quarta-feira, março 30, 2016

Jaques Wagner: relação com Temer fica 'interditada'

Jaques Wagner, ministro-chefe do Gabinete da Presidência
Jaques Wagner, ministro-chefe do Gabinete da Presidência, fala sobre saída do PMDB do governo(Evaristo Sa/AFP)
O Planalto escalou o ministro-chefe do Gabinete da Presidência Jaques Wagner para falar nesta terça-feira sobre o rompimento do PMDB com o governo. Para o ministro, o desembarque deixa a relação entre a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer "interditada". "(Será) uma relação educada. Mas politicamente interditada", afirmou.
Sem citar o vice, Wagner questionou a legitimidade de um governo do peemedebista, que assume o poder em caso de impeachment de Dilma. "Se alguém com 54 milhões de votos já tem dificuldade, alguém que não tem pode ter ainda mais dificuldade." O ministro ainda ironizou a rapidez do encontro do partido de Temer, que durou menos de quatro minutos: "Eu não sei o que o PMDB queria, talvez um título no Guinness Book".
Governo - Apesar da perda do apoio do maior partido do Congresso - e do temor de uma debandada na base -, o ministro afirmou que a decisão do ex-aliado "chega em uma boa hora e oferece a Dilma espaço para a repactuação do governo".
Wagner disse que o governo vai redistribuir para outros partidos da base os cargos ocupados pelo PMDB, que comandava sete ministérios, e acrescentou que os novos acertos devem acontecer até sexta-feira. "Sai um aliado de longa data, mantêm-se outros", afirmou ele.
O governo aguarda para os próximos dias os pedidos de demissão dos peemedebistas Mauro Lopes, da Aviação Civil, Hélder Barbalho, da Secretaria de Portos, e de Eduardo Braga, das Minas e Energia. Os ministros da Saúde, Marcelo Castro, da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, e da Agricultura, Kátia Abreu, pretendem ficar no governo. Jaques Wagner afirmou que nenhum dos ministros do PMDB falou com a presidente nesta terça.
(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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