quarta-feira, maio 14, 2014

Brasil

PT aposta no medo na propaganda do partido na TV

Maria Lima, O Globo
Em uma investida que surpreendeu e foi vista pelos adversários como uma tentativa desesperada de estancar a queda da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de votos, o marqueteiro João Santana produziu um vídeo plagiando o polêmico e criticado discurso do medo, usado pelo PSDB em 2002 na campanha do tucano José Serra contra Lula, tendo como protagonista a atriz Regina Duarte.
Com locução do ator Antônio Grassi, o filmete foi veiculado na noite deste terça-feira e mostra famílias sendo expulsas do campo, trabalhadores perdendo o emprego, e crianças, sem escola, lavando carros em semáforos. No final, aparece na tela um alerta contra a volta dos fantasmas do passado. 


Alstom: Conselheiro do TCE movimentou US$ 2,7 milhões

O Globo
A Justiça da Suíça bloqueou uma conta bancária por suspeitar que ela tenha sido abastecida com dinheiro de propina pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) Robson Riedel Marinho, chefe da Casa Civil do governador Mário Covas (1995 a abril de 1997).
Foi o próprio governador quem o nomeou conselheiro do TCE-SP. Segundo os suíços, Marinho teria recebido irregularmente US$ 2,7 milhões, de 1998 a 2005. De acordo com o Ministério Público (MP), o conselheiro recebeu dinheiro da Alstom para dar um parecer favorável à empresa em um contrato com antigas estatais. 


Toffoli critica número de partidos em posse na presidência do TSE

Carolina Brígido, O Globo
O novo presidente do TSE, Dias Toffoli, criticou a quantidade de partidos que existem hoje e o fácil acesso que eles têm aos direitos de tempo no rádio e na televisão, além do financiamento público, em seu discurso durante a cerimônia no cargo nesta terça-feira.
— Um desafio é a fragilidade partidária e o papel dos partidos como mediadores exclusivos de acesso ao poder. As intervenções dos períodos não democráticos, ao proibir os partidos, ao subjugá-los, levaram à ampla facilidade de criação dos partidos. O direito ao acesso de antena e ao financiamento público é o pêndulo. Ajustar o pêndulo parece tarefa urgente ao Congresso e ao Judiciário — afirmou. 


SP: uso do ‘volume morto’ começa sob polêmica

Fábio Leite, Estadão 
O "volume morto" do Sistema Cantareira começará a ser usado nesta quarta-feira, 14, pela primeira vez na história para abastecer a Grande São Paulo. Mas ainda resta um impasse entre os órgãos gestores do manancial e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) sobre a necessidade de se deixar uma reserva estratégica de 50 bilhões de litros para dezembro, caso a estiagem atípica se repita.
A quantidade equivale a cerca de 5% do volume útil total do manancial, de 981 bilhões de litros, e a 27% dos 183 bilhões de litros de água represada abaixo do nível das comportas que a Sabesp começa a captar nesta quinta, com uma operação especial.


Greve de ônibus é mantida no Rio e agora chega à Baixada Fluminense

Alessandro Lo-bianco, O Globo
A greve de rodoviários que causa transtornos no Rio desde o primeiro minuto desta terça-feira agora também vai afetar o serviço na Baixada Fluminense. Profissionais de 12 empresas de ônibus de Nova Iguaçu também vão cruzar os braços nesta quarta-feira.
Com isso, 500 ônibus de 90 linhas deixarão de circular na região. No início da noite desta terça-feira, cerca de 200 rodoviários do município saíram do terminal, no Centro de Nova Iguaçu, percorreram a Via Light em protesto por melhores salários. A passeata terminou em frente à sede da prefeitura.
No Rio, a prefeitura prevê a circulação de apenas 30% da frota de ônibus. Na avaliação do secretário municipal de Transportes do Rio, Alexandre Sansão, a liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), determinando que pelo menos 70% do efetivo total do quadro de rodoviários da cidade voltem ao trabalho, ainda não surtiu efeito. Segundo o secretário, somente 18% da frota estava nas ruas no início da noite desta terça-feira. 


Casal gay é agredido por grupo de dez jovens em Barra Mansa

Dicler de Mello e Souza, O Globo
O delegado adjunto da 90ª DP (Barra Mansa), Alcidézio Bispo Júnior, está investigando a agressão sofrida pelos namorados Herrison Torres, de 23 anos, e Thiago Rocha, de 21, quando o casal de estudantes de jornalismo caminhava pela Avenida Domingos Mariano, no Centro de Barra Mansa, no Sul Fluminense, no último fim de semana.
Uma advogada do Rio Sem Homofobia, programa do governo do estado, disse, nesta terça-feira, às vítimas que acompanhará o caso. Agredidos por dez jovens, Herrison e Thiago ficaram gravemente feridos e foram socorridos na Santa Casa de Misericórdia da cidade. Eles foram submetidos a exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) de Volta Redonda. 


Média dos salários subiu acima da inflação

Luiz Guilherme Gerbelli, Estadão 
O avanço do salário nominal está menor nos últimos meses, mas ele ainda cresce acima da inflação. Nos 12 meses encerrados em março - último dado disponível -, a alta acumulada é de 8,2% nas seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Brasil só não enfrenta um paradoxo com um salário nominal crescendo tanto num momento em que a economia dá sinais de desaceleração porque a inflação continua elevada.


Explosão em mina na Turquia deixa pelo menos 201 mortos

O Globo
Subiu para 201 o número oficial de mortos na explosão em uma mina na Turquia. Há 80 feridos, quatro deles em estado grave. Centenas de mineiros continuam presos sob a terra depois de uma explosão e um incêndio em uma mina no oeste do país, segundo o novo balanço oficial comunicado nesta quarta-feira pelo ministro da Energia, Taner Yldiz.
Um total de 787 empregados estavam na mina de carvão situada na província de Manisa quando aconteceu a explosão, na tarde de terça-feira. 


Obama ordena sanções na República Centro-Africana

Estadão
O presidente Barack Obama ordenou sanções contra cinco pessoas relacionadas à violência sectária na República Centro-Africana e abriu a possibilidade para mais punições.
Por meio de uma ordem executiva, Obama declarou uma emergência nacional e disse que um colapso da lei e da ordem, atrocidades generalizadas e uso forçado de crianças como soldados ameaçam a segurança na República Centro-Africana e nas nações vizinhas.


Foto do dia

Militares participam de treinamento para a Copa do Mundo.
Foto: Henry Milleo / Estadão Conteúdo



Dirceu entra com ação na OEA contra o julgamento do mensalão

Renato Onofre e Carolina Brígido, O Globo
Os advogados do ex-ministro José Dirceu (PT-SP) entraram na tarde desta terça-feira com uma petição na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA) pedindo abertura de investigação do Estado brasileiro por violação de direitos humanos no julgamento do processo do mensalão.
Eles alegam que o petista não teve direito a ampla defesa durante o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa quer ainda a realização de um novo julgamento do caso.




José Dirceu, ex-ministro, condenado no processo do mensalão - Foto: André Coelho / O Globo











Refinaria é um monumento ao uso político da Petrobras (Editorial)

O Globo
A Petrobras se converte em manancial de exemplos de como não se pode administrar uma empresa pública. Ou qualquer outra, por suposto.
A aquisição da refinaria de Pasadena, Texas, a um grupo belga, por um elevado preço final (US$ 1,2 bilhão), já teve importante função pedagógica por alertar sobre o que pode acontecer quando cargos-chave em uma empresa da importância da Petrobras fazem parte do jogo fisiológico do aparelhamento, por motivos político-ideológicos, pessoais ou ambos.
E não foi apenas Pasadena o único mau negócio fechado pela estatal no longo período em que a empresa esteve sob controle de uma falange sindical do lulopetismo. Também é considerada estranha a compra de uma refinaria no Japão (Nansei, em Okinawa), além dos superfaturamentos visíveis, detectados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em pelo menos dois canteiros de obras — da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e da Comperj, novo polo petroquímico do Rio de Janeiro.

Refinaria de Nansei no Japão

Na edição de domingo, O GLOBO trouxe mais uma história nada edificante, a do projeto da Refinaria Premium I, prevista para Bacabeira, próximo a São Luís, Maranhão.
A pedra fundamental da refinaria foi lançada em 2010, com grande alarido, na presença do então presidente Lula, sua candidata à sucessão Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, e representantes do clã Sarney: o próprio senador José Sarney (PMDB-AP), a filha e governadora Roseana e o discípulo Edison Lobão, ministro de Minas e Energia.
Anos depois, não há uma estaca fincada no local, “apenas” uma despesa de R$ 1 bilhão (!) jogada no caixa da estatal, a título de projetos, transporte, estudos ambientais, terraplenagem e treinamentos. Mais este escândalo tem, também, seu lado pedagógico: alertar sobre o risco de se subordinar investimentos públicos a objetivos políticos.
Cabe lembrar a entrevista que o ainda presidente Lula concedeu ao jornal “Valor Econômico”, em 2009, em que se vangloriou de ter forçado a Petrobras a incluir nos planos a refinaria maranhense e mais outra, a Premium II, no Ceará.
Foram parte do projeto político-eleitoral do lulopetismo, para consolidar a aliança com os Sarney e manter na zona de influência do PT os Gomes (o governador Cid e o ex-ministro Ciro). Na hora de ajustar as contas, a Petrobras jogou para o futuro as refinarias de Lula, numa decisão correta. Mas ficou com pelo menos a conta de R$ 1 bilhão da Premium I.
Lula também tentou empurrar para a Vale siderúrgicas no Norte. Não conseguiu, pois, mesmo com toda a influência do Estado na empresa, ela tem controle privado. A saga desses projetos, contabilizada em bilhões de reais de perdas, serve como prova da sobrecarga que representa para o contribuinte quando governos agem de forma voluntariosa, sem maiores cuidados técnicos. A atual crise no setor elétrico é outro exemplo.


Marcha de prefeitos pressiona Dilma, por Gabriel Garcia

Todo ano é a mesma coisa. Uma tropa de prefeitos vai a Brasília para a Marcha dos Prefeitos, em sua 17ª edição. Este ano, o clima é de hostilidade – mais do que nos anos anteriores.
Por quê? Primeiro, porque aumentou a insatisfação dos prefeitos com a falta de recursos.
Eles dizem que não dá para confiar nas promessas da presidente Dilma Rousseff. E querem aumentar em 2% os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que representa fatia significativa do orçamento da maioria das prefeituras.
Há insatisfação ainda com os cortes em emendas parlamentares – importante fonte de recurso que é enviado por deputados e senadores aos municípios.
Pesa ainda contra Dilma sua queda nas pesquisas de intenção de votos. Os prefeitos trabalham diretamente junto ao eleitorado. Por causa dessa proximidade, são eles que pedem voto.
Com sua popularidade se "esfarelando", segundo deputados da base, Dilma precisa - e muito - do apoio dos prefeitos dos partidos aliados.
Ciente dessa dificuldade, Dilma foi convidada para a solenidade de abertura da Marcha dos Prefeitos, realizada hoje no Centro Internacional de Convenções de Brasília, onde estavam presentes 4 mil prefeitos.
Ela não compareceu, e muito menos o ministro Ricardo Berzoini, que a representaria no evento. Evitaram as vaias dos últimos anos.
Quem as recebeu foi o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Gilmar Dominici, muito vaiado hoje. A edição da marcha, este ano, vai até quinta-feira (15).
Mesmo assim, o ex-ministro do Turismo, o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA), disse que Dilma está tranquila. "Ela foi inaugurar obras do São Francisco e tem uma extensa agenda pela frente, onde terá bastante visibilidade", afirmou.

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