que integra movimentos de direita, de extrema direita e católicos conservadores, falavam em 120 mil. Os jornalistas que faziam a cobertura do protesto consideram exagerado o cálculo do coletivo.
Os organizadores pedem a "demissão imediata" de Hollande e afirmam que, caso contrário "o Dia de Cólera vai continuar com os protestos nas ruas e depois derrotá-lo nas urnas". Os manifestantes marcharam aos gritos de "Não ao casamento homo" ou "Europa, secessão, a França é uma nação".


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