terça-feira, novembro 11, 2014

Alckmin pede ajuda contra seca


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Segundo o governador, não há risco de desabastecimento e não faltará água para a população com as medidas tomadas até agora
FOTO: AGÊNCIA BRASIL

São Paulo. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu ontem ajuda ao governo federal para execução de oito obras de médio e longo prazo para melhorar o sistema de abastecimento de água no Estado, estimadas em R$ 3,5 bilhões.
O pedido do governador foi feito à presidente Dilma Rousseff (PT) em reunião no Palácio do Planalto, da qual também participou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Os projetos para o Estado, no entanto, não tinham detalhamentos, segundo a ministra. "O governador apresentou um ofício que tem para cada uma das obras três linhas (de explicações)", disse a ministra a jornalistas.
"Por isso, que nós desdobramos nesse grupo de trabalho na segunda-feira o atual estágio (dos projetos)", acrescentou, referindo-se à realização de uma nova reunião entre técnicos, secretários e ministros do governo federal na próxima semana para esclarecer detalhes.
Questionada sobre qual a disponibilidade do governo para financiar os projetos, a ministra afirmou que isso não foi discutido. Miriam acrescentou, no entanto, que se ficar comprovada a importância dos investimentos para melhorar o abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo poderá haver ajuda da União a todos eles. O governador afirmou que espera que o governo federal possa ajudar "com o máximo" que puder, mas também não calculou o quanto precisa de ajuda para levar adiante essas obras que ele classificou como "estruturantes".
Os oito projetos apresentados pelo governador, segundo os cálculos do Estado, podem ampliar a capacidade do sistema em 12,7 metros cúbicos por segundo, num prazo inicialmente estimado em até 30 meses.
O Estado de São Paulo enfrenta em 2014 a pior crise hídrica dos últimos 80 anos. Temperaturas mais altas que a média do início do ano aliadas a chuvas fracas não recuperaram as represas para o atual período do inverno, quando a pluviosidade normalmente é menor.
Alckmin não optou até agora pelo rodízio de água na região metropolitana de São Paulo, porém várias cidades do interior paulista, como Bauru e Mauá, estão decretando racionamento de água. O governador voltou a dizer ontem que não há risco de desabastecimento em São Paulo e garantiu que não faltará água para a população com as medidas tomadas até agora.
Miriam afirmou que na próxima semana deve ser assinado um contrato de financiamento federal com o governo de São Paulo para a construção de uma adutora para o sistema produtor de São Lourenço, que abastece o reservatório da Cantareira. "Deve ser assinado na próxima semana um financiamento de R$ 1,8 bilhão para o sistema produtor São Lourenço, que vai trazer 4,8 metros cúbicos por segundo para o Cantareira. É obra de médio prazo importante", disse.

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