quinta-feira, agosto 14, 2014

Brasil

POLÍTICA

Eduardo, o filho adotivo de Lula, por Ricardo Noblat

Pouco antes das eleições municipais de 2012, Sigmaringa Seixas, ex-vice-governador do Distrito Federal pelo PT, foi despachado por Lula ao Recife com uma tarefa que o ex-presidente considerava difícil, mas não impossível: convencer Eduardo Campos, então governador de Pernambuco pela segunda vez, a desistir da ideia de se lançar candidato à sucessão de Dilma dali a dois anos.
Até então ainda não se falava de público na candidatura de Eduardo pelo partido que ele presidia – o PSB. Eduardo recebeu Sigmaringa no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Conversaram sozinhos durante mais de duas horas. Sigmaringa retornou a Brasília no mesmo dia. Orientado por Lula, acenara para Eduardo com a hipótese de ele compor como vice a chapa de Dilma à reeleição.
Eduardo recusou a proposta. Alegou que não deixaria o governo para ser vice. Os pernambucanos não entenderiam seu gesto. Então Sigmaringa jogou na mesa o que imaginou que fosse um trunfo: Lula estava disposto a apoiar Eduardo para presidente em 2018. Em troca, Eduardo fecharia com a reeleição de Dilma.
- Obrigado, mas não topo – descartou Eduardo.
- Mas por quê? – insistiu Sigmaringa.
- Confio na palavra de Lula, mas não confio na palavra do PT – respondeu.
Aquela foi a maneira elegante que ele achou de dizer não a Lula. Na verdade, nem na palavra de Lula acreditava mais desde que o PT de Pernambuco desfizera o acordo com o PSB para disputar a prefeitura do Recife naquele ano. Estava combinado que o PT apoiaria o candidato de Eduardo. Com o consentimento de Lula, o PT preferiu ter candidato próprio.
A mais de uma pessoa nos últimos dois anos, Lula confidenciou que tinha Eduardo como uma espécie de filho político adotivo. E que esperava contar com ele para reeleger Dilma. Pai e filho não se falavam há mais ou menos seis meses.

































Lula e Eduardo Campos, em 29/10/2010 - Foto: Hans von Manteuffel / Agência O Globo



POLÍTICA

Marina está pronta para substituir Eduardo















Foto: Agência Globo


POLÍTICA

'Firme como uma rocha', mulher de Campos recebe amigos

Ângela Lacerda, Estadão
Conselheira, esteio e porto seguro do candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), Renata Campos se manteve serena junto aos cinco filhos durante esta quarta-feira (13), na sua casa, recebendo os amigos, familiares e políticos ligados ao marido, morto nesta manhã em um acidente de avião em Santos (SP).
"Não estava no script", comentava ela ao abraçar as pessoas que a visitavam, muitas vezes chorando. Com cada um ela conversava e compartilhava a alegria de Campos com a sua performance na entrevista da bancada do Jornal Nacional na noite desta terça-feira (12). "Fui lá e fiz um gol", disse ele à mulher, depois da sabatina.


POLÍTICA

Marina Silva é tratada como sucessora natural de Eduardo Campos

João Domingos e Pedro Venceslau, Estadão
A ex-ministra Marina Silva é considerada a sucessora natural do ex-governador Eduardo Campos para disputar a Presidência da República pelo PSB por todos os integrantes do partido e da coligação, que conta também com PPS, PHS, PRP, PPL e PSL.
Embora as principais lideranças desses partidos estejam ainda muito emocionadas com a morte de Campos, provocada pela queda do jatinho que o transportava do Rio de Janeiro para Santos, ontem, a impressão geral é de que Marina, candidata a vice na chapa, não conseguirá resistir à pressão para que assuma o posto de presidenciável da coligação. O PSB tem prazo de dez dias para fazer a substituição.


Marina Silva é tratada como sucessora natural de Eduardo Campos - Foto: Ed Ferreira/ Estadão


POLÍTICA

Um cenário político entre o luto e a apreensão

Carla Jiménez, El País
As olheiras pronunciadas de Marina Silva ao falar da morte do companheiro de chapa, Eduardo Campos, ontem, não deixavam espaço para dúvidas. A tristeza é genuína para uma política que se notabilizou por trilhar seu próprio caminho, com uma história de vida tão sui generis como a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Analfabeta até os 16 anos, Marina, que nasceu em Rio Branco (Acre), no norte do país, superou a pobreza e trilhou uma carreira política que a fez ser vista como uma alternativa para o “Fla Flu” eleitoral entre PT e PSDB em 2010. Levou 20 milhões de votos, um resultado inesperado para qualquer analista político na ocasião.
A partir de agora, a ambientalista, que fundou o grupo político Rede Sustentabilidade, terá todas as atenções nacionais voltadas para ela, depois de optar por manter a discrição do cargo de vice ao lado de Campos.



Eduardo Campos e Marina Silva em campanha - Foto: Divulgação


POLÍTICA

Cinco dias antes, piloto disse que estava sem descanso

Vera Araújo, O Globo
Cinco dias antes da tragédia com o jato no qual viajava o presidenciável Eduardo Campos, um dos pilotos que morreu, Marcos Martins, disse no Facebook que não estava tendo tempo para descansar, devido às viagens que vinha fazendo acompanhando as campanhas eleitorais.
"Cansadaço, voar voar e voar . E amanhã tem mais. Recife", postou no dia 8 de agosto, pelo Facebook. Em outra postagem, ele conta: "Cada lugar. Parece que ainda estou na África. Fim de mundo isto é Nordeste", referindo-se ao Centro de Arapiraca.


POLÍTICA

Lewandowski é eleito presidente do Supremo

Mariângela Galucci, Estadão
O ministro Ricardo Lewandowski foi eleito ontem presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele já está exercendo interinamente o cargo desde o início do mês, quando o então presidente Joaquim Barbosa aposentou-se. A eleição de Lewandowski é apenas protocolar.
Pelas regras internas do STF, o tribunal deve ser presidido pelo integrante mais antigo que ainda não ocupou o posto. Como vice, foi eleita a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha. A posse está prevista para setembro.


GERAL

STF manda soltar Fofana e mais nove da máfia dos ingressos

Carolina Brígido, O Globo
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a libertação de dez suspeitos de integrar uma máfia de venda ilegal de ingressos para partidas da Copa do Mundo. O grupo estava preso desde julho. No último dia 5, o ministro já havia concedido habeas corpus ao suposto chefe do grupo, o inglês Raymond Whelan.
Agora, o benefício foi estendido a Mohamadou Lamine Fofana — acusado de ser um dos líderes da quadrilha — Marcelo Pavão da Costa Carvalho, Alexandre da Silva Borges, Antônio Henrique de Paula Jorge, Sérgio Antônio de Lima, Júlio Soares da Costa Filho, Fernanda Carrione Paulucci, Ernani Alves da Rocha Junior, Alexandre Marino Vieira e Ozeas do Nascimento.



Franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana - Foto: Hudson Pontes / O Globo


GERAL

Suzane Richthofen é liberada para cumprir pena no semiaberto

Nilson Hernandes, O Globo
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) decidiu que a presa Suzane Von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão, terá o direito de cumprir o restante de sua pena em regime semiaberto.
De acordo com o despacho da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, a ré "encontra-se presa há 12 anos, não apresenta anotação de infração disciplinar ou qualquer ouro fator desabonador em seu histórico prisional. Tendo logrado comprovar a presença dos requisitos legais necessários, não há como negar à postulante a progressão ao regime intermediário".


Suzane von Richtoffen - Foto: Reprodução


GERAL

Planos de saúde fazem consulta médica antes de aceitar idosos

Veja
Das vinte maiores operadoras de saúde que atuam na cidade de São Paulo, ao menos cinco submetem idosos a uma consulta médica antes de aceitá-los como cliente. Além disso, apenas oito empresas comercializam planos individuais para indivíduos acima de 60 anos, segundo uma nova pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).
De acordo com o levantamento, as empresas que exigem essa avaliação prévia são Unimed Paulista, Greenline, Biovida, MediSanitas e Santamália. Esta última, além da consulta média, também exige exames.


Idosos: Ser aceito como cliente e preços elevados são algumas das dificuldades que pessoas acima de 60 anos têm com operadoras de saúde - Foto: Thinkstock

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