terça-feira, agosto 26, 2014

Brasil

POLÍTICA

Brasil, um país sem uma política de segurança pública

Afonso Benites, El País
Há duas décadas as primeiras pesquisas de opinião identificaram que a segurança pública seria um dos temas que deveriam ser levados aos debates presidenciais no Brasil. Isso porque é um assunto que passou a preocupar os cidadãos, diante do aumento das taxas de roubos e homicídios, da baixa resolução dos crimes e do consequente aumento da sensação de insegurança.
Naquela época, a taxa de homicídios era de 20,2 para cada grupo de 100.000 habitantes. Ou seja, a cada dia 83 pessoas eram assassinadas no país. Depois de dois governos tucanos (Fernando Henrique Cardoso – 1995 a 2002) e quase três petistas (Lula da Silva – 2003 a 2010 e Dilma Rousseff – 2011 a 2014), a taxa saltou para 29, o que quer dizer que 154 assassinatos acontecem por dia.


POLÍTICA

Traficantes e milicianos intimidam candidatos no Rio

Paula Ferreira, O Globo
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Seseg) entregou ontem ao desembargador eleitoral Fábio Uchôa um relatório apontando 41 áreas no Estado do Rio dominadas por tráfico ou milícia e onde candidatos enfrentam problemas para fazer campanha. De acordo com o documento, dez dessas localidades têm Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
Os complexos da Maré e do Alemão são citados como locais onde candidatos governistas foram intimidados e proibidos de entrar. A Rocinha, na Zonal Sul, também registra problemas. Na sessão de ontem no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Uchôa classificou como “caótica” a situação descrita no relatório.


POLÍTICA

Ibope: No Paraná, Beto Richa tem 43%, Requião, 26%, e Gleisi, 14%

G1
Pesquisa Ibope divulgada ontem aponta Beto Richa (PSDB) com 43% das intenções de voto para o governo do Paraná, seguido de Requião (PMDB), com 26%, Gleisi Hoffmann (PT), com 14%, e Tulio Bandeira (PTC), com 1%. Esta é primeira pesquisa de intenção de voto feita pelo instituto sobre a eleição estadual após o registro das candidaturas.
Os candidatos Bernardo Pilotto (PSOL), Geonisio Marinho (PRTB), Ogier Buchi (PRP) e Rodrigo Tomazini (PSTU) somaram, juntos, 1%. Brancos e nulos somaram 8%, e 7% não responderam.


POLÍTICA

Em prefeituras do PT e aliados, o Mais Médicos se espalha

Felipe Frazão, Veja
Uma das principais bandeiras eleitorais do PT em 2014, o programa Mais Médicos é um exemplo de demagogia em estado puro. Lançado em 2013, ele partiu do diagnóstico de uma carência verdadeira, a falta de médicos em muitas cidades brasileiras.
A solução encontrada para esse problema foi escabrosa do ponto de vista institucional: a importação de médicos estrangeiros, principalmente de Cuba, cujo governo autoritário recebeu até agora 1,5 bilhão de reais – um aditivo assinado neste mês estabelece que o Ministério da Saúde pagará mais 1,17 bilhão de reais pelos cubanos que estão no Brasil.
O programa não é a solução mais racional para o problema do atendimento médico, não é o mais sustentável a longo prazo, nem sequer aceitável do ponto de vista dos valores democráticos. Mas, apesar desses vícios gravíssimos de origem, a dinâmica da política é tal que torna-se quase impossível para um prefeito não aderir ao programa.



Integrantes do programa de Dilma Rousseff para a área da saúde - Foto: Claiton Dornelles / Divulgação


POLÍTICA

Dilma cobra posicionamento de Marina sobre propriedade de jato

Fernanda Krakovics e Luiza Damé, O Globo
A presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição, afirmou ontem que a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, precisa dar explicações, "se puder", sobre a propriedade do jatinho usado por Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em 13 de agosto.
"Eu não estou acompanhando isso, porque, você vai me desculpar, mas não é objeto do meu profundo interesse. Agora, acredito que nós, que somos candidatos, inexoravelmente temos de dar explicação de tudo. (...) Candidato a qualquer cargo eletivo, principalmente a presidente da República, está sujeito a ser perguntado sobre qualquer questão e deve responder, se puder, né?", disse Dilma.



Presidente Dilma Rousseff em audiência com Dom Raymundo Damasceno - Foto:Roberto Stuckert Filho


GERAL

Recife pode ter nova greve de motoristas na quarta-feira

Ângela Lacerda, Estadão
O Sindicato dos Rodoviários do Grande Recife entrou ontem com recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST) contra a liminar concedida pelo ministro Barros Levenhagen suspendendo o aumento de 10% nos salários de motoristas e cobradores e de 75% no vale alimentação.
Depois de uma paralisação pela manhã e uma passeata à tarde, o secretário-geral do sindicato da categoria, Josival Costa, informou que a frota de ônibus estará normalmente nas ruas nesta terça-feira. Representante jurídico do sindicato tentará conversar com Levenhagen, buscando reverter a decisão. Se a liminar não for derrubada, nova paralisação - das 4 horas às 8 horas da manhã - será realizada na quarta-feira.


GERAL

Paraguai busca duas pessoas da rede de Abdelmassih

Mariana Zylberkan, Veja
A polícia do Paraguai recebeu ordem para prender duas pessoas que teriam ajudado Roger Abdelmassih a forjar documentos e manter uma vida clandestina no país vizinho por três anos – os nomes são mantidos em sigilo. Segundo a promotora Lorena Ledesma, a atuação da dupla foi descoberta durante diligência na casa onde o médico vivia com a mulher e os filhos gêmeos, no bairro de Villa Morra, na cidade de Assunção.
"Verificamos os documentos encontrados e chegamos a esses nomes", disse a promotora. De acordo com a promotora, os documentos apreendidos sugerem que essas duas pessoas agiam como sócias do médico foragido. O Ministério Público local entrou na casa na sexta-feira. Foram apreendidos computadores e aparelhos celulares.


GERAL

O Brasil não pode mais perder 50 mil vidas para a violência

C. RicardoJ. L. Ratton e L. Rechenberg, El País
Dados do mais recente Mapa da Violência indicam que, em 2012, 56.337 pessoas foram vítimas de homicídio no Brasil. A taxa de pessoas assassinadas naquele ano foi maior do que em 2011 e a mais alta dos últimos 11 anos. Ou seja, o problema não é grave somente em função do total de vidas perdidas a cada ano, mas também porque o país não está conseguindo reverter esse quadro.
Os jovens brasileiros são os mais atingidos; os homicídios respondem por praticamente 40% das mortes deste grupo. Os custos econômicos e sociais das mortes violentas de jovens são altíssimos. Um estudo do IPEA (2013) demonstrou que a violência letal pode reduzir a expectativa de vida de homens ao nascer em até quase três anos e que o custo dessas mortes prematuras é de cerca de R$ 79 bilhões a cada ano, o que corresponde a cerca de 1,5% do PIB nacional.


Policiais durante uma abordagem em São Paulo - Foto: Agência Brasil


GERAL

Quase 10% dos professores já foram ameaçados por alunos

Ricardo Senra, BBC Brasil
Quando o assunto é a violência dentro das salas de aula, não parece haver consenso sobre suas principais causas. Professores, diretores de escolas, alunos e especialistas em educação apontam para direções diversas, sugerindo que agressões contra educadores seriam fruto do histórico familiar dos alunos, da falta de políticas públicas e policiamento e também de professores mal preparados - e até mesmo agressivos.
A violência em sala de aula contra professores foi um dos temas destacados por internautas em posts de Facebook e no Twitter como um dos que deveria receber mais atenção por parte dos candidatos presidenciais, em uma consulta promovida pelo #salasocial, o projeto da BBC Brasil que usa as redes sociais como fonte de histórias originais.





ECONOMIA

Bovespa fecha no maior patamar em 18 meses por expectativa com Ibope

Paula Arend Laier, Reuters
O principal índice da Bovespa fechou acima de 59 mil pontos pela primeira vez em um ano e meio na segunda-feira, influenciado por rumores sobre pesquisa eleitoral Ibope prevista para ser divulgada nesta terça-feira, que fizeram as ações da Petrobras dispararem mais de 5 por cento.
O quadro externo positivo nos pregões em Nova York corroborou o viés ascendente, com índice S&P 500 alcançando os 2.000 pontos pela primeira vez na história, em meio a expectativas de novos estímulos monetários na Europa e alta em ações de biotecnologia e do setor financeiro.



Crescente possibilidade de Marina vencer Dilma Rousseff em um eventual segundo turno contribuiu para a alta da Bovespa - Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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