sábado, fevereiro 01, 2014

Traficante acusado de homicídios no Rio preso no Ceará namorava PM e mulher de policial civil

Luiz Ricardo, o Menor do Grotão, na 6ª DP (Cidade Nova)
Chamado de “Carioca” pelos vizinhos, o traficante Luiz Ricardo Vitorino da Silva gozava de sua lábia para conquistar mulheres, em Nova Russas, no Sertão de Crateús, no Ceará. Pelas suas contas, são seis namoradas. Uma delas é PM, casada com outro militar, e a outra é mulher de um policial civil. O criminoso foi preso na última terça-feira, por policiais da 6ª DP (Cidade Nova).
— Estava vivendo bem demais lá. Naquela terra falta homem para o tanto de mulher que tem — debochou.
Luiz Ricardo Vitorino da Silva, de 28 anos, nasceu em Nova Russas. Ainda criança, foi dado para uma família que morava na Rua Itapiru, no Catumbi, região central do Rio. Na adolescência, envolveu-se com o tráfico, matou desafetos, passou a ser temido pelos próprios comparsas e ganhou o apelido de Menor do Grotão. Em 2011, fugindo da chegada da UPP ao Morro da Mineira, retornou à terra natal. Com documentos falsos, criou uma nova identidade: Alex Costa do Nascimento.
A casa onde o criminoso morava, no Ceará
A casa onde o criminoso morava, no Ceará Foto: Terceiro / Agência O Globo
A investigação começou há quatro meses, quando os agentes passaram a monitorar os criminosos que haviam migrado das favelas da região. Foi aí que o Setor de Inteligência da distrital descobriu que Luiz Ricardo estava a mais de 300 quilômetros de Fortaleza, capital cearense.
De acordo com o delegado Antenor Lopes, titular da 6ª DP, a prisão de Menor do Grotão, surpreendeu o traficante:
- Ele se mostrou completamente perplexo com a prisão. Disse que não estava traficando nem cometendo homicídios. Ele vivia como agenciador de seguros DPVAT. Fazia vários de pessoas realmente acidentadas e outros ele fraudava. Usando sempre o nome que adotou na cidade, Alex Costa do Nascimento. Com esse nome, ele tinha todos os documentos, até carteira de reservista. Se qualquer policial desconfiasse dele, não conseguiria chegar até averdadeira identidade. Ele sairia como um cidadão de bem, acima de qualquer suspeita.

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