terça-feira, março 11, 2014

PROS E PMDB Aliados avaliam aliança na Câmara


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O vereador Gelson Ferraz (PRB) diz que, mesmo com a ruptura do seu partido com o PROS em nível estadual, ele ainda apoia o prefeito Roberto Cláudio
FOTO: JL ROSA
O rompimento da aliança estadual, pelo entendimento de alguns vereadores, pouco altera na Câmara

As consequências que um possível rompimento entre o PROS e PMDB, devido à sucessão estadual, poderá trazer para a relação da base aliada do prefeito Roberto Cláudio na Câmara Municipal de Fortaleza, provoca divergências entre os parlamentares de diferentes partidos.
Enquanto alguns vereadores da base aliada preveem uma clara separação das divergências eleitorais da rotina na Câmara, outros já enxergam o enfraquecimento do amplo apoio garantido atualmente à Prefeitura. A oposição da Casa acredita que a maioria vai evitar acirramentos para não prejudicar o relacionamento com o prefeito Roberto Cláudio e permitir a sequência da aliança após todo o processo eleitoral.
Para o vereador Vitor Valim (PMDB), as divergências causadas pelo período eleitoral não irão interferir na relação da base aliada na Câmara, mas alertou que será necessário o amadurecimento político dos parlamentares e do prefeito Roberto Cláudio para que isso ocorra. "A gente espera que o prefeito tenha a responsabilidade de não se preocupar em retaliar os vereadores do PMDB. Espero que ele tenha o amadurecimento político de separar as coisas", ressaltou.
O vereador Gelson Ferraz (PRB) também espera não haver tanta interferência na relação da Câmara com o prefeito. Ele lembrou que, em nível estadual, seu partido foi excluído do arco de alianças por iniciativa de filiados do PROS e, apesar desse retrato, ele continuou a votar a favor das mensagens enviadas pelo Poder Executivo. "No Governo do Estado, o PRB foi totalmente excluído da base aliada do governador Cid Gomes, mas nossa relação com o prefeito continuou igual".
Acirramento
O líder do prefeito Roberto Cláudio na Câmara, vereador Evaldo Lima (PCdoB), evitou fazer previsões, mas reafirmou que seu partido vai trabalhar para a manutenção do arco de alianças. Já o vice-líder Didi Mangueira (PDT) não hesitou ao afirmar que o rompimento vai fragilizar a base aliada e comprometer a garantia da Prefeitura de sempre ter um amplo apoio aos projetos enviados à Casa.
"Se fosse só PMDB, o impacto era menor, mas se o rompimento acontecer, os outros partidos também reavaliarão suas posições e isso vai complicar a situação do prefeito na Câmara Municipal. É claro que a base aliada vai se fragilizar. Só no PMDB, são quatro vereadores e todos precisam obedecer a orientação do partido", avaliou.
O líder do PROS na Câmara, vereador Márcio Cruz, alertou que o rompimento com o PMDB não vai interferir somente na postura dos parlamentares que compõem a legenda, mas também influenciará todos os outros vereadores mais ligados ao senador Eunício Oliveira.
"Na Casa, ainda tem os vereadores Ziêr Férrer (PMN), Eulógio Neto (PSC). Então, se romper, o cenário será outro. Esses parlamentares receberão orientação para não votar mais com o governo, além de outros ajustes", analisou Márcio Cruz.
Para o vereador Ronivaldo Maia (PT) os mais ligados ao senador Eunício evitarão bater de frente com o prefeito para não terem prejudicados seus pedidos. "Acho que essa vai ser a maior preocupação dos vereadores do PMDB. Acho que eles irão adotar um posicionamento político mais forte, mas vão evitar o acirramento até para não ficarem numa saia justa com prefeito e impedir que a relação com ele fique prejudicada", disse.

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