segunda-feira, junho 27, 2016

Polícia municipal de SP mata criança de 11 anos durante perseguição

Funcionários da prefeitura fazem limpeza na região da Cracolândia, no centro de São Paulo, na manhã desta quarta-feira. A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo (GCM) acompanha a operação de limpez
Garoto de 11 anos foi morto em ação da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo (GCM)(Joel Silva/VEJA)
Um menino de 11 anos foi morto pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) durante uma perseguição, na Cidade Tiradentes, na zona leste da capital paulista, na madrugada deste domingo. O guarda responsável pelos disparos foi autuado em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pagou fiança e vai responder as acusações em liberdade.
Este é o segundo caso em três semanas em que agentes de segurança pública matam crianças envolvidas em delitos criminosos. O primeiro, ocorrido em 2 de junho, terminou com a morte de um menino de 10 anos na Vila Andrade, zona sul. O caso ainda é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). No caso deste domingo, segundo a Polícia Civil, o menino e mais dois assaltantes estavam roubando moradores do bairro. Uma viatura da GCM composta por três guardas foi avisada por um homem que havia acabado de ser roubado pelo grupo. Eles estavam em um Chevette e foram localizados pelos GCMs.
O carro não teria obedecido ao pedido de parada e começou uma perseguição. Um dos guardas atirou quatro vezes contra o carro. Os tiros acertaram o vidro traseiro e um dos pneus. O carro dos ladrões parou em uma rua próxima a uma quermesse e dois bandidos fugiram a pé.
Os frequentadores da festa notaram que uma criança estava baleada agonizando dentro do carro. O menino foi levado para um hospital da região, mas não resistiu. O caso será investigado pelo DHPP. O delegado responsável pelas investigações apreendeu o carro dos ladrões e o encaminhou para perícia. Inicialmente, não há indícios de que os ocupantes do veículo atiraram contra os guardas. Nenhuma arma foi localizada.
A mãe do menino disse na delegacia que ele nasceu na Bahia, era usuário de drogas e envolvido com más companhias. Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que os GCMs envolvidos no caso foram afastados das funções e que sua conduta será apurada.
(Com Estadão Conteúdo)

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