domingo, maio 25, 2014

Brasil

Caminhos da oposição, por Merval Pereira

Merval Pereira, O Globo
Obrigado por seu acordo político com o grupo da ex-senadora Marina Silva a rever a estratégia que havia montado no início da campanha, o ex-governador Eduardo Campos vem endurecendo seu discurso também contra o antigo parceiro Aécio Neves, na esperança de se tornar uma escolha palatável ao eleitor petista que está descrente com a atuação de Dilma ou insatisfeito com os rumos que o partido vem tomando.
Campos, com mais propriedade, pois fez parte do grupo lulista até pouco tempo, estaria repetindo a tentativa de Serra em 2010 de se apresentar como uma alternativa a Dilma contra a qual Lula nada teria. Corre menos risco de ser desautorizado por Lula de público, mas é possível que isso ocorra. Na tentativa de preservar um acordo para o segundo turno, é possível que Lula poupe Campos de sua língua ferina.


Embora não tenha uma performance boa nas pesquisas até o momento, Campos conta com o voto útil a seu favor dos petistas que temem mais a vitória do PSDB do que a derrota de Dilma para ele, aí incluído até mesmo Lula. Essa mudança na campanha de Campos tem, porém, diversos obstáculos para ser bem-sucedida, a começar pelo governo de São Paulo, uma das pedras-chave desta disputa.
Abandonando a coligação do governador Geraldo Alckmin, da qual fazia parte há muito, Campos deixará o palanque do PSDB livre para o senador Aécio Neves no maior colégio eleitoral do país, enquanto terá um palanque improvisado e fraco. Foi convencido por Marina de que o desgaste do PSDB depois de 20 anos no poder favorece uma candidatura alternativa.
Em Minas, acontecerá o contrário, pois, ao romper com Aécio em seu território, abrirá mão de compartilhar com ele a provável vitória no segundo maior colégio eleitoral do país. A contrapartida do rompimento em Pernambuco não será tão dolorosa para os tucanos, já que o eleitorado do estado não é dos maiores.


Dilma: espectros fantasmagóricos não voltarão

Erich Decat, O Globo
Para uma plateia composta em sua maioria por jovens, a presidente Dilma Rousseff adotou neste sábado a temática do "medo", um dos motes que deve ser a tônica do início da campanha presidencial do PT. Dilma afirmou ter lado e que o seu "lado é dos que mais precisam, dos que mais sofrem".
"Quem tem lado sabe que é preciso estar atento, estar ao mesmo tempo com um olho no futuro e com um outro olho no passado. Este olho no passado é para evitar que outros e certos espectros fantasmagóricos tentem voltar com as ameaças às conquistas dos brasileiros. E voltem com o que eles já chamam abertamente de medidas impopulares, que significam arrocho salarial, desemprego, recessão" , disse.


Líder do PPS defende CPI mista da Petrobras

O Globo
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), disse, neste sábado, que a CPI mista da Petrobras se impõe neste momento em que surgem mais informações sobre ilegalidades na estatal.
A declaração foi uma resposta à denúncia de que a dinamarquesa Maersk, maior empresa de transporte de petróleo do mundo, teria pago ao menos R$ 6,2 milhões de propina entre 2006 e 2010 para alugar navios à Petrobras, segundo reportagem publicada na edição dessa semana da revista “Época”.
— Já sabemos quem perdeu com essas negociatas: o povo brasileiro. Precisamos investigar para saber quem ganhou. Isto será possível com a agilidade da CPI mista, que tem poderes para quebrar sigilo, por exemplo, sem autorização judicial — afirmou Rubens Bueno.


Morre aspirante da Marinha que passou mal em treinamento

O Globo
Morreu neste sábado o aspirante da Marinha Jean Caleb Maroto Sousa, de 22 anos. Jean estava internado no Hospital Naval Marcílio Dias desde o último dia 8 de maio, um dia depois de passar mal, durante um treinamento na base do Corpo de Fuzileiros Navais, na Ilha do Governador.
Na ocasião, Jean e o também aspirante Vinícius da Silva Cunha, de 22 anos, tiveram problemas respiratórios após participarem de um treinamento em que precisavam atravessar um túnel de cerca de três metros de comprimento com a presença de fumaça. Segundo a Marinha informou na ocasião, “o exercício em questão é regular e faz parte da prática profissional naval, prevista no programa de ensino da Escola Naval, tendo sido cumprida pelos demais 32 aspirantes Fuzileiros Navais sem incidentes”.


Manifestantes realizam 'Marcha das Vadias' em São Paulo

G1
Manifestantes se reuniram no início da tarde deste sábado (24) no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, para a "Marcha das Vadias", protesto contrário ao machismo. O grupo se concentrou no local com faixas e cartazes com mensagens como: "Por uma sociedade livre de machismo", "Nem santas, nem putas. Mulheres" e "Meu corpo, minhas regras. Machistas não passarão".
Segundo informações iniciais da Polícia Militar, o protesto reuniu cerca de 300 pessoas no início da tarde. A CET informou, no entanto, que a manifestação era composta por 150 pessoas. O grupo saiu do vão do Masp, caminhou pela Avenida Paulista e ocupou todas as faixas no sentido Consolação.
De lá, as manifestantes seguiram para a rua Augusta, onde bloquearam totalmente a via. O protesto continuou em direção à Praça Roosevelt, onde se encerrou no fim da tarde, segundo a PM.


Dúvidas continuam um ano depois da lei dos domésticos entrar em vigor

G1
Um ano depois de entrar em vigor, a lei que dá mais direitos aos trabalhadores domésticos ainda desperta muitas dúvidas, e pouco mexeu numa característica desse mercado: a informalidade.
É direito, mas é meio enrolado de entender. Patrões e empregados estão unidos pela dúvida.Num programa de tira-dúvidas da Previdência, muita gente ainda aparece para entender melhor os direitos e os deveres de patrões e empregados domésticos.
Há um ano, foi sancionada a lei que estendeu às empregadas, babás, jardineiros, alguns dos direitos de qualquer trabalhador, como férias, 13º salário, jornada definida, de 44 horas por semana.
Só que a lei não estimulou o trabalho formal como se esperava. Hoje, 40% dos empregados domésticos têm carteira assinada, segundo o IBGE. É o mesmo percentual de um ano atrás, quando a lei ainda não estava valendo.


Gigantes do minério de ferro montam ‘cerco à China’

O Globo
Diante de um cenário de preços baixos do minério de ferro e perspectiva de novas quedas, as principais mineradoras estão montando um cerco à China para disputar cada grama importada pelo gigante asiático. A disputa se dá em dias.
Enquanto a viagem de navio do Brasil, onde estão as reservas da Vale, para a China dura em média 45 dias, a viagem a partir da Austrália, onde estão suas principais concorrentes, BHP Billiton e Rio Tinto, é de cerca de 15 dias.
Com a instabilidade dos preços, quem está mais perto do destino final acaba levando vantagem, pois a cotação para venda do minério é definida no dia de chegada do navio ao território chinês, maior consumidor de minério de ferro do mundo.


Correa pede reeleição ilimitada no Equador

O Globo
O presidente do Equador, Rafael Correa, pediu neste sábado que a Assembleia Nacional, onde tem maioria, vote uma reforma para permitir a reeleição ilimitada de todos os cargos populares, o que lhe permitiria buscar a terceira reeleição em 2017.
Correa solicitou que o Legislativo emende a Constituição para “estabelecer a reeleição indefinida de todos os cargos de eleição popular para que seja o povo equatoriano o que, com toda a liberdade, defina a continuidade ou a renovação de seus dirigentes”.


Comoção após tiroteio em Museu Judaico em Bruxelas

O Globo
O ataque deste sábado ao Museu Judaico de Bruxelas, que deixou três mortos e um ferido na capital belga provocou comoção entre a comunidade judaica do país — às vésperas de eleições locais e continentais — e entre líderes de países europeus e de Israel.
— Este assassinato é resultado da constante difamação contra os judeus e sua nação. Mentiras e calúnias contra o Estado de Israel continuam a ser ouvidas na Europa ao mesmo tempo em que crimes contra a humanidade perpetrados em nosso solo continuam a ser ignorados — afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. — Nossa resposta a essa hipocrisia é continuar dizendo a verdade, e nos fortalecer na nossa incansável luta contra o terrorismo.


À beira da guerra civil, Ucrânia deposita sua esperança nas urnas

Andrei Netto, Estadão
Á beira da guerra civil, à mercê de movimentos separatistas e da falência econômica, 36 milhões de eleitores devem definir neste domingo, 25, o futuro presidente da Ucrânia - o quinto da história e o primeiro desde o início da crise política que derrubou Viktor Yanukovich, em fevereiro.
Em uma nação minada pela ação de milícias armadas pró e anti-Rússia, o bilionário Petro Poroshenko, dono de um império da indústria alimentícia, deve vencer a ex-premiê Yulia Tymoshenko. Sua missão mais difícil, porém, virá a seguir: afirmar sua legitimidade e vencer a turbulência que ameaça implodir o país.

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