quinta-feira, março 03, 2016

Declarações atribuídas a Delcídio animam mercados; Bovespa sobe 2%

Bovespa
Bovespa bateu sucessivas máximas nesta quinta-feira, impulsionada por possível delação do senador Delcídio Amaral (Reprodução/VEJA)
A Bovespa chegou a subir mais de 2% na manhã desta quinta-feira, acima dos 45 mil pontos, conduzida pela notícia de que o senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) fez acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. O dólar, que opera em queda, também é influenciado pela percepção de que o cerco se fecha para o governo de Dilma Rousseff.
Pero das 11h20 o Ibovespa, principal índice, tinha alta de 2,01%, aos 45.794 pontos. As ações da Petrobras subiam mais de 5%, ignorando a desvalorização do petróleo no exterior. O dólar na venda caía 0,69%, a 3,8608 reais.
Segundo reportagem da revista IstoE, o senador acusou Dilma Rousseff de atuar três vezes para interferir na Operação Lava Jato por meio do Judiciário. "É indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido de promover a soltura de réus presos na operação", afirmou Delcídio na delação, diz a revista.
Cardozo deixou esta semana o ministério alegando sofrer pressões do PT. Uma das investidas da presidente Dilma, de acordo com o texto, passava pela nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Nesta manhã, Dilma assinou termo que dá posse a Luiz Navarro de Brito na Controladoria da Geral da União (CGU) no evento de posse do novo ministro da Justiça, Wellington Silva, que entra no lugar de Cardozo. Dilma disse ainda que Cardozo é um nome "perfeito para substituir Adams na AGU (Advocacia Geral da União)".
"Está crescendo no mercado a aposta de que Dilma não vai terminar seu mandato", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta. Ele ressaltou, porém, que o quadro é bastante incerto e um eventual impeachment pode dificultar o reequilíbrio da economia brasileira.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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