O casal Delson do Nascimento, 32 anos, e José Felipe dos Santos, 23 anos, oficializaram a união e falaram sobre este momento. “Hoje é um dos dias mais marcantes na minha vida e do meu companheiro Felipe, pois estamos mostrando que o amor não tem sexo. Fico muito feliz com o espaço que estamos conquistando na sociedade”, disse Delson. “Fico feliz de encontrar a pessoa que amo e oficializar nossa união. Já vivemos juntos e hoje queremos garantir nossos direitos, assim como todo casal tem”, enfatizou Felipe.
As companheiras Estaelle dos Santos e Geliciane de Sousa também participaram do casamento e falaram da importância da família. “Estamos totalmente realizadas com nossa união, principalmente porque temos amigos e uma família maravilhosa que nos apoia e nos aceita”, disse Gleiciane. “Família a gente não escolhe, mas podemos escolher a que construímos”, completou Estaelle.
A juíza Toia Vasconcelos, do cartório do Mucuripe, falou sobre o amor para os noivos e noivas e pediu que todos respeitassem as diferenças. "Parabéns a todos os casais por essa bonita atitude de oficializarem a união. Nessa vida nada vale se você não amar. Portanto, não deixem que as pessoas banalizem o que vocês sentem e amem um ao outro. Sejam felizes!", disse.
Para o vereador Paulo Diógenes (PDS), organizador do evento, o matrimônio dos casais homossexuais é uma conquista e isso é bem aceito pela população. “Essa união é muito mais que simbólica é uma conquista, pois muitos casais ainda não sabem que têm esse direito, e o que me deixa bastante feliz é testemunhar a sociedade nos apoiando”, afirmou.
O coordenador especial de Políticas Públicas para LGBT, Narciso Júnior, disse que essa conquista é de todos e que continuará atuante na causa LGBT. "Essa cerimônia mostra uma conquista não só de vinte casais, mas de toda uma população LGBT que é vista com um olhar diferenciado.Vamos continuar atuando nas políticas públicas, apesar de existirem pessoas que trabalham na contramão da nossa causa", informou.
No Brasil, o casamento homoafetivo ocorre desde 2011, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu a equiparação da união homossexual à heterossexual. Dois anos depois, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu que os cartórios brasileiros fossem obrigados a celebrar casamento entre pessoas do mesmo sexo, e nem se recusar a converter união estável homoafetiva em casamento.
*Com informações da assessoria de imprensa do Governo do Estado.
0 comentários:
Postar um comentário