sexta-feira, março 28, 2014

Brasil


Apagão na Copa

Globo
Para não haver apagões de energia durante a Copa do Mundo, o governo pode pedir que a população economize energia. A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em entrevista publicada pelo “The Wall Street Journal”.
Segundo o ministro, é muito baixa a possibilidade de falta de energia elétrica antes do início da estação chuvosa que começa em novembro, mas, se o volume de chuvas não aumentar em abril ou maio e não houver uma recuperação dos reservatórios que suprem as importantes usinas hidrelétricas do país, ele poderá pedir aos brasileiros que reduzam voluntariamente a demanda por energia.


O fetiche da CPI, por Sandro Vaia

A CPI é um fetiche da política brasileira. Entre as várias lendas nem tão lendárias que se institucionalizaram a seu respeito está a frase de autor desconhecido: “Sempre se sabe como uma CPI começa mas nunca se sabe como termina”.
Por isso é regra: por princípio, quem está no poder é contra CPIs e quem está na oposição sempre está querendo abrir uma, sobre qualquer assunto. Embora ninguém tenha nada a esconder, ninguém quer ser investigado.
Verdade que nunca se sabe como termina uma CPI, mas não é menos verdade que na maioria das vezes termina em “pizza”.
(Como reza a lenda da origem da expressão, terminar em pizza remonta às velhas e sangrentas batalhas internas que dividiam os cartolas do Palmeiras em exércitos inimigos. Quando parecia que estavam prestes a consumar o extermínio mútuo, acabavam fazendo as pazes e dividindo fatias de pizza na cantina mais próxima).
Como é um fetiche político, a CPI é tratada como tal. O ministro da Justiça, em uma de suas perorações cheias de platitudes, disse ser contra a CPI da Petrobrás porque a oposição quer fazer uso político — e consequentemente eleitoral — dela.
A extraordinária afirmação do ministro leva à conclusão de que, sabe-se lá por qual extravagância, os políticos querem fazer política e a oposição tem o patológico vício de se opor ao governo.
Outros, menos filosóficos e mais preocupados com seus próprios interesses corporativos, como a Federação Única dos Petroleiros, declara que a CPI é mais uma manobra “do DEM, do PSDB e das grandes empresas de comunicação, que visa à privatização da Petrobrás”.
Como nem os dois partidos citados nem as empresas de comunicação reúnem votos suficientes para instalar uma CPI, ignora-se, de propósito, que parte da base governista também achou que os estranhos negócios da ex 12ª empresa do mundo e atual 112ª , que perdeu metade de seu valor de mercado em 5 anos, merece algo mais do que “uma rigorosa sindicância interna”, que costuma ser a mãe das pizzarias.
Há alguma coisa de doentio em acreditar que um negócio como o de Pasadena seja normal, mesmo com a confissão da ex-presidente do conselho de administração e atual presidente da República de que só aprovou o negócio por ter sido induzida ao erro por um resumo executivo de 3 páginas “incompleto e falho” — motivo pelo qual, aliás, o autor foi demitido ainda que seis anos mais tarde.
Também é doentio acreditar que seja normal que a atual presidente da companhia declare que desconhecia a existência de “um comitê de proprietários” da refinaria de Pasadena, no qual a Petrobrás era representada pelo diretor Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal sob acusação de “lavagem de dinheiro”.
É muita insolência achar que investigar isso seja uma conspiração. Como dizia Millôr Fernandes em uma de suas últimas entrevistas, “quando se passa por um período de esculhambação generalizada, a sociedade cobra lei e ordem”.
E é aí que mora o perigo. Sabemos no que isso vai dar. A CPI, pelo menos, pode ser uma catarse política.

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez e "Armênio Guedes, Sereno Guerreito da Liberdade"(editora Barcarolla). E.mail: svaia@uol.com.br


Avaliação da refinaria de Pasadena pela Petrobras foi feita às pressas

Globo
O processo de compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras envolveu um prazo “muito curto” de due diligence — espécie de auditoria considerada um dos passos essenciais em processos de fusões e aquisições, na qual são avaliadas questões jurídicas, financeiras e operacionais. A afirmação foi feita pela própria Petrobras e está em documento confidencial, datado de 31 de janeiro de 2006, ao qual O GLOBO teve acesso.
Ao todo, o processo levou cerca de 20 dias. Especialistas ressaltam que essa etapa de análise de informações de uma empresa consome, em média, de dois a três meses. Em um dos anexos do documento, a consultoria contratada pela estatal na ocasião, a BDO Seidman, de Los Angeles, nos EUA, diz que, em razão do “tempo limitado”, a estatal deveria buscar sua própria avaliação de dados.


Governistas reagem à CPI e pedem apurações contra adversários

Estadão
Diante da iminente abertura da CPI da Petrobrás, os aliados da presidente Dilma Rousseff passaram a defender investigações no Congresso de suspeitas envolvendo o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos, seus adversários nas eleições de outubro. 
Para constranger a oposição, o governo orientou os parlamentares da base a anunciarem que também vão querer investigar, na mesma CPI, o cartel de trens e Metrô em São Paulo, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), e eventuais irregularidades no Porto de Suape, em Pernambuco, Estado governado por Eduardo Campos (PSB).




Programa do PSB na TV cola imagem de Campos e Marina

Ana Fernandes, Estadão
União, mudança e esperança foram palavras-chave no programa partidário do PSB que foi ao ar na noite desta quinta-feira, 27, em cadeia nacional de rádio e TV. Como previsto, o pré-candidato à Presidência da República da legenda, o governador de Pernambuco Eduardo Campos, buscou unir sua imagem à da ex-senadora Marina Silva.
A peça apostou em um formato em que Campos e Marina ficaram sentados frente a frente, em um ambiente montado como uma sala de estar. Os dois completaram as ideias e frases um do outro ao longo do programa, que durou dez minutos.




Mercadante minimiza resultado da pesquisa CNI/Ibope

Rafael Moraes Moura e Tânia Monteiro, Estadão
Escalado pelo Palácio do Planalto para comentar a pesquisa CNI/Ibope, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (foto abaixo), minimizou o resultado do levantamento, insinuando que a sondagem divulgada nesta quinta-feira era a mesma que havia apontado, semana passada, que a presidente Dilma Rousseff venceria a eleição no primeiro turno.
Procurado pela reportagem, o Ibope explicou que as pesquisas são diferentes, apesar de terem sido realizadas no mesmo período. "É a segunda divulgação de uma mesma pesquisa, que foi a campo em meados de março. Nesse trabalho de campo, essa pesquisa apresentou as intenções de votos que o instituto colheu junto à população", comentou Mercadante, em uma rápida declaração feita à imprensa.




MP pede prisão de executivos de Siemens e Bombardier

Veja
O Ministério Público pediu a prisão preventiva de seis suspeitos da prática de cartel e fraude a licitações do sistema de trens e metrô de São Paulo.
São cinco executivos da Siemens e o ex-presidente no Brasil da canadense Bombardier, todos estrangeiros: Peter Rathgeber (gerente de vendas da Siemens), Robert Huber Weber (diretor da Siemens AG), Herbert Hans Steffen (membro do conselho regional da Siemens), Rainer Giebl (diretor comercial da Siemens AG para América do Sul), José Aniorte Jimenez (diretor técnico regional de vendas de trens e metrô na Espanha, América do Norte e América do Sul da Siemens AG) e Serge Van Temsche, ex-presidente da Bombardier no Brasil.
Os pedidos de prisão foram feitos pelo promotor Marcelo Mendroni, do Grupo de Delitos Econômicos do Ministério Público. Ele alega "necessidade de garantia da ordem econômica" e "para assegurar a aplicação da lei penal".


Justiça ouve testemunhas em sequestro de 1973 por DOI-Codi

Terra
Foram ouvidas nesta quinta-feira, no Fórum Criminal da Justiça Federal, em São Paulo, as primeiras testemunhas de defesa no processo que julga a participação de agentes do Destacamento de Operações de Informações–Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) e do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) pelo sequestro qualificado de Edgar de Aquino Duarte, ocorrido em 1973.
São réus na ação: o coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, o delegado aposentado de polícia Alcides Singillo e o ex-investigador de polícia Carlos Alberto Augusto, atualmente delegado. Edgar continua desaparecido.
O procurador da República Andrey Mendonça avaliou que o fato de nenhuma das três testemunhas conhecer a vítima, as circunstâncias da prisão ou do sequestro fez com que os depoimentos não trouxessem grandes avanços no esclarecimento do caso. "Os testemunhos mais relevantes foram os de acusação, mas a legislação permite que a defesa arrole testemunhas para demonstrar que eles não têm participação nos fatos. As declarações não alteraram o panorama, só trouxeram conhecimento sobre os réus", disse.


CFM diz que apenas 11% das obras de saúde do PAC 2 foram concluídas

Aline Valcarenghi, Agência Brasil
Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que apenas 11% das ações previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para a área de saúde foram concluídas desde 2011, ano em que o programa foi lançado.
Segundo o conselho, das 24.066 ações de responsabilidade do Ministério da Saúde ou da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), pouco mais de 2.500 foram concluídas até dezembro de 2013. As ações prevêem reforma de unidades básicas de saúde (UBSs), unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e obras de saneamento básico.
Conforme o levantamento, entre as regiões do país, o Sudeste apresentou o resultado mais baixo, com a conclusão de 318 ações (7%) das 2.441 previstas.





Novo protesto contra Copa do Mundo termina sem incidentes em São Paulo

O Globo
O 4º Protesto Contra a Copa do Mundo, realizado na noite desta quinta-feira em São Paulo, terminou há pouco, sem incidentes.
Segundo o comandante da Polícia Militar responsável por acompanhar a marcha, tenente-coronel Marcelo Pignatari, não houve episódios de depredação e nem pessoas detidas. Somente algumas pessoas foram revistadas durante o evento.
A PM estima que entre 1,5 mil e 2 mil pessoas participaram do ato, que começou na avenida Paulista, por volta de 19h, e percorreu ruas da região central, até terminar na praça da República, às 22h. Cerca de mil policiais acompanharam a marcha. 


Maioria acredita que mulher tem responsabilidade em casos de estupro

Marcelo Brandão, Agência Brasil
Pesquisa divulgada ontem (27) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontou que 58,5% dos entrevistados concordaram totalmente ou parcialmente com a frase "Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros". Em relação a essa pergunta, 35,3% concordaram totalmente, 23,2% parcialmente, 30,3% discordaram totalmente, 7,6% discordaram parcialmente e 2,6% se declararam neutros.
"Por trás da afirmação, está a noção de que os homens não conseguem controlar seus apetites sexuais; então, as mulheres que os provocam é que deveriam saber se comportar, e não os estupradores. A violência parece surgir, aqui, também, como uma correção. A mulher merece e deve ser estuprada para aprender a se comportar", dizem os pesquisadores.


Lobão admite campanha para reduzir consumo de energia

Estadão
Ao contrário dos últimos meses, em que garantia zero risco de faltar energia no País, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (foto abaixo), mudou o discurso.
Em entrevista ao Wall Street Journal, ele admitiu, pela primeira vez, a hipótese de o governo lançar uma campanha de eficiência energética para encorajar a população a reduzir, voluntariamente, o consumo de energia elétrica. A medida pode ajudar a garantir que não exista quaisquer cortes de energia durante a Copa do Mundo.
Segundo ele, se as chuvas não aumentarem em abril ou maio, os reservatórios das hidrelétricas podem ficar comprometidos. O ministro disse que não deve haver nenhum racionamento de energia, o que poderia ser um dor de cabeça para a presidente Dilma Rousseff em um ano em que o Brasil sedia a Copa do Mundo e ela se prepara para a campanha de reeleição.





Azevêdo pede a Dilma apoio para retomada de negociações da Rodada Doha

Luiza Damé, O Globo
A presidente Dilma Rousseff recebeu, nesta quinta-feira, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), embaixador Roberto Azevêdo (foto abaixo). Ele relatou a presidente o estágio dos entendimentos para retomada da Rodada de Doha - negociações para reduzir barreiras comerciais no mundo - e pediu apoio do governo brasileiro.
— Relatei os esforços que estamos desenvolvendo em Genebra para retomar as negociações da Rodada Doha, avançar nas multilaterais e pedir o apoio da presidenta e do governo brasileiro para esses esforços — disse Azevêdo.




Renda média do trabalhador do Rio cresceu o dobro da nacional

Nelson Lima Neto e Clarice Spitz, O Globo
O rendimento dos trabalhadores da região metropolitana do Rio em fevereiro subiu o dobro da média das seis regiões acompanhadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE. A alta de 6% frente ao mesmo mês de 2013 superou os 3,1% médios.
O salário de R$ 2.186,90 também é o maior entre as grandes metrópoles, superando inclusive São Paulo (R$ 2.115,90). A segunda menor taxa de desemprego entre as regiões de 3,9% é uma das explicações para a alta salarial. Na média, a taxa de desemprego ficou em 5,1%, um pouco acima dos 4,8% de janeiro e a menor taxa para o mês em 11 anos. Em 2013 ficou em 5,6%.
— O Rio vive uma fase em que temos obras por todos os lados. As obras estimulam essa condição, que vem de meses atrás. No comércio (o rendimento no setor no Rio subiu 21,3%), tem o fato de o carnaval ter caído somente em março. Os que continuaram empregados, ganharam aumentos, bonificações. Isso influência no resultado. Tudo que esteve relacionado ao carnaval lucrou neste período — afirmou o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), CarlosThadeu de Freitas.


Maduro aceita mediador para facilitar diálogo na Venezuela

Janaína Figueiredo, O Globo
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro (foto abaixo), aceitou nesta quinta-feira a sugestão de comissão de chanceleres da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e anunciou a criação de uma Comissão Nacional de Direitos Humanos, que comprometeu-se a receber e apurar todas as denúncias no país.
A imprensa venezuelana indicou que Brasil, Colômbia e Equador seriam os países escolhidos, mas o Itamaraty não confirmou, alegando que só a Unasul poderia fazê-lo.
Segundo o “El Nacional”, o chanceler da Bolívia, David Choquehuanca, confirmou a indicação dos chefes da diplomacia dos três países — Figueiredo, a colombiana María Ángela Holguín, e o equatoriano Ricardo Patiño — como mediadores. De acordo com o jornal, alguns setores da Mesa de Unidade Democrática (MUD) estariam se opondo aos nomes sob alegação de que os três países têm interesses na Venezuela. 


Foto: AFP 

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