terça-feira, agosto 19, 2014

Brasil

POLÍTICA

Marina não subirá no palanque de Alckmin e de Lindbergh

Gabriel Garcia
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) nem se recuperou da perda do seu maior líder, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, e já precisa definir os rumos que seguirá nas eleições para presidente da República neste ano.
Após a queda do avião que levava Eduardo do Rio de Janeiro para Santos (SP), na quarta-feira (13), que culminou com as mortes do presidenciável e de seus assessores, o partido se reúne nesta semana para alçar a ex-senadora Marina Silva candidata a presidente.
Diferente de Eduardo, Marina havia disputado uma eleição presidencial, em 2010, quando conquistou 20 milhões de votos. Em 2014, desponta com chances mais claras de vitória. Venceria a presidente Dilma Rousseff no segundo turno, segundo pesquisa Datafolha.
Em entrevista ao blog, o deputado Walter Feldman (SP), fiel escudeiro de Marina e um dos fundadores do partido Rede, afirma que as alianças defendidas por Eduardo serão preservadas.
Marina, no entanto, não subirá nos palanques do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e do candidato ao governo do Rio, Lindbergh Farias (PT). É o que garante Feldman.
Marina e Feldman se filiaram, juntamente com outros políticos, ao PSB após o Tribunal Superior Eleitoral rejeitar, em 2013, o registro do partido Rede Sustentabilidade.
O que faz da Marina o nome natural para substituir Eduardo Campos?
A Marina escolheu o Eduardo para ser o depositário do programa da Rede quando não conquistamos o registro em outubro de 2013. Na ausência desse político extraordinário (Eduardo), há um legado que foi constituído pelos dois. No momento, a dupla Eduardo e Marina tem necessidade de levar esse programa adiante. Só tem a Marina em melhores condições para levar essa proposta de renovação e de uma nova agenda para o Brasil.

Deputado Walter Feldman (SP) - Foto: Luís Macedo / Agência Câmara


POLÍTICA

PT e PSDB elegem Marina como alvo para tentar retomar polarização

Vera Rosa, Estadão
Uma operação de bastidores para tentar desconstruir a nova candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, já começou a ser preparada nos comitês de campanha da presidente Dilma Rousseff e do concorrente do PSDB, Aécio Neves. No horário eleitoral gratuito, hoje, todos os candidatos farão uma homenagem a Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na quarta-feira, mas, longe dos holofotes, Marina não terá vida fácil.
Os comitês de Dilma e Aécio pretendem questionar a capacidade de gestão da ex-ministra do Meio Ambiente a fim de tentar retomar a polarização entre petistas e tucanos que já dura 20 anos. Em conversa após o velório de Campos, no domingo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a Dilma que é preciso tomar cuidado com Marina para que ela não se consolide no segundo lugar da disputa.


Marina Silva - Foto: Ivo Gonzalez / O Globo


POLÍTICA

Dilma se recusa a responder pergunta sobre mensaleiros

O Globo
Em entrevista ao "Jornal Nacional", realizada na biblioteca do Palácio da Alvorada, a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, admitiu que a situação na área da Saúde "não é minimamente razoável", mas defendeu as ações do governo, como o programa Mais Médicos. Apesar da insistência, Dilma se recusou a responder sobre a atitude do PT diante do escândalo do mensalão, que tratou os condenados como heróis.
Por repetidas vezes, Dilma disse que não comenta decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) por ser presidente da República e respeitar a independência entre os Poderes. Em certos momentos, a presidente se mostrava tensa e incomodada em ser interrompida com novas perguntas. Ao final, Dilma disse que a economia vai melhorar no segundo semestre, rebateu o pessimismo e pediu votos aos eleitores.


POLÍTICA

Barroso anula decisão de Barbosa e impede leilão de bens de Valério

Carolina Brígido, O Globo
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou a decisão tomada pelo ex-ministro Joaquim Barbosa que determinava o leilão dos bens bloqueados de Marcos Valério no processo do mensalão. Barroso argumentou que a medida deveria ter sido tomada pela Vara de Execuções Penais (VEP), e não pelo STF.
Também ficou anulada a ordem para leiloar bens da mulher de Valério, Renilda de Souza; dos sócios dele, Rogério Tolentino, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, e de cinco empresas do grupo.


Marcos Valério, algemado, saindo do IML, em Minas Gerais, e seguindo para a penitenciária - Foto: Ezequiel Fagundes / O Globo


GERAL

Quem furar cerco ao Ebola será baleado na Libéria

Estadão
As Forças Armadas da Libéria receberam ordem para atirar em quem tentar furar o cordão sanitário criado há cinco dias para tentar conter o vírus Ebola. A informação foi dada pelo jornal Daily Observer. O medo do surto ainda fez Camarões anunciar o fechamento da fronteira com a Nigéria. O mesmo será feito nesta terça pelo Quênia em relação à Guiné.
A ordem de atirar em quem tentar furar a barreira sanitária foi dada para os soldados nos Condados de Bomi e Grand Cape Mount, na fronteira noroeste do país com Serra Leoa. A ordem de atirar em quem tentar atravessar a fronteira ilegalmente foi dada pelo subchefe do Estado-Maior, o coronel Eric W. Dennis.


GERAL

Policiais acusados de torturar Amarildo são alvo de ação civil

O Globo
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) entrou com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra 31 policiais militares acusados de torturar nove moradores da Favela da Rocinha, na Zona Sul.
Segundo a 6ª Promotoria de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, os casos ocorreram a partir de março de 2013, quando foi deflagrada a Operação Paz Armada pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade, em conjunto com a 15ª DP (Gávea). A ação resultou na morte do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, em 14 de julho do ano passado.



Amarildo teria sido torturado e morto atrás dos contêineres da UPP da Rocinha em 14 de julho de 2013 - Foto: Thiago Lontra / O Globo


GERAL

Brasileiro é vetado em emprego na Austrália por ser negro

O Globo
O brasileiro naturalizado australiano, Nilson dos Santos, é mais uma vítima de discriminação racial. Santos conta que foi recusado para uma vaga de barista no restaurante 'Forbes & Burton', localizado em Darlinghurst, nos arredores de Sydney, porque, segundo o dono, seus clientes não gostariam que seu café fosse feito por negros, mas sim por habitantes locais.
O mais surpreendente é que o proprietário do café, que se identificou apenas como Steven, não é natural da Austrália, e sim de Xangai, na China, de onde partiu no ano passado.


Nilson dos Santos, brasileiro discriminado na Austrália - Foto: Divulgação


ECONOMIA

Bolsa tem alta, influenciada por Datafolha e ações da Petrobras

Luís Lima, Veja
A possibilidade de derrota de Dilma Rousseff (PT) em um eventual segundo turno contra Marina Silva, que deve ser a sucessora de Eduardo Campos na chapa do PSB, contribuiu para a alta de 1,05% do Ibovespa no pregão de ontem, segundo analistas do mercado financeiro.
Pesquisa Datafolha, divulgada ontem, mostrou que Marina venceria com 47% das intenções de voto, contra 43% de Dilma. A valorização da bolsa brasileira foi impulsionada, principalmente, pela alta dos papéis da Petrobras. As ações preferenciais da petroleira (sem direito a voto) subiram 1,50% e as ordinárias, 1,11%.


ECONOMIA

Governos chegam a acordo em torno da guerra da água

Danilo Fariello, O Globo
Os governos de São Paulo, Rio, Minas Gerais e federal chegaram a um acordo em torno da disputa pela água da Bacia do Paraíba do Sul, após reunião que se arrastou por toda a tarde de ontem, no Ministério do Meio Ambiente. A vazão do Rio Jaguari, que vinha sendo contida pelo governo paulista, será novamente elevada, e o governo do Rio terá de fazer adequações para receber um volume menor de água, a partir de setembro.
Os dois estados fizeram concessões para viabilizar o acordo, que assegura abastecimento de água para consumo humano em municípios de São Paulo e do Rio ao menos até novembro.


ECONOMIA

Geração de empregos formais em 2013 foi a 2ª pior desde 2003

Cristiane Bonfanti, O Globo
A criação de empregos formais somou 1,490 milhão em 2013, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) divulgados pelo Ministério do Trabalho. O resultado representa uma alta de 29,7% na comparação com o total de 1,148 milhão de postos de trabalhos criados em 2012.
No entanto, o resultado de 2013 é o segundo pior desde 2003, quando foram abertas 861 mil empregos. Além dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que englobam os trabalhadores com carteira assinada, os números da Rais consideram os servidores públicos federais, estaduais e municipais, além de trabalhadores temporários.

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