segunda-feira, junho 08, 2015

Quase um ano após a Copa, 35 obras ainda não estão prontas nas cidades-sede

Pelo menos 35 obras nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 ainda não foram concluídas, segundo reportagem deste domingo (7) da Folha de S. Paulo. Orçadas em R$ 11 bilhões quando lançadas, em 2010, elas estão atrasadas, paradas ou nem foram iniciadas. Em alguns casos, investigações estão sendo feitas por suspeita de corrupção.

O levantamento da Folha mostra que o setor de transporte urbano, vendido pelo governo como o principal legado do torneio, só tem 21,45 das obras de grande porte previstas em 2010 concluídas em Fortaleza e em Cuiabá (MT), onde estão as obras com mais problemas.

AEROPORTOS

No caso dos aeroportos, a estatal Infraero não conseguiu entregar 12 obras previstas para a Copa. Em Fortaleza, o a expansão do Aeroporto Internacional Pinto Martins, previsto para ser entregue em junho de 2013, foi abandonada com 16% de conclusão.

TRANSPORTE

Em Fortaleza, a linha do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), prevista para 2013, está com menos da metade da construção realizada. Viadutos e túneis inconclusos fecham ruas. As mais de 2.000 desapropriações previstas no projeto ainda não terminaram, e os moradores que não saíram das casas têm que conviver com a insegurança e com os roedores e insetos que vivem nos entulhos dos imóveis já derrubados no local.

"A comunidade ficou perigosa, com muito llixo, invasão de ratos. Mas tem coisa pior, como casas que racharam", disse Maria do Rosário Alcântara, 50, líder dá área Trilha do Senhor, uma das 22 afetadas pelo VLT.

O OUTRO LADO

Segundo o secretário de Mobilidade do Ministério das Cidades, Dário Reis, que assumiu em janeiro o cargo, o resultado das obras da Copa não pode ser chamado de fracaso, mas está longe de ser um sucesso. Ele informou que o ministério mudou sua atitude e estará mais presente para resolver os problemas antes de as obras chegarem a parar.


A Infraero disse que suas obras atrasaram por culpa 'das empresas contratadas, de greves de trabalhadores, da realização de trabalhos em áreas operacionais"; e trambém pela "realização de grandes eventos, o que não possibilitou a abertura de frentes" de obras. A empresa disse ainda que, com o que foi realizado, foi possível atender a demanda da Copa.

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