terça-feira, julho 07, 2015

Vamos lá, Haddad! Comemore a derrocada da indústria automobilística!!!

Alô, prefeito Fernando Haddad, apontado por alguns como o futuro do PT — eu também acho, só que é o futuro do pretérito, né? Seria, poderia, iria… Não será. Não poderá. Não irá. Mas volto: o prefeito Haddad tem de chamar seus milicianos de capacete e “collant” pra comemorar:  a produção de veículos teve o pior resultado para o primeiro semestre em nove anos. A fabricação de carros, caminhões e ônibus caiu 18,5% entre janeiro e junho deste ano. Que tal? Não consta que a queda tenha sido compensada pela alta da produção de bicicletas.

Aí o sujeito que se acha esperto, mas é mais lento do que supõe, afirma e indaga: “Esse Reinaldo gosta tanto de falar mal do prefeito que mistura alhos com bugalhos. O que uma coisa tem a ver com outra?”. Ah, respondo. As falas, as militâncias, a escolhas, as opções, tudo isso existe num dado tempo histórico e compõe o espírito de uma era.
A cidade de São Paulo é o principal mercado consumidor de automóveis, indústria cuja cadeia gera milhares de empregos. Ainda que seja desejável que a cidade encontre caminhos novos para a mobilidade, é evidente que o prefeito estimula, de forma irresponsável, a hostilidade aos motoristas. Haddad, conselheiro de Lula e uma das figuras principais do PT, partido do poder, trata os donos de automóveis como marginais.
E é por isso que, então, convoco o prefeito a aplaudir a derrocada da indústria automobilística, ora essa! Ou os bacanas que parecem querer banir os carros da cidade pensam nos efeitos de suas escolhas na vida dos pobres? Esses caras são de tal sorte arrogantes que decidem fechar até a Avenida Paulista num domingo, cassando ônibus de pobre, em nome de um futuro melhor. É gente que ama a natureza sem gente!
De resto, quem dera a queda na produção de veículos tivesse a ver com essa cultura da frescura do PT em decomposição. Mas a coisa é mais grave. Somente para a categoria de caminhões, a produção caiu 35,5% em junho sobre junho de 2014, acumulando no semestre tombo de 45,2%. O presidente da Anfavea, Luiz Moan, destacou ainda que a fabricação de caminhões no mês só não foi menor que a de junho de 1999. “A confiança dos consumidores está bastante abalada”, disse Moan.
O nome disso, meus caros, é recessão.
Afinal, eles não são apenas deslumbrados. São também incompetentes.
Por Reinaldo Azevedo

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