sexta-feira, setembro 12, 2014

Brasil

POLÍTICA

Dilma: coordenadora de campanha do PSB age como banqueira

Fernanda Krakovics, O Globo
Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff afirmou que Neca Setubal, herdeira do banco Itaú e uma das coordenadoras da campanha de Marina Silva (PSB), está se comportando como banqueira, e não como educadora. Questionada sobre a mudança de posição do PT em relação à Neca (que em 2012 colaborou com o programa de educação do então candidato petista à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad), Dilma disse que quem mudou de atitude foi Neca.
"Mudou porque ela está se comportando como banqueira. Na medida que sou herdeira do banco Itaú e defendo uma política que beneficia claramente os bancos, que é a política de independência do Banco Central, de redução do papel dos bancos públicos, eu estou fazendo papel de banqueira. Não estou falando sobre educação nem sobre criança nem sobre creche. Não dá para vestir as duas roupas, ou é uma ou é outra, ou é a verdadeira ou é a fantasia", disse Dilma.



Dilma disse que, por ser presidente, não precisa lançar novo programa de governo - Foto: Andre Coelho / O Globo


POLÍTICA

Tribunal Superior Eleitoral barra candidatura de Arruda

Gabriel Garcia
O Tribunal Superior Eleitoral confirmou ontem, por 6 votos a 1, decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) que barrou a candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo do Distrito Federal, com base na lei da Ficha Limpa.
O julgamento tinha sido adiado após um pedido de vista - mais prazo para estudar o processo - do ministro Gilmar Mendes. No recurso analisado ontem, Arruda pedia esclarecimentos sobre a decisão que o barrou e a revisão da condenação no Tribunal Regional Eleitoral, que o tornou inelegível.
Arruda foi flagrado, em um vídeo, recebendo 50 mil reais das mãos do ex-secretário Durval Barbosa, delator do esquema que deu origem à Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.
Por causa do escândalo, Arruda foi condenado por crime de improbidade administrativa pelo juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara da Fazenda Pública. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Na terça-feira (9), Arruda já havia sofrido uma derrota. Foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça por improbidade administrativa, que confirmou a decisão das instâncias inferiores. O STJ rejeitou recurso que contestava a isenção do juiz de primeiro grau (Álvaro).
O advogado de Arruda, José Eduardo Alckmin, entrou com reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão que negou o registro da candidatura do seu cliente. Arruda continua em campanha até decisão da instância máxima do Judiciário, mas vem acumulando sucessivas derrotas.
O TSE barrou ainda, por 6 votos a 1, o registro da candidatura da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), filha do ex-governador Joaquim Roriz, outro envolvido em denúncias de corrupção.
Jaqueline, que concorre à reeleição, foi condenada por improbidade administrativa por participação no esquema de corrupção conhecido por mensalão do Democratas, que culminou com a cassação de Arruda.
Seu pai, Roriz, renunciou ao Senado, em 2007, após ser flagrado em conversa por telefone negociando a partilha de um cheque de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do Banco de Brasília Tarcísio Franklin de Moura.
Ele retirou R$ 300 mil para pagar uma bezerra e devolveu o restante, R$ 1,9 milhão, ao empresário Nenê Constantino, dono do cheque e fundador da empresa aérea GOL.

Em comício, Arruda acena para a população - Foto: André Coelho / O Globo


POLÍTICA

Acre, o Estado que pede renovação, vota no PT há 15 anos

M. Rossi, El País
Andando por Rio Branco, um sentimento ambivalente pela família Viana, que mistura ressalva e gratidão, paira no ar quente e úmido da capital do Acre, que abriga quase 50% da população total (pouco mais de 733.000 pessoas) do Estado. Aqui, os irmãos Viana – Jorge e Tião, petistas desde a fundação do partido - já foram eleitos para a Prefeitura, para o senado e para o Governo do Estado que, há quase 16 anos, está nas mãos do PT.
“Eu tenho muitas críticas à família Viana, mas tenho que reconhecer que eles fizeram muito pelo Acre”, diz Maria de Fátima Cavalcanti, moradora de Rio Branco, enquanto esperava o ônibus. Assim como Maria de Fátima, muita gente tem críticas ao governo, mas com ressalvas, já que há quatro eleições escolhe mais um sucessor petista.


O governador e candidato à reeleição, Tião Viana (PT) - Foto: Alexandre Noronha / El País


POLÍTICA

Aliado à esquerda e à direita, PMDB deve governar metade do país

Marina Rossi e Afonso Benites, El País
Se tudo evoluir como as últimas pesquisas eleitorais estão prevendo, o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) vai governar quase a metade do país. Dos 27 Estados brasileiros, 13 estarão nas mãos do partido, fundado em 1966. Nove Estados podem ter um governador ‘puro sangue’ do PMDB: Espírito Santo, Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Amazonas, Tocantins, Pará e Rondônia.
Em outros quatro, a legenda entra como coligada dos partidos que estão em primeiro: Santa Catarina, Minas Gerais, Amapá e Bahia. Nas alianças, o PMDB se junta ao DEM, partido de direita, para o governo baiano, ao PSD que é de centro-direita, em Santa Catarina, e o PT e ao PDT, de esquerda e centro-esquerda, em Minas Gerais e no Amapá, respectivamente.


GERAL

Funcionário que alterou perfis na Wikipédia trabalhava no Planalto

Luiza Damé e Catarina Alencastro, O Globo
Após um mês de apuração, a comissão de sindicância da Casa Civil da Presidência da República identificou o responsável pelas mudanças nos perfis dos jornalistas Míriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg na enciclopédia virtual Wikipédia, em maio do ano passado, a partir da rede de computadores do Palácio do Planalto.
Trata-se do servidor Luiz Alberto Marques Vieira Filho, funcionário de carreira do Ministério da Fazenda, mas na época lotado na Secretaria de Relações Institucionais (SRI). Segundo a Casa Civil, responsável pela sindicância, o servidor vai responder a processo administrativo disciplinar (PAD).



Texto sobre a jornalista Míriam Leitão foi alterado a partir de IP de computador da Presidência da República - Arte: O Globo


GERAL

Comandante de UPP no Alemão morre em tiroteio com traficantes

G1
O comandante da UPP Nova Brasília, capitão Uanderson Manoel da Silva, 34 anos, morreu no início da noite de quinta-feira, após ser alvejado com um tiro no peito. Segundo a polícia, o oficial participou de uma troca de tiros com suspeitos de pertencer ao tráfico de drogas no Conjunto de Favelas do Alemão, Zona Norte do Rio.
O comandante chegou a passar por uma cirurgia no tórax, mas morreu por volta das 19h30. De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, ele chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento do Alemão e encaminhado para o Hospital Getúlio Vargas. O tiroteio ocorreu por volta das 17h30.



Pezão na inauguração da UPP da Vila Kennedy - Foto: Divulgação


GERAL

Servidores aceitam oferta da reitoria e suspendem greve na Unicamp

Victor Vieira, Estadão
Os servidores da Unicamp, que estavam em greve há 112 dias, decidiram em assembleia na tarde de ontem encerrar a paralisação, que era a maior da história da Universidade Estadual de Campinas (SP). Os funcionários aprovaram a proposta enviada na quarta pela reitoria, que ofereceu um abono de 28,6%. Os docentes, que têm um sindicato específico e já haviam interrompido a greve, também aprovaram a nova proposta.
A assembleia do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) teve início às 14h15 e reuniu aproximadamente 700 pessoas no Ciclo Básico da universidade. Após duas horas e meia de debates e discussões, a maioria optou por aceitar a oferta da reitoria. Com isso, a greve será suspensa a partir de segunda-feira (15).



Greve de funcionários e servidores das foi a mais longa da história da universidade - Foto: Estadão


GERAL

Revolta contra sentença que culpa fotógrafo por perder o próprio olho

Talita Bedinelli, El País
Fotógrafos e repórteres de São Paulo vão cobrir um de seus olhos durante um dia de trabalho, em protesto contra a decisão da Justiça paulista de ter culpado o fotógrafo Alex Silveira por ter perdido a própria visão ao ser atingido por uma bala de borracha lançada pela Polícia Militar em um protesto.
Na época, Silveira trabalhava para o jornal “Agora”, do Grupo Folha. Ele foi atingido enquanto fotografava um ato de servidores da saúde e da educação na avenida Paulista que acabou em um confronto entre os cerca de 15.000 manifestantes e a tropa de Choque da Polícia Militar, que usou balas de borracha, gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral contra a multidão.





ECONOMIA

No acumulado do ano, criação de empregos com carteira cai 31%

Geralda Doca, O Globo
O mercado formal de trabalho registrou em agosto a geração líquida de 101.425 empregos, queda de 20,54%, em relação ao saldo obtido no mesmo período do ano passado, que foi de 127.648 postos. É o pior resultado para o mês desde 2012, mas ainda assim o mercado reagiu, na comparação com os dois últimos meses. Em julho, foram criados 11.796 empregos, o patamar mais baixo dos últimos 15 anos e, em junho, 25.363, o pior desde 1998.
O saldo dos empregos formais em agosto ficou acima das projeções do mercado, de 70 mil em média. No acumulado do ano até agosto, foram abertas 751.456 vagas, considerando dados ajustados (declarações foram do prazo), de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.


Trabalhador da indústria - Foto: O Globo


ECONOMIA

Multas da ANP à Petrobras chegam a 199 milhões de reais

Antonio Pita, Estadão
Problemas na medição da produção em uma plataforma da Bacia de Campos levaram a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) a aplicar nova multa contra a Petrobras no valor de R$ 35,3 milhões. Ao todo, a agência reguladora já puniu a estatal em R$ 199 milhões desde julho.
A ANP não deu detalhes sobre as infrações no sistema de medição da plataforma, mas nega que estejam relacionadas à queima excessiva de gás. A multa foi confirmada na última reunião de diretoria, em 3 de setembro. Não cabem mais recursos administrativos e a estatal só poderá recorrer à Justiça comum.



Não cabem mais recursos administrativos e a estatal só poderá recorrer à Justiça comum - Foto: Fábio Motta / Estadão


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