quarta-feira, abril 06, 2016

Pedaladas fiscais dispararam com Dilma, apontam dados do BC


Dilma Rousseff discursa no lançamento da terceira etapa do programa “Minha Casa, Minha Vida”, no Palácio do Planalto, em Brasília
Dilma Rousseff discursa no lançamento da terceira etapa do programa “Minha Casa, Minha Vida”, no Palácio do Planalto, em Brasília(Adriano Machado/Reuters)
Dados publicados pelo Banco Central (BC), a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU), evidenciam a explosão das manobras conhecidas como pedaladas fiscais no governo Dilma Rousseff. De acordo com os números, publicados nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, a conta do governo FHC a ser saldada com bancos públicos era de 948 milhões de reais. Ao fim do ano passado, o valor se aproximava de 60 bilhões de reais, que foram pagos em dezembro, por determinação do tribunal.
Os dados põem em xeque a principal tese de defesa da presidente, que acusa seus antecessores de também terem adotado a prática de usar dinheiro de bancos federais em programas de responsabilidade do Tesouro Nacional. A acusação embasa o pedido de impeachment contra Dilma.
Os números do BC foram levantados por determinação do TCU, que calculou os atrasos em repasses do Tesouro a bancos públicos e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) desde 2001, no governo FHC. Os valores mostram uma tendência de alta no fim do governo Lula e uma disparada com Dilma.
Entre 2001 e 2008, o impacto das pedaladas na dívida pública oscilou sem tendência definida, entre 0,03% e 0,11% do Produto Interno Bruto (PIB). A partir de 2009 o crescimento é contínuo, até chegar ao pico de 1% do PIB no fim do primeiro mandato de Dilma. A presidente já defendeu que a diferença de valores está relacionada à expansão da economia brasileira e do Orçamento da União desde a última década.

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