sexta-feira, janeiro 31, 2014

Brasil

Dilma inicia trocas na equipe e aproxima administração da campanha

Tânia Monteiro, Estadão
A presidente Dilma Rousseff deu início nesta quinta-feira, 30, à reforma de seu primeiro escalão com a confirmação de três novos nomes. Uma quarta mudança deve ser oficializada nesta sexta.
As escolhas aproximam a administração do projeto petista, já que os novos titulares têm a meta de manter afinada a interlocução com a equipe da campanha à reeleição de Dilma.





Na fila por um ministério, partidos da base cobram espaço no governo

Paulo Celso Pereira e Júnia Gama, O Globo
O prazo inicial para a presidente Dilma retomar as negociações da reforma ministerial com a base era a última quarta-feira. Dilma voltou de viagem, começou a anunciar os primeiros nomes petistas de sua nova equipe, mas ainda não retomou oficialmente a conversa com o PMDB, que deve ser o primeiro partido a ter sua situação resolvida.
Nesta quinta-feira, o vice-presidente Michel Temer, interlocutor preferencial da presidente com o partido, voou para São Paulo, onde mora, numa sinalização de que dificilmente as conversas avançariam ainda esta semana.
A resolução do problema do partido, que desejava obter mais um ministério ou outros espaços mais relevantes da administração, não será simples. A presidente precisará manter o equilíbrio de forças das bancadas da Câmara e do Senado e neste cálculo incluir a nomeação do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) na Esplanada.
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), esteve nesta quinta-feira com a presidente por cerca de duas horas, mas, segundo ele, a presidente não definiu nada em relação ao PMDB.


Novo ministro da Educação é réu em processo na Justiça

Bianca Bibiano, Veja
Desde que o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, se instalou em uma sala na Casa Civil para fazer o processo de transição para Pasta, o nome de José Henrique Paim Fernandes (PT, foto abaixo), secretário executivo do MEC desde 2006, começou a pipocar na imprensa como possível substituto ao cargo.
A confirmação de seu nome para o cargo ocorreu no começo da tarde desta quinta-feira, na reforma ministerial realizada pela presidente Dilma.
O economista de 47 anos é o nome técnico do MEC, tendo anteriormente passado dois anos como presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), cargo que assumiu em 2004 com a indicação de Tarso Genro, atual governador gaúcho, com quem atuou na Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social em 2003.




Padilha diz que cancelará convênio com ONG do pai

Veja
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (foto abaixo), afirmou nesta quinta-feira que cancelará o convênio da pasta com a ONG Koinonia-Presença Ecumênica e Serviço, da qual seu pai, Anivaldo Padilha, é sócio e fundador.
As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo. Candidato do PT ao governo paulista, Padilha entregará o cargo na próxima segunda-feira.
"Para poupar a instituição de qualquer exploração política, eu tomei a decisão hoje de solicitar ao jurídico do ministério a tomar todas as medidas legais possíveis para cancelar esse convênio", afirmou Padilha.
O acordo foi assinado com a ONG no dia 28 de dezembro de 2013 para prestar serviços de "promoção e prevenção de vigilância à saúde". O convênio, firmado no valor de 199.800 reais, prevê instruir jovens a como evitar e tratar doenças sexualmente transmissíveis, como a aids.





Manifestantes protestam contra aumento de passagem no Rio

Flávia Villela, Agência Brasil
Manifestantes protestaram, na Central do Brasil, contra o aumento no preço das passagens dos transportes públicos no Rio de Janeiro – ônibus, trens, barcas e metrô - previsto para entrar em vigor em fevereiro.
O grupo fez um cordão humano ao longo das catracas da estação e pediu aos usuários para pularem as roletas e acessar as plataformas de embarque dos trens.
Com cartazes, os manifestantes cobram transportes de “Padrão Fifa” e gritam “Pula, que é de graça”. Alguns usam máscaras.
Alguns passageiros estão pulando as catracas, como a coordenadora de vendas Kelly Cristina Taguaragibe, que disse estar “indo à forra”. “Pulo mesmo, pois é um absurdo esse aumento. Essa passagem deveria custar R$ 1, pelo serviço que prestam”, disse Kelly.
Segundo ela, “o ar-condicionado dos trens vive quebrado, a gente vem sacolejando em pé, apertada e demora duas horas em uma viagem, que deveria durar 40 minutos”.



Foto: O Globo


PF prende cinco índios suspeitos de desaparecimentos no Sul do AM

Marina Souza, G1
A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (30), cinco indígenas da etnia Tenharim suspeitos de envolvimento no desaparecimento de três homens no km 180, da BR-230 (Transamazônica), no Sul do Amazonas.
A operação contou com apoio de 400 homens da PF, Exército, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Para efetuar a prisão dos indígenas, a Transamazônica ficou fechada por mais de 12h. De acordo com a PF, os cinco presos são das aldeias Marmelo, Taboca e Campinho. Entre os presos, segundo a PF, estão um cacique da aldeia Taboca e dois filhos do cacique Ivan Tenharim, morto no dia 2 de dezembro.


Porto Alegre tem 21 ônibus depredados em dia de paralisação

Flávio Ilha, O Globo
Pelo menos 21 ônibus foram atacados e depredados nesta quinta-feira, em Porto Alegre, durante o quarto dia de greve dos motoristas e cobradores. Mesmo tendo sido considerada ilegal pela Justiça, a paralisação tirou de circulação mais de 1,2 mil veículos – apenas 15% da frota circularam. Um milhão de pessoas que usam o sistema de transporte em Porto Alegre acabaram afetadas pela greve.
Nesta manhã, 205 ônibus de dois consórcios que atendem as zonas sul e leste da cidade entraram em operação. As depredações foram registradas na zona leste. Um ônibus foi atacado com uma bomba caseira incendiária no começo da tarde. O veículo foi parcialmente destruído, mas ninguém se feriu. Após os incidentes, todos os carros foram recolhidos para as garagens. No início da noite, os rodoviários decidiram em acordo suspender por 10 dias a paralisação na capital.


Número de assentados sobe, mas é menor que de anos FHC e Lula

Thiago Reis, G1
Trinta mil famílias sem-terra foram assentadas pelo governo federal em 2013. O dado, divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), é 31% maior que o registrado em 2012 e superior ao primeiro ano da gestão Dilma Rousseff.
Apesar disso, o número ainda é menor na comparação com cada ano entre 1995 e 2010, período dos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. O ápice de famílias assentadas ocorreu no ano de 2006, quando 136 mil famílias receberam um lote.
Já o total de área incorporada para a reforma agrária é o menor já registrado. Foram 315 mil hectares de terra, bem abaixo dos 9,2 milhões de 2006. O primeiro anúncio de desapropriação de terras no ano passado só ocorreu em outubro, com 21 estados contemplados.





Dólar turismo atinge maior valor em 8 anos

Bruno Villas Bôas, O Globo
O câmbio turismo, cotação usada por viajantes para adquirir dólares em papel-moeda e carregar seus cartões pré-pagos, fechou nesta quinta-feira negociado a R$ 2,58 nas agências de câmbio e bancos no Rio, alta de 0,78%, segundo levantamento do sistema CMA.
É o maior valor em mais de oito anos, desde 26 de agosto de 2005 (R$ 2,58), época em que a moeda estava pressionado por indicadores negativos nos EUA e denúncias do mensalão no Brasil.
O dólar turismo avançou nesta quinta apesar da queda da cotação do câmbio comercial, usado para operações financeiras e sua principal referência. O dólar comercial recuou 0,9%, a R$ 2,415, num dia de valorização de moedas de mercados emergentes




O Brasil reduz o desemprego, mas não aumenta a produtividade

El Pais
À medida que o Brasil criou postos de trabalho até atingir sua mais baixa taxa histórica de desemprego, como mostrou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a sua Pesquisa Mensal de Emprego que apontou em 2013 uma taxa média de desocupação de 5,4%, a produtividade do trabalhador praticamente ficou estagnada e emperra um verdadeiro salto na qualidade da economia.
Segundo um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a produtividade da indústria nacional aumentou 1,1% de 2001 a 2012, enquanto os salários aumentaram absurdos 169%.
Em comparação com outros 13 países de condições semelhantes, como Espanha, Austrália, Canadá, México, Chile, Argentina, entre outros, o estudo da CNI mostra que os trabalhadores brasileiros são mais produtivos apenas que os da Índia, que é um péssimo país para se comparar sob qualquer aspecto.
Entre as razões que mais influenciam o mau desempenho estão, como sempre, o peso dos impostos, a infraestrutura e logística e a educação, avalia a CNI.
Outra pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostrou o mesmo na comparação com a economia mais eficiente do mundo, a dos Estados Unidos, chegando à conclusão de que um norte-americano era 82% mais produtivo que um brasileiro em 2012.


Para The Economist, pânico em mercados emergentes não se justifica

Veja
A revista britânica dedicou duas reportagens da edição que chegou às bancas nesta quinta-feira à crise cambial nos países emergentes. Segundo a publicação, são poucas as chances de um cenário de crise como o de 1997, com a quebra dos 'tigres asiáticos', voltar a ocorrer.
A Economist aponta que os fundamentos econômicos dos países emergentes estão muito mais fortalecidos que na década de 1990 — sobretudo suas reservas internacionais e seu câmbio que, com exceção da Argentina, é flutuante.

A Economist defende uma análise otimista sobre o problema da fuga de capital dos emergentes como efeito da redução dos estímulos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). "Os dias de dinheiro fácil estão acabando, mas devagar. A maioria dos emergentes está menos vulnerável do que há 15 anos e estão montando suas defesas rapidamente", afirma a publicação.


Ganho de renda de domésticos foi três vezes maior que a média do país

Nice de Paula e Nelson Lima Neto, O Globo
As empregadas domésticas foram os trabalhadores que mais tiveram aumentos salariais no ano passado. O rendimento médio anual da categoria aumentou 6,2%, mais que o triplo dos 1,8% registrados pelos trabalhadores em geral, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE para as seis maiores regiões metropolitanas do país divulgada nesta quinta-feira.
A comparação entre os salários de dezembro com os de igual mês de 2012 mostra uma escalada ainda maior na renda da categoria, com uma alta de 8,2%, com alta do rendimento para R$ 843. Nessa mesma comparação, a renda média geral do país subiu 3,2%.
Os trabalhadores domésticos também foram um dos poucos a ter aumento de salário na passagem de novembro para dezembro do ano passado. Na média geral, o IBGE registrou queda de 0,7% na renda dos ocupados, com perdas para todas as atividades, exceto dos serviços domésticos, cujo rendimento cresceu 0,7%.



Foto: O Globo

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